Primeiro transplante de cabeça em humanos acontecerá ainda este ano

Apesar de todas as críticas, um neurocirurgião italiano afirma que realizará o primeiro transplante de cabeça em humanos no final de 2017.

Não estamos em 1818 em plena era do terror gótico e a autora do feito tampouco será Mary Shelley.

O primeiro transplante de cabeça do mundo está realmente prestes a acontecer e a notícia chegou por meio do neurocirurgião italiano, Dr. Sergio Canavero.

O médico italiano causou o maior barulho no ano passado quando informou que havia se tornado a primeira pessoa a transplantar uma cabeça humana em um cadáver.

Agora, ele afirma que repetirá o feito ainda este ano.

Dr. Canavero está recebendo um bombardeio de críticas de outros especialistas, os quais fazem questão de dizer à imprensa que a declaração do Dr. Frankenstain italiano não passa de piada (de mal gosto) ou de uma jogada de marketing.

Na verdade, o neurocirurgião teve até que negar alguns boatos que afirmavam que sua declaração sobre o transplante de cabeça era apenas uma propaganda do jogo de vídeo game Metal Gear Solid.

Essa última afirmação aconteceu depois que os fãs do jogo repararam na semelhança impressionante entre o médico e um dos personagens do jogo.

Mas por que o primeiro transplante está demorando tanto para acontecer?

De acordo com uma entrevista que Dr. Canavero concedeu à imprensa local, é tudo uma questão de não desistir de seus sonhos.

“Claro que algumas ideias não vingarão. A história da humanidade é marcada pela tentativa e erro. Mas, temos que ser sonhadores. Se você não sonha, você não sai do lugar. Me chamem de louco. Um doido. Sou mesmo! Você precisa ser se quer mudar algo”, explicou o neurocirurgião.

Equipe global de transplante

Na reunião anual da Academia Americana de Cirurgiões Neurológicos e Ortopédicos que aconteceu em 2016, o Dr. Canavero tentou recrutar cirurgiões americanos para formar sua equipe de transplante.

Agora ele está pronto para o próximo passo.

De acordo com o médico, os integrantes de sua equipe incluem cirurgiões da China, Coreia do Sul e Rússia.

O próximo passo é esperar pelo sinal verde e receber a verba para o feito que vai mudar a história da medicina.

Tentativas de sucesso

Um dos cirurgiões da equipe, o Dr. Xiaoping Ren, da Universidade de Medicina de Harbin, diz ter transplantado uma cabeça de macaco em outro macaco com sucesso.

No entanto, por razões éticas, o animal transplantado teve de passar por uma eutanásia 20 horas depois da cirurgia.

Além disso, a coluna vertebral não estava reatada, o que levanta sérias dúvidas quanto à viabilidade do procedimento em humanos.

Voluntários ao procedimento

Parece inacreditável, mas há voluntários para o procedimento.

Apesar de as atenções de todos estarem voltadas a Valery Spiridonov, uma voluntária da Rússia que sofre da Síndrome de Werdnig-Hoffman, o doutor afirmou que o primeiro paciente a passar pelo transplante de cabeça será chinês.

“O primeiro transplante acontecerá por volta do Natal deste ano, na China. A equipe chinesa já realizou o procedimento em cadáveres humanos para se adaptar à tecnologia.”, revelou o neurocirurgião.

Contradições

Neurocirurgiões do mundo inteiro afirmam que um transplante de cabeça ainda é algo impossível, apesar dos avanços em relação aos problemas com a coluna vertebral, os quais ainda não fazem parte do plano do Dr. Canavero.

A maioria afirma que o procedimento resultará em óbito.

Outros, acreditam que o resultado será algo pior do que a morte.

Dr. Canavero, no entanto, chama o procedimento de uma anastomose de cabeça arriscada e determinou o codinome “HEAVEN” (paraíso) para o transplante.

Será que é mesmo o paraíso?

Agora é a sua vez! Você acha que o procedimento é antiético? Deixe sua opinião e compartilhe com seus amigos.

Fonte: futurism.com.

Amanda Ferraz
Escrito por

Amanda Ferraz

Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.