Trazemos uma verdade: a ARROGÂNCIA é uma reação ao sentir…

É sempre complicado conviver com uma pessoa que se comporta com arrogância, mas, e quando o arrogante é você? Entenda o que está por trás dessa postura de superioridade!

Geralmente pensamos no medo e na arrogância como polos opostos.

Esses podem sim ser polos opostos, mas a mesma pessoa pode ser caracterizada por ambos os traços.

O que o medo e a arrogância têm em comum é que ambos estão focados em si mesmos.

A ansiedade e o medo costumam estar ocultos sob um verniz de orgulho e arrogância.

Pessoas com uma característica marcante de arrogância, desde jovens, tendem a acreditar que estão destinadas à grandeza. 

Elas sentem que não são apenas mais uma pessoa comum: pensam que são extraordinárias.

Imaginam que farão uma contribuição significativa para o mundo e têm uma avaliação irreal de suas habilidades, talentos, inteligência e outros dons.

Podem ser pretensiosas, arrogantes e vaidosas.

Arrogância ou confiança?

“Finja até conseguir”, eles nos disseram. O que causa um grande problema.

Fingir ser confiante leva você a tentar viver de acordo com um noções irreais do que pode ser a confiança, sem nunca se perguntar o que a confiança real e natural é.

Pessoas que estão se esforçando para parecer confiantes, por exemplo, podem, erroneamente, comportar-se de maneira arrogante.

Isso apenas porque não descobriram o que é a verdadeira confiança ou o que ser confiante significa para elas.

Sempre haverá alguém mais experiente do que você ou mais naturalmente talentoso do que você!

Aqui está uma coisa que as pessoas arrogantes não entendem: o fato de existirem pessoas melhores que nós de forma alguma diminui nossa experiência, nossos talentos e nosso valor.

Pessoas verdadeiramente confiantes, por outro lado, estão sempre prontas para ver o melhor nos outros e sabem que fazer isso não impacta negativamente a vida delas.

A linha tênue entre arrogância e medo

Construímos paredes para evitar ser vulneráveis. Queremos nos proteger.

Na maioria das vezes, a arrogância é usada para encobrir o medo de não sermos realmente dignos, de não estarmos à altura.

É o medo “virado de cabeça para baixo” e disfarçado de superioridade.

Isso não é muito difícil de ver acontecer, mas, na prática, pode ser difícil de corrigir.

A longo prazo, esse tipo de reação pode fazer com que você perca as melhores oportunidades de sua vida.

O medo que impulsiona a arrogância é o medo da vulnerabilidade.

Pessoas arrogantes não querem admitir para si mesmas que são imperfeitas, nem querem que outros descubram isso.

Raramente se desculpam por seus erros.

Elas precisam evitar o constrangimento e a humilhação, porque essas coisas evidentemente mostram seus defeitos.

Essa é a razão pela qual os arrogantes são tímidos. Eles evitam situações em que sabem que não podem se destacar positivamente.

Eles são relutantes em tentar coisas que sabem que não farão bem.

Além do medo, o que há por trás da arrogância?

Há um motivo para arrogância.

Ela é um mecanismo de autoproteção que criamos em torno de coisas com as quais nos importamos.

Por exemplo, um trabalho do qual temos muito orgulho ou habilidades que queremos dominar.

Mas  ela também bloqueia nossa capacidade de entender e ajudar os outros.

Não há como evitar: não importa o que você faça, é preciso colaborar com o próximo, comunicar-se e encontrar um terreno comum para encontrar seu próprio sucesso.

As raízes na infância

Quando somos criados com a sensação de que nunca podemos agradar a nossos pais, isso cria uma lacuna em nosso senso de segurança.

Em um nível profundo, sentimo-nos constantemente ameaçados, porque aqueles que atendem às nossas necessidades básicas podem decidir não cuidar de nós.

A vida parece insegura e, à medida que crescemos, na adolescência e na idade adulta, a arrogância se torna a maneira de o ego de tentar nos proteger desse sentimento potencialmente devastador.

Com arrogância, para evitar o sentimento de rejeição, fingimos não nos importar com o que os outros pensam.

Fingimos que somos melhores do que todos ao nosso redor, de modo que qualquer julgamento que eles possam ter contra nós não seja demonstrado como um golpe em nossa autossuficiência.

Dizemos a nós mesmos que os outros não importam, que eles não sabem o que sabemos, não “chegam aos pés” do nosso conhecimento, status, beleza, experiência etc.

Como se livrar da arrogância

1. Aprenda a ter bom-humor.

Quando você zomba de seus defeitos, deixa de lado a necessidade de parecer perfeito na frente das outras pessoas.

Você também não precisa se subestimar. A falsa modéstia não ajuda.

2. Reconheça seus pontos fracos.

Sinta-se orgulhoso de estar em desenvolvimento.

Admita seus erros. Tomar a responsabilidade por suas ações o torna livre.

Quando você para de culpar os outros, para de fingir que é melhor do que todo mundo.

3. Aceite a si mesmo, em vez de procurar a validação alheia.

Medite, dê um passeio, escreva suas realizações em um diário ou simplesmente reserve um tempo para apreciar sua própria companhia.

Quando você se sente bem por estar sozinho, o desejo de ser apreciado pelos outros diminui. Procure sua própria aceitação, e não a dos outros.

4. Desenvolva a tolerância e a calma.

Seja gentil consigo mesmo.

Se você é crítico demais com suas realizações, nunca se sentirá satisfeito.

Acalme-se. Aprenda a se tratar com respeito. Evite comparar-se com os outros.

Seja sua própria referência. Reconheça seu progresso.

Não sinta um fracasso quando você falhar. Aprenda com seus erros.

5. Pare de tentar ter o controle sobre tudo.

Não existe uma verdade única.

Muitas pessoas ficam chateadas quando se dão conta disso.

Elas preferem argumentar que os outros estão errados e querem impor sua verdade a qualquer preço.

O problema é que esse é um jogo em que ninguém ganha.

A vida é uma jornada de descoberta sem fim.

Veja a ciência, por exemplo. Os cientistas adoram fazer descobertas e provar que as teorias anteriores estão erradas…

Até que outro cientista venha e os supere. E o ciclo continua.

A humildade é o único remédio para a arrogância

Em vez de se considerar sábio aos seus próprios olhos, seja humilde e esteja disposto a aprender com as outras pessoas.

Tente se dedicar a ajudar os mais fracos, mais pobres ou mais jovens que você.

Perdoar aqueles que o prejudicaram ou lhe fizeram mal também é um passo.

Além disso, sempre presuma o melhor das pessoas.

Não importa o quão bonito, rico ou talentoso você seja. Como você trata as outras pessoas é o que importa!

Cintia Paiva
Escrito por

Cintia Paiva