10 textos de Monteiro Lobato para aquecer o coração de amor
Com certeza você terá um dia mais positivo e cheio de amor se ler boa literatura. Confira aqui ótimos textos de Monteiro Lobato para que seu coração e deixar o seu dia ainda mais alegre.
O escritor Monteiro Lobato tem diversas obras e publicações inspiradoras e que enchem os nossos corações de amor e carinho. A literatura brasileira é rica em emoções e sentimentos passados através de palavras.
Na verdade, precisamos diariamente de uma dose de amor e carinho para nos sentirmos mais felizes e satisfeitos com a vida. A literatura tem o poder de aquecer nossos corações e de fato nos fazer enxergar as maravilhas do mundo.
Foi pensando nisso e selecionamos ótimos textos de Monteiro Lobato para enriquecer o seu dia e aquecer o seu coração com muito amor e boa leitura.
Textos de Monteiro Lobato para aquecer o coração
Confira a seguir um excelente compilado de textos de Monteiro Lobato para deixar o seu dia ainda mais especial e aquecer o seu coração com sentimentos de amor e carinho.
1 – Mundo da lua e Miscelânea
A natureza criou o tapete sem fim que recobre a terra. Dentro da pelagem deste tapete vivem todos os animais respeitosamente. Nenhum o estraga, nenhum o rói, exceto o homem.
2 – A onça doente
A onça caiu da árvore e por muitos dias esteve de cama seriamente enferma. E como não pudesse caçar, padecia fome das negras.
Em tais apuros imaginou um plano.
– Comadre irara – disse ela – corra o mundo e diga à bicharia que estou à morte e exijo que venham visitar-me.
A irara partiu, deu o recado e os animais, um a um, principiaram a visitar a onça. Vem o veado, vem a capivara, vem a cutia, vem o porco do mato. Veio também o jabuti.
Mas o finório jabuti, antes de penetrar na toca, teve a lembrança de olhar o chão. Viu na poeira só rastos entrantes, não viu nenhum rastro sainte. E desconfiou:
– Hum!… Parece que nesta casa quem entra não sai. O melhor, em vez de visitar a nossa querida onça doente, é ir rezar por ela… E foi o único que se salvou.
3 – Erro Tipográfico
A luta contra o erro tipográfico tem algo de homérico. Durante a revisão os erros se escondem, fazem-se positivamente invisíveis.
Mas, assim que o livro sai, tornam-se visibilíssimos, verdadeiros sacis a nos botar a língua em todas as páginas. Trata-se de um mistério que a ciência ainda não conseguiu decifrar.
4 – A Barca de Gleyre
No fundo não sou literato, sou pintor. Nasci pintor, mas como nunca peguei nos pincéis a sério (pois sinto uma nostalgia profunda ao vê-los — sinto uma saudade do que eu poderia ser se me casasse com a pintura) arranjei, sem nenhuma premeditação, este derivativo da literatura, e nada mais tenho feito senão pintar com palavras.
5 – A assembleia dos ratos
Um gato de nome Faro-Fino deu de fazer tal destroço na rataria duma casa velha que os sobreviventes, sem ânimo de sair das tocas, estavam a ponto de morrer de fome.
Tornando-se muito sério o caso, resolveram reunir-se em assembleia para o estudo da questão. Aguardaram para isso certa noite em que Faro-Fino andava aos mios pelo telhado, fazendo sonetos à lua.
– Acho — disse um deles — que o meio de nos defendermos de Faro-Fino é lhe atarmos um guizo ao pescoço. Assim que ele se aproxime, o guizo o denuncia e pomo-nos ao fresco a tempo.
Palmas e bravos saudaram a luminosa ideia. O projeto foi aprovado com delírio. Só votou contra, um rato casmurro, que pediu a palavra e disse — Está tudo muito direito. Mas quem vai amarrar o guizo no pescoço de Faro-Fino?
Silêncio geral. Um desculpou-se por não saber dar nó. Outro, porque não era tolo. Todos, porque não tinham coragem. E a assembleia dissolveu-se no meio de geral consternação.
6 – O Sabão
Azeite e água brigaram
Certa vez numa vasilha,
Vai tapona, vem tabefe,
Luta velha ali fervilha.Eis então, a apaziguá-los,
A potassa se apressou,
Todos três se combinaram
E o sabão daí datou.
7 – Ao Luar
Como reconhecer a flor da cerejeira?
Deixando-nos guiar pelo seu perfume
Céu de outono e coração de mulher
se assemelham;
Em uma noite um e outro
Mudam sete vezes.
8 – A Corrida de Sapinhos
Era uma vez uma corrida de sapinhos. Eles tinham que subir uma grande ladeira e, do lado, havia uma grande multidão, muita gente que vibrava com eles.
Começou a competição. A multidão dizia:
— Não vão conseguir! Não vão conseguir!
Os sapinhos iam desistindo um a um, menos um deles que continuava subindo. E a multidão a aclamar:
— Não vão conseguir! Não vão conseguir!
E os sapinhos iam desistindo, menos um, que subia tranquilo, sem esforço.
No final da competição, todos os sapinhos desistiram, menos aquele.
Todos queriam saber o que aconteceu, e quando foram perguntar ao sapinho como ele conseguiu chegar até o fim, descobriram que ele era SURDO!
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9 – O Pastor e O Leão
Um pastorzinho, notando certa manhã a falta de várias ovelhas, enfureceu-se, tomou da espingarda e saiu para a floresta.
— Raios me partam se eu não trouxer, vivo ou morto, o miserável ladrão das minhas ovelhas! Hei de campear dia e noite, hei de encontrá-lo, hei de arrancar-lhe os fígados…
E assim, furioso, a resmungar as maiores pragas, consumiu longas horas em inúteis investigações.
Cansado já, lembrou-se de pedir socorro aos céus.
— Valei-me, Santo Antônio! Prometo-vos vinte reses se me fizerdes dar de cara com o infame salteador.
Por estranha coincidência, assim que o pastorzinho disse aquilo apareceu diante dele um enorme leão, de dentes arreganhados.
O pastorzinho tremeu dos pés à cabeça; a espingarda caiu-lhe das mãos; e tudo quanto pôde fazer foi invocar de novo o santo.
— Valei-me, Santo Antônio! Prometi vinte reses se me fizésseis aparecer o ladrão; prometo agora o rebanho inteiro para que o façais desaparecer.
10 – O Leão e O Ratinho
Ao sair do buraco viu-se um ratinho entre as patas de um leão. Estacou, de pelos em pé, paralisado pelo terror. O leão, porém, não lhe fez mal nenhum.
— Segue em paz, ratinho; não tenhas medo do teu rei.
Dias depois o leão caiu numa rede. Urrou desesperadamente, debateu-se, mas quanto mais se agitava mais preso no laço ficava.
Atraído pelos urros, apareceu o ratinho.
— Amor com amor se paga – disse ele lá consigo e pôs-se a roer as cordas. Num instante conseguiu romper uma das malhas. E como a rede era das tais que rompida a primeira malha, as outras se afrouxam, pode o leão deslindar-se e fugir.
…
Você gostou dessa excelente seleção de textos de Monteiro Lobato para deixar o seu dia com mais amor e boa literatura? Então não perca mais tempo e compartilhe com seus amigos e familiares essas excelentes palavras.
Redator Web desde 2017, um leitor voraz e apaixonado por livros de ficção histórica.