Você não está destinado a trabalhar com o que ama

Trabalhar com o que ama é o sonho da maioria das pessoas. Mas essa é mesmo a saída? Neste artigo você vai começar olhar para trabalho de outra forma.

Quando as pessoas descobrem que eu sou escritora, mais da metade delas, imediatamente, me conta sobre sua ideia para um livro.

Ou que ela está a procura de um editor para sua autobiografia. E até, mesmo que pareça loucura, algumas estão certas de possuir a ideia para um best-seller.

A maioria dessas pessoas nunca publicou nada — e nem estão trabalhando nas suas ideias, supostamente brilhantes.

Elas não estão perguntando sobre como escrever mais de 5.000 palavras por dia, não estão elaborando estratégias para seus planos de marketing, nem pesquisando agências, nem fazendo perguntas para editoras.

E para algumas outras pessoas, escrever alguns artigos por dia se torna muito trabalho.

Suas idéias acabam depois de um mês. Elas ficam frustradas, estão em desarmonia com elas mesmas. A única coisa que eles amam está provando não funcionar. Como pode?

A verdade é que estamos fazendo um grande desserviço para as pessoas, dizendo que elas devem procurar e perseguir o que amam.

As pessoas geralmente não conseguem diferenciar o que realmente amam e o que amam apenas como ideia.

Mas mais importante:

Você não está destinado a trabalhar com o que ama. Você está destinado a fazer aquilo que você é bom em fazer.

trabalhar com o que ama

Aprenda a amar aquilo que você é bom. Aquele trabalho que só você pode fazer. Crédito: Startup Stock Photos | Pexels.

Imagine uma pessoa aspirante a médico com um QI baixo, mas com muita “paixão” por essa profissão. Essa pessoa, com razão, não passaria pela faculdade de medicina.

E se essa pessoa não fosse sensata o suficiente poderia sofrer com um complexo de inferioridade, motivando uma vida de amargura e um sentimento de fracasso.

Premeditar o que achamos que gostaríamos de fazer sem realmente estar no meio disso, é o começo do problema, e ter muito ego para desfazer isso e começar de novo é o fim.

Quando tentamos antecipar o que gostaríamos de fazer, estamos entrando em uma projeção, uma suposição.

Quase todo mundo acredita que eles têm o talento para ter sucesso na coisa que eles realmente amam. Mas nem todo mundo está certo.

Se todos fizessem o que achavam que amavam, as coisas importantes não seriam feitas.

Para funcionar como uma sociedade, há trabalhos que são necessários. Alguém tem que fazê-los.

Essa pessoa foi arrancada de uma vida de paixão, porque ela teve que escolher uma vida de habilidade e propósito? Não, claro que não.

Você pode escolher gostar do que você faz, simplesmente pela forma como você pensa sobre isso.

Tudo é trabalho. Tudo é trabalho. Tudo é trabalho!

Existem poucos trabalhos que são fundamentalmente “mais fáceis” do que outros, seja em virtude do trabalho manual ou do poder intelectual.

Só há um emprego que lhe agrade o suficiente para que o trabalho não pareça angustiante. Você só precisa encontrar aquilo que você tem habilidade e, em seguida, aprender a ser grato.

A verdadeira alegria do trabalho diário está naquilo que temos para dar.

Não somos satisfeitos pelo que procuramos para nos agradar, mas pelo que podemos construir e oferecer.

Não é fama, ou dinheiro, ou reconhecimento que faz uma vida completamente significativa — é como colocamos nossos dons em uso. É como nós entregamos.

Pense na estrutura da frase: “Faça o que você tem para dar”. O que você tem para dar. O que já está dentro de você. Seus dons não são aleatórios; eles são um modelo para o seu destino.

Há mais na sua vida do que apenas o que você acha que vai fazer você feliz.

Seus talentos reais podem não acariciar tanto o seu ego, mas se você aplicar a eles o tipo de pensamento mais elevado que lhe permite encontrar o propósito dentro deles, você será capaz de se levantar todos os dias e trabalhar incansavelmente.

Não porque você está alimentando seus sentidos e acariciando seu ego, mas porque você está usando o que você tem.

Você está fazendo o que veio fazer aqui.
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Este texto foi publicado originalmente no Medium, por Brianna Wiest. Tradução feita por Awebic. Saiba mais sobre o trabalho de Wiest em seu Instagram.

Amanda Ferraz
Escrito por

Amanda Ferraz

Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.