Saiba quem é o cientista que se dispõe a ser picado por cobras, para encontrar antídotos
Veja como um cientista conseguiu desenvolver um antídoto para veneno de cobras arriscando sua vida. Conheça Tim Friede, o cientista que foi mordido mais de 200 vezes por cobras venenosas!
Você colocaria sua vida em risco em nome da ciência? Como cientista, você apostaria toda sua vida para testar hipóteses que poderiam levar a morte?
Pois bem, existe um homem que dispõe de todo sua carreira em nome da ciência, tudo para encontrar soluções para ajudar a humanidade no futuro.
A seguir, você conhecerá a vida de Tim Friede, um cientista que levou várias picadas de cobras para encontrar uma solução para reverter o efeito do veneno.
O cientista das cobras venenosas
Nem é preciso dizer aqui o quanto o veneno de cobra como a cascavel (Crotalus Durissus), a taipan-costeira (Oxyuranus scutellatus) ou a da mamba-negra (Dendroaspis polylepis) podem ser letais.
Porém, isso não foi desculpas para o cientista norte-americano chamado Tim Friede desistir de sua pesquisa científica.
Tim Friede não só levou mais de duzentas picadas dessas cobras e de outras criaturas igualmente perigosas, como também injetou nele mesmo as toxinas desses animais mais de setecentas vezes.
Mas claro, tudo isso foi voluntariamente e mesmo sabendo que corria sérios riscos de morte, ele prosseguiu com os testes.
É nessa hora que parou para analisar e perguntar. Por quê ele fez isso?
Tim Friede fez isso para poder ajudar a desenvolver um soro antiofídico universal, assim evitando que milhares de pessoas morressem decorrentes as picadas de cobras venenosas, pois isso acontece todos os anos no mundo, infelizmente.
A cauda do cientista foi nobre ou maluca?
Já faz mais de vinte anos que Tim Friede, se dedica a esse projeto científico perigoso virando uma cobaia humana.
Hoje ele residente de Wisconsin com seus cinquenta e poucos anos, nunca foi a universidade e trabalhava como caminhoneiro antes de se aventurar no mundo das ciências.
A principal ideia dele consistia em levar várias picadas ou injeção de veneno no seu corpo as toxinas produzidas pelas cobras mais venenosas do mundo. O objetivo era desenvolver defesas imunológicas contra as ações mortais dos venenos.
Isso é uma coisa de louco que jamais alguém deveria fazer? Não tenho dúvidas! Mas para o cientista norte-americano Tim Friede a conquista de um progresso em seu trabalho não era maluquice.
Como foi o processo de pesquisa de Tim Friede?
Há alguns anos, ele começou a postar vídeos no site YouTube, nos quais Tim aparece segurando cobras venenosas e deixando que elas picasse seu corpo.
O objetivo de Tim Friede em postar esses vídeos não era para ganhar fama ou nem motivar outras pessoas a fazerem o mesmo ou algo parecido. Ele só queria atrair a atenção dos médicos e outros cientistas para ajudá-lo em sua pesquisa.
Mas o resultado não foi bem o que esperava. O norte-americano Tim se tornou alvo de várias críticas na internet e no mundo científico. Os especialistas em venenos de cobras e médicos o acusaram de adotar práticas extraordinariamente perigosas.
Só para que você tenha uma ideia no que ele estava se metendo, Tim se submetia a picadas seguidas de duas das cobras mais perigosas do planeta. O perigo maior foi quando ele se submeteu a levar “dentadas” de cinco desses animais venenosos em um período de 48 horas, mas acabou parando depois da quarta picada.
Além disso, durante os testes ele foi parar incontáveis vezes ao hospital, recebendo tratamento de emergência após receber grandes doses altíssimas de veneno. Realmente Tim superestimava sua resistência a determinadas toxinas, chegando a entrar em coma nos hospitais e ficar bem perto da morte.
No entanto, a pesquisa que quase o matou acabou surtindo efeito, pois a abordagem bem pouco cuidadosa serviu para atrair alguns cientistas para sua causa.
A autoimunização de Tim Friede
Embora uma grande parte dos maiores cientistas admitiam os perigos aos quais Tim se expunha, são muito maiores os benefícios que isso causou.
A cada picada ele corria o risco de desenvolver infecções, sofrer falência de órgãos, alergias, necroses e além disso, bater as botas.
Porém, os exames mostraram que o organismo de Tim contava com o dobro de anticorpos para combater os eventuais efeitos dos venenos das cobras em comparação a uma pessoa normal.
Alguns especialistas acreditam que as loucuras de Tim podem, sim, ter ajudado no desenvolvimento de soros e antídotos mais eficazes para salvar vidas.
O sucesso de Tim foi tão grande que um desses pesquisadores acabou abandonar seu cargo como cientista chefe de uma grande empresa para montar sua própria companhia e focar em soros antiofídicos.
Os frutos da loucura do cientista das cobras venenosas
Para produzir antídotos para picadas de cobras, primeiro as soluções são testadas em laboratório em animais, e só depois de sua segurança ser comprovada que eles são usados em seres humanos.
No caso de Tim Friede, a empresa responsável em criar o antídoto pegou uma amostra de sangue dele para conduzir todo a pesquisa e experimentos para o desenvolvimento do soro universal.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), cerca de 5,4 milhões de pessoas são mortas por cobras venenosas, sendo que mais de 400 mil acabam desenvolvendo sequelas graves devido a falta de tratamento adequado. E entre 81 mil e 138 mil pessoas picadas por essa cobras acabam morrendo.
E Tim Friede, o cientista das cobras venenosas disse que se dispõe a reverter esses dados da OMS, apesar de ser meio perigoso. E garantiu em um contrato que seu sacrifício renderá para ele muito dinheiro caso os anos de autoimunização deem origem a novos antídotos.
Redator Web desde 2017, um leitor voraz e apaixonado por livros de ficção histórica.