Ser enterrado nessa roupa de cogumelos pode ajudar a salvar o planeta

Falar sobre morte nunca é um assunto fácil. Perder um ente querido então nem se fala.

Infelizmente, a morte envolve uma série de questões desagradáveis, tanto emocionais, quanto financeiras. Só no momento da perda de um ente querido é que nos damos conta de quanto é caro sepultar alguém.

Entre o caixão, flores e outros serviços que são necessários, gastamos um valor bem alto que, normalmente não estamos preparados para dispor. Mesmo nos processos de cremação, os valores também são bem “salgados”.

A morte também tem impactos no meio ambiente.

Parece difícil de acreditar, mas nossa morte também traz impactos sérios ao meio ambiente.

De acordo com Instituto Scientific American, todos os anos mais de 30 milhões de metros cúbicos de madeira são utilizados para produzir caixões.

Também são usados 800.000 litros de formol para embalsamar corpos. Esse formol contêm agentes cancerígenos tóxicos que infiltram no solo uma vez que o corpo se decompõe.

A cremação também não é muito melhor. Mais de 500 toneladas de dióxido de carbono são liberadas na atmosfera a cada vez que um cadáver é colocado no forno.

Com base na taxa média de cremação de 38%, cerca de 250.000 toneladas de CO2 são produzidas por ano, seria o equivalente a produção anual de cerca de 50.000 carros.

Já pensou que a solução para todos esses problemas pode ser um cogumelo?

Isso mesmo, você não leu errado, um cogumelo. Imagine tornar nossos corpos alimentos para cogumelos “carnívoros” que vão nutrir o solo com a nossa carne em decomposição.

É isso que a artista e inventora Jae Lee Rhim quer tornar realidade.

Cogumelos

Ela inventou uma espécie de roupa especial com um tipo de fio com esporos de cogumelos, que quando enterrados, agem limpando o corpo de muitas toxinas e fazendo com que eles retornem para a terra. A roupa foi batizada de Infinity Mushroom.

Segundo Lee, a roupa é feita de pano biodegradável que tecida com cogumelos especialmente cultivados que ajudam a transformar o cadáver em “adubo limpo”.

O resultado final é que: “Nossos corpos são transformados em nutrientes vitais que enriquecem a terra e promover a nova vida”.

A pesquisadora brinca e descreve o seu invento como sendo um “pijama ninja”. Ela acredita que seu projeto teria grande aceitação por ser sustentável e ter um valor muito menor do que um funeral convencional.

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Como esses cogumelos são produzidos?

Aparentemente é difícil de produzir um tipo de cogumelo especial para essa finalidade em laboratório.

Então, Lee tem cultivado alguns tipos de cogumelos alimentando-os de pedaços de unha, cabelos soltos, as células da pele e tudo aquilo que naturalmente vem do corpo.

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Ao longo do tempo, ela treina os cogumelos para desenvolverem um gosto por partes de corpos humanos.

Boas razões para acreditar em tudo isso

A essa altura você deve estar pensando: “Meu Deus, essa mulher é louca!”. Calma, ela tem uma justificativa para tudo isso.

A artista diz que: “Nós queremos comer, e não ser comido por nossa comida. Mas vendo os cogumelos crescerem e digerirem meu corpo, eu imagino o Infinity Mushroom como um símbolo de uma nova maneira de pensar sobre a morte e a relação entre o meu corpo e o meio Ambiente”.

Ela ainda fala: “Não importa o quanto nós tentamos evitar o assunto, a morte é parte de nossas vidas. Ela pode ser triste, mas não tem que ser sombria. Ela pode ter algum tipo de beleza. Porque é tudo parte do ciclo maravilhoso da vida”.

Para ela aceitar a morte significa aceitar que somos seres físicos que estão intimamente ligadas ao meio ambiente. E uma vez que entendemos que nós estamos conectados ao ambiente, vemos que a sobrevivência de nossa espécie depende da sobrevivência do planeta.

Ela acredita que este é o início da verdadeira responsabilidade ambiental.

Tudo isso parece loucura, mas tem muita gente interessada nesse assunto. Um vídeo em que Lee parece dando entrevista e explicando sobre seu projeto tem mais de um milhão de views.

Veja o vídeo abaixo na íntegra.

Fonte: upworthy.com.

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Amanda Ferraz
Escrito por

Amanda Ferraz

Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.