Tecnologia de choque térmico restaura funções cerebrais perdidas e é esperança para pacientes com doenças neurodegenerativas
Estudo feito por médico brasileiro nos Estados Unidos pode restaurar a função cerebral de pacientes com doenças neurológicas. Confira essa notícia incrível!
Olhos perdidos e que não reconhecem as pessoas mais próximas e amadas. Memórias recentes que são apagadas em questão de segundos. Movimentos lentos e que não conseguem segurar o peso de uma simples xícara de café. Essas são características bem marcantes de quem sofre de Alzheimer e Parkinson, doenças neurológicas degenerativas que atingem milhões de pessoas pelo mundo todo.
Situações tristes e que fazem não apenas o paciente sofrer, mas todo mundo que está em volta, são temas de inúmeras pesquisas que tentam frear o avanço dos sintomas. Uma das mais promissoras foi divulgada recentemente e não apenas barrou a progressão das doenças, mas como reverteu o quadro de pacientes que nem ao menos andavam mais!
Focada na indução de proteínas de choque térmico, o novo tratamento foi desenvolvido pelo médico brasileiro Marc Abreu, especialista em termodinâmica cerebral e formado pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
O estudo foi realizado na Universidade de Yale, nos Estados Unidose recebeu o nome de “túnel térmico cerebral” (BTT, na sigla em inglês). De acordo com Marc, o tratamento desenvolvido é uma inovação não invasiva tem como base aspectos da física, ao invés dos tratamentos com remédios que combatem as doenças a partir de fatores químicos
Ainda segundo o médico, esse tratamento é feito em ambiente hospitalar, com um aparelho que induz o cérebro dos pacientes a altas temperaturas de maneira extremamente controlada.
A pesquisa tem sido feita nos últimos quinze anos e é aplicado em pacientes nos EUA, tanto em ensaios clínicos quanto em tratamentos hospitalares.
E qualquer pessoa está sujeita à redução da expressão das proteínas de choque térmico no organismo, seja pelo próprio envelhecimento do corpo ou por fatores genéticos. Essa queda pode gerar quadros neurodegenerativos, incluindo Parkinson, Alzheimer, ataxia, esclerose múltipla, esclerose lateral amiotrófica (ELA), epilepsia, doença de Huntington e outras doenças neurológicas.
SINTOMAS TOTALMENTE CURADOS
De acordo com Marc, essa indução das proteínas de choque térmico traz diversos benefícios para os pacientes, como a recuperação de capacidades motoras e cognitivas que haviam sido impactadas. Ele também explica que os pacientes em tratamento tiveram recuperação total das funções perdidas
“Não é o tratamento simplesmente para impedir a progressão, é uma terapia para reverter o processo, restaurar a função cerebral. Recentemente, um paciente brasileiro de 88 anos com Alzheimer e Parkinson, voltou a andar e a falar”, enfatiza.
Um bom exemplo da eficácia do tratamento é
, de 34 anos, que foi diagnosticada com esclerose múltipla em 2013. A doença progrediu bastante depois do nascimento da primeira filha, fazendo até mesmo com que a mulher perdesse o movimento das pernas.
Brasileira radicada nos EUA, ela ficou sabendo sobre a técnica a partir de uma reportagem e resolveu buscar o atendimento. “Foi a melhor coisa que eu fiz, depois do tratamento consegui retomar o movimento das pernas, caminhar melhor, andar de bicicleta que era algo que eu tinha muita dificuldade antes”, afirma.
Além de retomar os movimentos perdidos, ela também não teve nenhum sintoma novo da esclerose múltipla. “Já vai fazer um ano e continuo bem, com muita energia”, finaliza.
Como é bom ver notícias assim! Que a pesquisa continue sendo aprimorada e possa, em breve, estar disponível para todas as pessoas que sofrem dessas doenças tão tristes.
Fonte: Progresso.
Jornalista e redatora. Amante de gatos, livros, moda e receitinhas.