Yayoi Kusama: artista da nova coleção da Louis Vuitton se torna símbolo do poder de cura pela arte
Diagnosticada com TOC e esquizofrenia, Yayoi Kusama é a artista da nova coleção da Louis Vuitton e símbolo do poder de cura pela arte. Conheça mais sobre essa mulher incrível!
Não é difícil encontrar pessoas com algum tipo de transtorno mental que conseguem encontrar paz e compreensão através de pinturas, artesanatos, desenhos, escrita e o tantas outras coisas que exercitam a criatividade.
Referência quando ao assunto é cura pela arte, Yayoi Kusama trilhou um caminho difícil até alcançar o status de artista mulher cuja produção é a mais vendida e popular do mundo. Nascida em 1929, em uma região rural do Japão, ela apresenta quadro severo de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) e, desde a infância, é acometida por alucinações.
Além disso, Yayoi enfrentou o machismo da época, a repressão da sua própria cultura e o preconceito em um período que discussões sociais ainda não eram tão fortes como são hoje em dia.
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Agora, aos 94 anos, ela é mais uma vez a estrela da nova coleção da Louis Vuitton, uma das maiores grifes do mundo. As peças clássicas da marca francesa, como a eterna bolsa marrom com as iniciais LV, ganharam bolas coloridas que parecem pinceladas de tinta, uma marca registrada de Yayoi.
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Em 2012, quando a Louis Vuitton vivia uma era de ouro com o estilista Marc Jobs, a artista japonesa fez uma colaboração com a grife, que espalhou bonecas de Yayoi pelo mundo e bombou no universo da moda.
Nove anos depois, a parceria voltou com tudo e dessa vez, as bolinhas coloridas da artista não estão apenas estampadas nas roupas e acessórios da marca, mas também marcam as fotos da campanha oficial.
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Para você ter ideia do tamanho dessa colaboração, um time de supermodelos foi contratado, tendo a eterna Gisele Bündchen e a queridinha do momento, Bella Hadid, como rostos principais. Uau! O segredo da fórmula perfeita é a combinação da pegada clássica da Louis Vuitton com a pegada pop da arte de Yayoi.
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CURA PELA ARTE
Quem vê o sucesso estrondoso da artista não consegue imaginar o passado triste que ela viveu. Quando criança, ela já demonstrava apreço pela arte, mas nunca teve o apoio da sua família, que a obrigou a casar contra a sua vontade.
Para escapar dessa rotina do ambiente doméstico que tanto detestava, ela começou a se corresponder com a pintora americana Georgia O’Keeffe, que lhe ofereceu diversos conselhos, entre eles se mudar para os EUA e investir na carreira de artística.
Em terras norte americanas, ela se viu isolada em um mundinho artístico permeado pelo machismo e teve suas obras plagiadas duas vezes. Nessa segunda, ela tentou tirar a própria vida e foi cuidada por colegas da profissão e amigos.
Com o agravo da depressão, Yayoi voltou ao Japão e se internou voluntariamente em uma instituição de saúde mental. Lá, ela começou a receber todos os tratamentos necessários e os médicos se interessaram por sua arteterapia.
Hoje, ela continua morando na instiruição, onde produz a sua arte e recebe todos os cuidados que precisa. Além disso, ela finalmente recebeu o reconhecimento em seu país natal. Muito merecido!
Fonte: Metrópoles e Revista Lo’fficiel
Jornalista e redatora. Amante de gatos, livros, moda e receitinhas.