Técnico de enfermagem usa amor para tratar pacientes com Covid
Para ajudar os pacientes com Covid a melhorarem, técnico de enfermagem diz usar o amor e o afeto como ação.
Tem certas pessoas que conhecemos, que as vezes duvidamos ser apenas pessoas e acreditamos que elas foram verdadeiros anjos colocados em nossas vidas no momento certo.
Com muita certeza, esse deve ser o pensamento dos pacientes que passam pelos cuidados do técnico de enfermagem Wilsomar da Silva, de 48 anos, que já atua na área da saúde há 25 abençoados anos.
Para ele, atuar na profissão é muito mais do que saber as técnicas básicas que precisa para cuidar dos pacientes. Esse é um trabalho que envolve muito afeto e amor.
Quando começou, sabia que era possível atuar de uma forma em que seus pacientes se sentissem melhores. Wilsomar encontrou uma respostas para esse bem estar em pequenas ações.
Então, durante o período de seus plantões, o técnico de enfermagem fazia muito mais como profissional. Ele passou a dar mais atenção, maquiava, cortava cabelos lia livros, contava histórias e até cantava.
Quando a coisa toda se agravou por causa da Covid-19, ele teve a certeza de que precisava fazer. Precisando se isolar da própria família, sentiu na pele a solidão que os seus pacientes sentiam quando estavam sozinhos.
“Eu vejo que tem uma reação quando os pacientes começam a ouvir. Vejo no monitor a reação da arritmia do paciente, percebo que eles estão sentindo. Faço vídeo chamada com pacientes e familiares, vai muito além, trago afeto e amor”, disse ele.
Um cuidado que faz a diferença
Vendo que ele era uma das poucas pessoas que os pacientes da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) tinham por perto, decidiu fazer mais para que não se sentissem tão sozinhos.
Era uma troca de conversa ali, um pentear de cabelos ali… Passou a abraçar cada uma daquelas pessoas que precisavam dele. Sentindo falta da própria família, depositou neles o amor que queria dar.
“Os pacientes estão tão carentes ali. Eles não recebem visitas, não podem receber a família por causa do Covid. A falta de afeto que os pacientes têm, por não estarem recebendo as visitas, de certa forma eu também tinha, porque chego em casa e não posso ter contato direto com os meus filhos. Eu vivo isso tudo em casa”.
Além das técnicas básicas que aplica todos os dias, esse afeto acaba entrando em cena como uma das coisas mais importantes que o Wilsomar como profissional pode dar.
Se tornando uma verdadeira inspiração para os demais profissionais, ele encanta ao dizer que: “Estas duas coisas devem andar juntas”.
Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.