Poemas mais populares da humanidade: 25 que todo mundo conhece

Os melhores textos já escritos estão aqui e você pode ser emocionar com eles. Confira aqui alguns poemas mais populares da humildade para você conhecer melhor.

Você sabia que existem diversos poemas brasileiros presentes nas listas das melhores poesias mundiais? Com certeza você vai se emocionar com esses poemas mais populares da humanidade para conhecer melhor.

O fato é que são diversos textos reflexivos e artes em forma de letras e parágrafos que emocionam cada um de nós com amor e carinho.

Na verdade, cada poesia, romance ou obras completas de grandes escritores fazem parte de nossas vidas – a felicidade está em cada verso sereno.

Foi pensando nisso que selecionamos ótimos textos populares para você conhecer mais a literatura mundial e se surpreender com cada verso.

Poemas mais populares da humanidade

Confira a seguir alguns dos melhores poemas já escrito pela humanidade. Emocione-se com essas lindas linhas de emoções e sentimentos e vivamos coisas boas com a literatura mundial.

1 – Soneto 116 (William Shakespeare)

De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.

Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.

Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,

Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

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Poemas mais populares da humanidade: 25 que todo mundo conhece. (Imagens: Pexels)

2 – O Navio Negreiro (Castro Alves)

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro… ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!…
Ó mar, por que não apagas
Co’a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! …

3 – Treze maneiras de olhar para um melro (Wallace Stevens)

I
Entre vinte montanhas nevadas,  
A única coisa em movimento  
Era o olho do melro.   

II
Eu tinha três mentes,  
Como uma árvore  
Em que existem três melros.   

III
O melro girava nos ventos de outono.  
Foi uma pequena parte da pantomima.   

IV
Um homem e uma mulher  
São um.  
Um homem e uma mulher e um melro  
São um.   

V
Não sei qual preferir,  
A beleza das inflexões  
Ou a beleza das insinuações,  
O melro assobiando  
Ou logo depois.   

VI
Pingentes de gelo encheram a longa janela  
Com vidro bárbaro.  
A sombra do melro  
Atravessou-o, de um lado para o outro.  
O humor  
Traçado na sombra  
Uma causa indecifrável.   

VII
Ó homens magros de Haddam,  
Por que você imagina pássaros dourados?  
Você não vê como o melro  
Anda pelos pés  
Das mulheres sobre você?   

VIII
Eu conheço sotaques nobres  
E ritmos lúcidos e incontornáveis;  
Mas eu também sei  
Que o melro está envolvido  
No que eu sei.   

IX
Quando o melro desapareceu de vista,  
Marcou a borda  
De um dos muitos círculos.   

X
Ao avistar melros  
Voando em uma luz verde,  
Até os bandidos da eufonia  
Gritaria fortemente.   

XI
Ele cavalgou sobre Connecticut  
Em uma carruagem de vidro.  
Certa vez, um medo o perfurou,  
Nisso ele confundiu  
A sombra de sua equipagem  
Para melros.   

XII
O rio está se movendo.  
O melro deve estar voando.   

XIII
Foi noite a tarde toda.  
Estava nevando  
E ia nevar.  
O melro sentou-se  
Nos galhos do cedro.

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Os grandes nomes da literatura brasileira também estão nas listas dos poemas mais lidos do mundo e até os marcantes poemas de Machado de Assis fazem parte desse grande acervo.

4 – Os Sapos (Manuel Bandeira)

Enfunando os papos,
Saem da penumbra,
Aos pulos, os sapos.
A luz os deslumbra.Em ronco que aterra,
Berra o sapo-boi:
– “Meu pai foi à guerra!”
– “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”.O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: – “Meu cancioneiro
É bem martelado.Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.Clame a saparia
Em críticas céticas:
Não há mais poesia,
Mas há artes poéticas…”Urra o sapo-boi:
– “Meu pai foi rei!”- “Foi!”
– “Não foi!” – “Foi!” – “Não foi!”.Brada em um assomo
O sapo-tanoeiro:
– A grande arte é como
Lavor de joalheiro.Ou bem de estatuário.
Tudo quanto é belo,
Tudo quanto é vário,
Canta no martelo”.Outros, sapos-pipas
(Um mal em si cabe),
Falam pelas tripas,
– “Sei!” – “Não sabe!” – “Sabe!”.Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Veste a sombra imensa;Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é
Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio…

5 – Catar Feijão (João Cabral de Melo Neto)

Catar feijão se limita com escrever:
Joga-se os grãos na água do alguidar
E as palavras na folha de papel;
e depois, joga-se fora o que boiar.
Certo, toda palavra boiará no papel,
água congelada, por chumbo seu verbo;
pois para catar esse feijão, soprar nele,
e jogar fora o leve e oco, palha e eco.

Ora, nesse catar feijão entra um risco:
o de que entre os grãos pesados entreum grão qualquer, pedra ou indigesto,
um grão imastigável, de quebrar dente.
Certo não, quando ao catar palavras:
a pedra dá à frase seu grão mais vivo:
obstrui a leitura fluviante, flutual,
açula a atenção, isca-a com o risco.

6 – Harlem (Langston Hughes)

O que acontece com um sonho adiado?

Isso seca
como uma passa ao sol?
Ou infeccionar como uma ferida—
E então correr?
Cheira a carne podre?
Ou crosta e açúcar por cima—
como um doce xaroposo?

Talvez apenas ceda
como uma carga pesada.

Ou explode?

7 – Aninha e Suas Pedras (Cora Coralina)

Não te deixes destruir…
Ajuntando novas pedras
e construindo novos poemas.
Recria tua vida, sempre, sempre.
Remove pedras e planta roseiras e faz doces. Recomeça.
Faz de tua vida mesquinha
um poema.
E viverás no coração dos jovens
e na memória das gerações que hão de vir.
Esta fonte é para uso de todos os sedentos.
Toma a tua parte.
Vem a estas páginas
e não entraves seu uso
aos que têm sede.

8 – O caminho não percorrido (Robert Frost)

Duas estradas divergiam num bosque amarelo,
E desculpe, não pude viajar os dois
E seja um viajante, por muito tempo fiquei
E olhei para baixo o máximo que pude
Para onde se curvava na vegetação rasteira;

Então peguei o outro, igualmente justo,
E tendo talvez a melhor reivindicação,
Porque era gramado e precisava de desgaste;
Embora quanto a isso a passagem por lá
Tinha-os usado praticamente da mesma forma,

E ambos naquela manhã estavam igualmente deitados
Nas folhas nenhum passo havia sido pisado em preto.
Ah, guardei o primeiro para outro dia!
No entanto, sabendo como o caminho leva ao caminho,
Duvidei se algum dia deveria voltar.

Eu estarei contando isso com um suspiro
Em algum lugar daqui a muito tempo:
Duas estradas divergiam em uma floresta, e eu…
Peguei o menos percorrido,
E isso tem feito toda a diferença.

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9 – Uma Arte (Elizabeth Bispo)

A arte de perder não é difícil de dominar;
tantas coisas parecem cheias de intenção
estar perdidos que sua perda não é um desastre.

Perder algo todos os dias. Aceite a agitação
das chaves perdidas, da hora mal gasta.
A arte de perder não é difícil de dominar.

Então pratique perder mais longe, perdendo mais rápido:
lugares e nomes, e onde você quis dizer
viajar. Nada disto trará desastre.

Perdi o relógio da minha mãe. E olhe! meu último, ou
penúltimo, de três casas amadas foi.
A arte de perder não é difícil de dominar.

Perdi duas cidades, lindas. E, mais vasto,
alguns reinos que possuo, dois rios, um continente.
Sinto falta deles, mas não foi um desastre.

—Mesmo perdendo você (a voz brincalhona, um gesto
Eu amo) não terei mentido. É evidente
a arte de perder não é muito difícil de dominar
embora possa parecer ( Escreva !) um desastre.

10 – Casamento (Adélia Prado)

Há mulheres que dizem:
Meu marido, se quiser pescar, pesque,
mas que limpe os peixes.
Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
de vez em quando os cotovelos se esbarram,
ele fala coisas como “este foi difícil”
“prateou no ar dando rabanadas”
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez

atravessa a cozinha como um rio profundo.
Por fim, os peixes na travessa,
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
somos noivo e noiva.

Até mesmo os mais lindos poemas de amor de amigos podem transformar nossas vidas e esses lindos textos marcaram sua vida.

11 – Incenso fosse música (Paulo Leminski)

isso de querer
ser exatamente aquilo
que a gente é
ainda vai
nos levar além

12 – Porque não pude parar para a Morte (Emily Dickinson)

Porque eu não pude parar para a Morte –
Ele gentilmente parou para mim –
A carruagem resistiu, mas apenas nós mesmos –
E Imortalidade.

Dirigimos lentamente – Ele não tinha pressa
E eu tinha guardado
Meu trabalho e meu lazer também,
Por sua civilidade –

Passamos pela Escola, onde as Crianças se esforçavam
No recreio – no ringue –
Passamos pelos Campos de Grãos Contempladores –
Passamos pelo Sol Poente –

Ou melhor – Ele passou por Nós –
O Orvalho atraiu tremores e frios –
Apenas por Gossamer, meu vestido –
Meu Tippet – só Tule –

Paramos diante de uma casa que parecia
Um inchaço do solo –
O Telhado era pouco visível –
A Cornija – no Chão –

Desde então – há séculos – e ainda
Parece mais curto que o dia
Eu primeiro imaginei que as Cabeças de Cavalo
Estamos em direção à Eternidade –

13 – O carrinho de mão vermelho (William Carlos Williams)

Depende muito
sobre

uma roda vermelha
carrinho de mão

envidraçado com chuva
água

ao lado do branco
galinhas

14 – Seiscentos e Sessenta e Seis (Mario Quintana)

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas…
Quando se vê, já é 6.ª feira…
Quando se vê, passaram 60 anos…
Agora, é tarde demais para ser reprovado…
E se me dessem – um dia – uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
seguia sempre, sempre em frente …

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.

15 – Que este amor não me cegue nem me siga (Hilda Hilst)

Que este amor não me cegue nem me siga.
E de mim mesma nunca se aperceba.
Que me exclua do estar sendo perseguida
E do tormento
De só por ele me saber estar sendo.
Que o olhar não se perca nas tulipas
Pois formas tão perfeitas de beleza
Vêm do fulgor das trevas.
E o meu Senhor habita o rutilante escuro
De um suposto de heras em alto muro.Que este amor só me faça descontente
E farta de fadigas. E de fragilidades tantas
Eu me faça pequena. E diminuta e tenra
Como só soem ser aranhas e formigas.Que este amor só me veja de partida.

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16 – Há Homens e Homens (Bertold Brecht)

Há homens que lutam um dia e são bons.

Há outros que lutam um ano e são melhores.
Há os que lutam muitos anos e são muito bons.
Porém, há os que lutam toda a vida.

Esses são os imprescindíveis.

17 – Versos Íntimos (Augusto dos Anjos)

Vês?! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão – esta pantera –
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem que, nesta terra miserável,
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera

Toma um fósforo, acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro.
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se alguém causa ainda pena a tua chaga
Apedreja essa mão vil que te afaga.
Escarra nessa boca que te beija!

A literatura mundial tem muitos textos que falam sobre amor, paz e ser uma pessoa melhor e esses poemas sobre educação para fazer todos nós refletirmos também serão grandes inspirações em sua vida.

18 – O Apanhador de Desperdícios (Manoel de Barros)

Uso a palavra para compor meus silêncios.
Não gosto das palavras
fatigadas de informar.
Dou mais respeito
às que vivem de barriga no chão
tipo água pedra sapo.
Entendo bem o sotaque das águas.
Dou respeito às coisas desimportantes
e aos seres desimportantes.
Prezo insetos mais que aviões.
Prezo a velocidade
das tartarugas mais que a dos mísseis.
Tenho em mim esse atraso de nascença.
Eu fui aparelhado
para gostar de passarinhos.
Tenho abundância de ser feliz por isso.
Meu quintal é maior do que o mundo.
Sou um apanhador de desperdícios:
Amo os restos
como as boas moscas.
Queria que a minha voz tivesse um formato de canto.
Porque eu não sou da informática:
eu sou da invencionática.
Só uso a palavra para compor meus silêncios.

19 – Timidez (Cecília Meireles)

Basta-me um pequeno gesto,
feito de longe e de leve,
para que venhas comigo
e eu para sempre te leve…
– mas só esse eu não farei.
Uma palavra caída
das montanhas dos instantes
desmancha todos os mares
e une as terras mais distantes…
– palavra que não direi.
Para que tu me adivinhes,
entre os ventos taciturnos,
apago meus pensamentos,
ponho vestidos noturnos,
– que amargamente inventei.
E, enquanto não me descobres,
os mundos vão navegando
nos ares certos do tempo,
até não se sabe quando…
– e um dia me acabarei.

20 – Amor (Álvares de Azevedo)

Amemos! Quero de amor
Viver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu’alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!

Quero em teus lábios beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d’esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!

Vem, anjo, minha donzela,
Minha’alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!

21 – Canção do Exílio (Gonçalves Dias)

Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar — sozinho, à noite —
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.

As lindas poesias nos faz enxergar a beleza de tudo que existe no mundo e até mesmo esses poemas sobre a lua irão abrir seu coração para as boas possibilidades da vida.

22 – Ora direis ouvir estrelas (Olavo Bilac)

Ora (direis) ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso!” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las, muita vez desperto
E abro as janelas, pálido de espanto…
E conversamos toda a noite, enquanto
A Via Láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do sol, saudoso e em pranto,
Inda as procuro pelo céu deserto.
Direis agora: “Tresloucado amigo!
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo?”E eu vos direi: “Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”

23 – Soneto de Fidelidade (Vinicius de Moraes)

De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

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24 – Soneto 138 (William Shakespeare)

Quando jura ser feita de verdades,
Em minha amada creio, e sei que mente,
E passo assim por moço inexperiente,
Não versado em mundanas falsidades.

Mas crendo em vão que ela me crê mais jovem
Pois sabe bem que o tempo meu já míngua,
Simplesmente acredito em falsa língua:
E a patente verdade os dois removem.

Por que razão infiel não se diz ela?
Por que razão também escondo a idade?
Oh, lei do amor fingir sinceridade

E amante idoso os anos não revela.
Por isso eu minto, e ela em falso jura,
E sentimos lisonja na impostura. 

A literatura mundial fala sobre diversas coisas de nossas vidas e esses poemas lindos sobre a lua irão aquecer o seu coração com amor e carinho.

25 – Soneto XIV (William Shakespeare)

Dos astros não retiro entendimento
Embora eu tenha cá de astronomia,
Mas não para prever a sorte, o intento
Das estações, ou fome, epidemia;

Nem sei dizer o que será do instante,
Prever a alguém quer chuva, ou vento, ou raio;
Se tudo há-de sorrir ao governante
Segundo as predições que aos céus extraio.

De teus olhos provêm meus atributos
E, astros constantes, leio ali tal arte:
Que a verdade e a beleza darão frutos

Se em ti deixas de tanto reservar-te;
Ou um vaticínio sobre ti revelo:
Teu fim põe termo ao verdadeiro e ao belo.

Você gostou dessa excelente seleção de poemas populares para ler e refletir? Então não perca mais tempo e compartilhe com seus amigos e familiares. Aproveite!

Claudio Bernardo
Escrito por

Claudio Bernardo

Redator Web desde 2017, um leitor voraz e apaixonado por livros de ficção histórica.