Fotógrafo perguntou para estas crianças o que elas querem ser. Veja o que aconteceu depois.

Fotógrafo perguntou para estas crianças o que elas querem ser. Veja o que aconteceu depois. É revelador. Poderoso... Para abrir nossos olhos.

“O que você vai ser quando crescer?”

Quantas vezes você já ouviu ou fez essa pergunta para uma criança sobre os seus sonhos para o futuro?

O fotógrafo Vincent Tremeau iniciou o projeto “One Day, I Will” (“Um Dia, Eu Serei”, em tradução livre), em que crianças respondem essa pergunta.

Tremeau descreve no Instagram do projeto que “One Day, I Will” dá voz à juventude ao redor do mundo.

Ele retrata meninos e meninas de países da África Ocidental e Central, vestidos com as roupas dos profissionais que querem se tornar.

A ideia do fotógrafo começou como um experimento, uma maneira de brincar com as crianças do campo de refugiados que ele conheceu enquanto completava um trabalho sobre crise humanitária na República Democrática do Congo.

Vincent Tremeau pensou que contar as histórias dessas crianças mostraria as possibilidades para o futuro delas em vez de um presente focado na realidade de um cotidiano inseguro por causa de vários sentidos.

Os sonhos revelados pelas crianças são emocionantes. Confira:

Kadijatu: “Um dia eu serei professora”

Kadijatu Maname Zeinan vive na Nigéria, um dos muitos países atormentados por ameaças externas. Ataques terroristas do grupo Boko Haram já mataram milhares de pessoas e várias famílias deixaram suas casas.

Mas a sua realidade não a impede de projetar o futuro: assim como o pai, Kadijatu quer ser professora.

Salifa: “Um dia irei proteger as florestas”

Salifa Adamou mora em um vilarejo isolado, perto de Tahoua, na Nigéria. A preocupação dele é proteger as florestas na Nigéria e impedir o corte de árvores em larga escala.

Nana: “Um dia eu serei uma jornalista”

Nana Farida Saidou, da Nigéria, quer ser uma jornalista para um dia poder transmitir para o público em geral tudo o que acontece em seu país.

Georgine: “Um dia trabalharei na rádio”

Georgine tem 13 anos e é da cidade de Pinga, na República Democrática do Congo. Ela quer trabalhar em uma estação de rádio como o pai.

“Um dia eu serei eletricista”

Sakima: “Um dia serei professora”

“Meu pai me disse que mais tarde, eu vou ser uma professora como ele. Eu gostaria de ensinar para a 3° série, porque eu entendi tudo o que a professora me disse na aula”, disse Sakima Mamane, de 10 anos, da Nigéria.

Yakouba: “Um dia serei professor de ciências”

Yakouba Senou, de 11 anos, vive na cidade de Kolondieba, no Mali.

“Um dia eu serei piloto de avião”

Maimouna: “Um dia serei enfermeira”

Sekou: “Um dia serei médico”

Rajikou: “Um dia serei mecânico”

Issouf Konaté: “Um dia serei criador de galinhas”

David Kamaté: “Um dia serei presidente do Mali”

“Eu quero ser presidente do Mali porque é um bom trabalho e há muito dinheiro envolvido nisso. Eu gostaria de trabalhar bem pelo meu país”, disse David Kamaté, de 9 anos, de Kolondieba, no Mali.

Chandi: “Um dia eu vou fabricar cestas”

Chandi tem dez anos e vive na cidade de Pinga, na Província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo.

“Gostaria de aprender a como fazer cestas, porque vai me ajudar na vida futura. Isso vai ajudar meus futuros filhos, meus pequenos irmãos, minhas irmãs e eu. Talvez eu me case com alguém irresponsável, sujo ou mesmo alcoólatra. Então, essas cestas vão me ajudar. Se eu tiver que casar, eu vou começar a vender minhas cestas para cobrir as despesas escolares das minhas crianças e comprar comida para elas.”

A resposta de Chandi pegou o fotógrafo de surpresa:

“Quando você ainda é uma criança, é surpreendente ter tal maturidade. Mas infelizmente esta é a realidade que ela também vive e ela já sabia que tinha que cuidar de si mesma ainda em uma idade tão jovem.”

E algumas crianças querem ser soldados

Por verem seus países assolados por guerras e conflitos, muitos meninos da República Democrática do Congo e da República da África Central desejam se tornar soldados, como Patrick e Ibrahim, não para fazer pilhagem e destruir, mas para proteger suas famílias.

Patrick: “Um dia serei soldado”

Patrick tem 12 anos e explica o motivo de sua escolha:

“Eu quero ser um soldado porque eu gostaria de lutar pela população. Porque minha comunidade já fugiu doze vezes. Eu também já fugi da minha vila doze vezes. Toda hora nós fugimos, nós realmente não estamos felizes, porque nós temos que ir dormir no mato, em lugares que nós não conhecemos e que não nos protege.”

Ibrahim: “Um dia eu vou ser um soldado”

Faozia: “Um dia eu vou coletar diamantes”

Faozia disse que irá coletar diamantes como o pai.

A cidade onde ela vive, Carnot, na República da África Central, está localizada em uma área de mineração. Muitas pessoas que vivem lá usam pequenas ferramentas como machados para escavar a terra ou barcos para tentar encontrar diamantes no rio.

Fronçoise: “Um dia eu vou ser enfermeira”

Françoise tem 15 anos e tem um filho chamado Chance de 1 ano e 4 meses.

A rotina dessa menina corajosa é acordar todos os dias pela manhã, lavar as roubas de seu bebê e então vai para a escola. Enquanto está fora, a avó dela cuida da criança. Depois da escola, Françoise ainda vai trabalhar no campo.

“Eu gosto de estudar porque eu sei que um dia será útil para mim e me permitirá ser uma enfermeira. Mas para isto acontecer, primeiro eu tenho que estudar. Assim, eu vou ser capaz de ajudar outras pessoas a não sentirem dor tanto quanto eu mesma sofri.”

Françoise contou que não sente vergonha de ir à escola, embora outras pessoas não entendam porque ela continua estudando quando já tem um filho.

“Eu digo a elas que se eu estudo, é exatamente porque eu quero ajudar minha criança. Mesmo que outros caçoem de mim, eu deixo falarem e vou para a escola mesmo assim.”

“Elas são o futuro”

Foi o que disse o fotógrafo em entrevista ao National Geographic:

“As imagens mostram uma realidade. Mas você pode ir além das imagens para conversar sobre questões como educação e desenvolvimento dos jovens.”

Visite o site do fotógrafo Vincent Tremeau: vincenttremeau.com.

Fonte: upworthy.com, nationalgeographic.com.

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Amanda Ferraz
Escrito por

Amanda Ferraz

Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.