Sua SUPERPROTEÇÃO pode destruir a vida de quem você ama – não seja essa pessoa!
Você sabia que a superproteção pode dificultar a construção da personalidade e autoestima dos seus filhos? Descubra os traumas que podem ser causados por essa atitude.
É normal que os pais tentem proteger seus filhos, principalmente nos primeiros anos de vida. Os motivos são os mais diversos, desde achar que eles são perfeitos demais para sofrer ou por enxergarem na criança alguma fragilidade ou incapacidade de escolher o melhor para a própria vida.
A verdade é que cada motivo é muito particular e obviamente, os pais fazem isso querendo oferecer o melhor. Contudo, os efeitos dessa superproteção podem dificultar a formação da personalidade e trazer baixa autoestima para as crianças.
Ao agirem assim, os pais não sabem que estão provocando algo negativo e por incrível que pareça, é bem possível que tenham passado por isso na infância e resolvido aplicar para as próximas gerações.
Esse comportamento acumula carmas familiares e impede que os ciclos de insegurança sejam quebrados. Se você não entendeu bem, saiba que reproduzir comportamentos que projetam sensações negativas acumula energia cármica e impede que paradigmas sejam extintos.
Esse tipo de carma é definido pelo padrão comportamental que caminha de geração para geração. Essas atitudes são absorvidas pelos novos integrantes da família, devido as cargas já existentes nos pais.
Prolongar esse tipo de sentimento carrega energias e emoções do passado, e esse comportamento pode interferir na autoestima. Isso só chegará ao fim quando um membro decidir romper esse conceito ao invés de absorve-lo.
Neste artigo, iremos refletir sobre essas e outras questões relacionadas as consequências da superproteção na construção da autoestima e quais são os melhores caminhos para driblar esse processo.
QUAIS SÃO AS CONSEQUÊNCIAS PROVOCADAS PELA SUPERPROTEÇÃO?
A dinâmica entre as famílias é sempre única e inigualável, sendo assim, suas consequências também são. Diante disso, vamos usar Joana como personagem para que você compreenda com mais amplitude os traumas causados pela superproteção.
POSIÇÃO DE VULNERABILIDADE
Ao longo de toda infância, Joana sofreu com problemas respiratórios que causaram diversas internações e longos períodos de tratamento. Ainda que tivesse um irmão mais novo, seus pais voltavam toda atenção para ela.
Por estar sempre sob efeito de medicamentos, Joana não sentia muita fome e seus pais acabavam forçando-a a comer alegando que aquilo seria o melhor para reforçar sua saúde.
COMPULSÃO ALIMENTAR
Eles também proporcionavam tratamentos com estimuladores de apetite para que a menina comesse mais. Isso fez com que Joana transformasse o seu prazer em comer em algo negativo, favorecendo uma compulsão alimentar.
Não é difícil imaginar que quando os pais não ensinam uma criança a se posicionar e a tomar decisões, ela se torne um adulto inseguro e indeciso.
Ao acreditar que sabem o que é melhor para os filhos, muitos pais acabam pecando no que diz respeito ao livre arbítrio e a construção da autoestima.
INSEGURANÇA E CRISES DE ANSIEDADE
Isso fez com que Joana seguisse lutando para entender suas opções e o que as distinguiam da superproteção imposta pelos seus pais.
Afinal, quando se oprime uma criança a comer mais do que o corpo sente necessidade e a impedem de brincar com outros colegas para tentar protege-la de doenças, é bastante provável que isso crie desequilíbrio mental e emocional no indivíduo.
Como se já não bastasse todos os problemas da infância, durante a adolescência, Joana desenvolveu ansiedade. Esse distúrbio foi ocasionado pela preocupação constante em lutar contra as ideias dos responsáveis e reconhecer em meio a elas quais eram suas próprias escolhas.
Joana estava sempre cedendo as vontades dos pais e reafirmando seu lugar de “doente da casa”. Ela não entendia de onde surgia essa energia autodestrutiva que a obrigava a estar sempre preocupada em agradar.
Como consequência de todo sofrimento associado a comida e a insegurança, ela desencadeou problemas com a autoimagem além de uma busca incessante pelos padrões estéticos reproduzidos pela mídia.
Daí então, Joana passou a seguir dietas malucas e usar inibidores de apetite para encontrar uma forma de solucionar seu problema.
Entretanto, falar sobre autoimagem é adentrar as camadas mais profundas da personalidade e refletir sobre aceitação e amor próprio.
Isso demonstra o quanto é injusto que os genitores sempre designem o que é melhor, seja em relação a saúde ou as interações sociais durante a fase de construção da personalidade das crianças e jovens. Apenas o acúmulo de experiências consegue construir pessoas sensatas e confiantes.
Com o avanço de sua maturidade, Joana começou a separar melhor todas as escolhas e idealizações feitas pelos seus pais das suas próprias vontades.
Até então, ela não havia percebido que todas as suas escolhas na vida estavam na verdade sendo baseadas no que seus pais gostariam que ela fizesse e não no que ela gostaria de fazer.
É claro que quando se é muito pequeno, precisamos da ajuda de um adulto para conseguir suprir nossas necessidades básicas. Contudo, ao chegar na adolescência, os pais precisam entender que é o momento de permitir que o jovem faça escolhas e saibam decidir o que realmente querem.
Quando a educação super rígida é o que impera no lar, os pais tendem a minar a autoconfiança dos filhos, tornando-os adultos inseguros e indecisos. Mediante a isso, é importante saber que existem maneiras mais coerentes de educar.
ADQUIRINDO AUTOCONFIANÇA
Mesmo que não seja uma tarefa fácil eliminar anos de construção de uma baixa autoestima, ainda existem maneiras de se libertar disso!
O primeiro passo é ter total consciência sobre a sua relação com os seus pais, seja diante da forma de amar, da educar ou da atenção que foi dada. O caminho mais coerente para analisar essas questões são sessões de Psicanálise.
Um bom profissional vai fazer as indagações corretas para que você saiba o que interfere nos seus padrões comportamentais e encontre soluções equilibradas para melhorar seu campo emocional, interpessoal e psíquico.
Pode parecer desafiador, e realmente é! Mas não tenha dúvidas de que encarar seus problemas de frente é o melhor caminho para adquirir novos hábitos e mais qualidade de vida.
O autoconhecimento se apresentará como uma longa viagem, as vezes você enfrentará turbulências, mas ao fim do percurso conseguirá enxergar a si mesmo com plenitude e compaixão.
Depois de compreender as causas, é hora de descobrir o que você realmente quer! Por último, estabeleça a forma na qual irá se basear para por seus desejos em prática.
Jornalista, redatora, gerenciadora de mídias sociais e astróloga! Sempre antenada com as trends digitais e novidades relacionadas ao bem-estar humano!