Projeto que irá reflorestar o parque nacional do PR tem ajuda de população indígena local
Para reflorestar uma área da Mata Atlântica, pesquisadores irão contar com a ajuda de população indígena local. Quer saber mais? Então, confira a matéria completa!
A história do Brasil, assim como de outros países colonizados, é infelizmente marcada pela destruição massiva da flora, fauna e populações nativas. Atualmente, se busca preservar o pouco que restou das florestas originais.
Para isso, diferentes iniciativas e projetos surgem com propostas incríveis e que que dão aquela esperança gostosa no coração.
Uma delas começou a sair do papel em janeiro deste ano! Trata-se de uma ação realizada em parceria entre o Instituto de Tecnologia para o Desenvolvimento – Lactec, o Fundo Brasileiro para a Diversidade (Funbio) e o apoio de indígenas da comunidade Tupã Nhe’é Kretã.
O objetivo é restaurar o Parque Nacional de Guaricana, na Serra do Mar paranaense, com 100 hectares e assim, formar uma cadeia produtiva com espécies nativas da Mata Atlântica, associada à recuperação de áreas degradadas.
Em entrevista ao Só Notícia Boa, o pesquisador do Lactec e coordenador do projeto, Juliano José da Silva Santos, afirmou que “com as atividades que serão desenvolvidas em conjunto, será possível restaurar a cobertura florestal de uma área antes usada como plantação de pinus e contribuir com a geração de renda da comunidade”.
Além disso, a ideia é visibilizar um viveiro de espécies nativas para que a comunidade possa gerenciar e alinhar as tecnologias existentes com os conhecimentos tradicionais dos Tupã Nhe’é Kretã. “Os indígenas já desempenham a função de protetores do Parque, porque moram junto à estrada que dá acesso a ele”, explicou Juliano.
O projeto tem duração prevista de dois anos e uma das metas é a extração dos pinus existentes na área. “O pinus é considerado uma espécie exótica e invasora que pode causar danos à unidade de conservação ambiental e expulsar espécies nativas, um processo que chamamos de contaminação biológica”, pontuou pesquisador.
Uma ação que deve inspirar o país
De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na época do descobrimento do Brasil, a Mata Atlântica abrangia uma área equivalente a 1.315.460 km². Hoje, ela se estende ao longo de 17 estados brasileiros e conta com apenas 12,4% da floresta original.
De grande importância para a população brasileira, a “Mata possibilita atividades essenciais para a população, como o abastecimento de água, a agricultura, a pesca, a geração de energia elétrica, o turismo e o lazer”, segundo o site SOS Mata Atlântica.
Ou seja, a preservação desse bioma é essencial para regular o abastecimento de águas, regulação do clima e entre outros fatores do dia a dia da sociedade.
Dessa forma, a Lactec e a Funbio visam recuperar a área degradada e levar para a região, não apenas um potencial turístico maior, mas uma qualidade de vida para as comunidades, fauna e flora da região.
Agora, a ida é decidir quais espécies serão plantadas. Após de consulta com a comunidade indígena, a previsão é realizar o plantio de árvores frutíferas, plantas medicinais e erva-mate nas áreas mais próximas à aldeia.
Que ideia extraordinária, não é mesmo? Projetos assim são ótimos para ajudar o meio ambiente e valorizar o conhecimento das comunidades indígenas, a qual tanto devemos!
Fonte: Só Notícia Boa e SOS Mata Atlântica
Jornalista e redatora. Amante de gatos, livros, moda e receitinhas.