Poemas lindos sobre a lua: só românticos vão entender

O poema tem o poder de expressar sentimentos difíceis de verbalizar. Confira aqui alguns poemas lindos sobre a lua para se sentir mais românticos.

Ao contemplar a majestosa lua no céu, podemos sentir seu amor derramando-se sobre nós. Continue aqui e se emocione com alguns poemas lindos sobre a lua.

Como se fosse um abraço celestial que envolve nossas vidas com luz suave e tranquilizadora, a lua tem o poder da positividade que alegra nosso dia.

Além disso, os poemas dedicados à lua são como cartas de amor escritas nas estrelas, conectando os leitores com a natureza para ser mais românticos.

Foi pensando nisso que selecionamos alguns poemas lindos sobre a lua para compartilhar muito amor e carinho e destacar a lua como algo que nos faz bem.

Poemas sobre a lua para ser mais românticos

A lua, com sua constante presença nos céus, ensina a cada um de nós a ser mais atentos e apaixonados em relação aos elementos naturais.

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Poemas lindos sobre a lua: só românticos vão entender. (Imagens: Unsplash)

Confira a seguir uma poderosa seleção de poemas mais lindos sobre a lua para você se declarar e mostrar que tudo é belo com poesia.

Fases da lua (Maria Sousa)

Seco as tuas lágrimas
Com os meus lábios.

Esses mesmos lábios
Que são fonte dos beijos
Onde sempre tombam
Os teus desejos
São também terra
Para a tua tristeza
Enterrar
E secar.

Sabes que os meus lábios,
Todas as fases da lua,
Podem encarnar?

O brilho da lua (Ana Duarte)

A verdade é como a lua
Brilha sem parar
Diz-me o meu sexto-sentido
Que tu cantas ao luar
Nunca me engana
Este aroma ensurdecedor
Rosas de baunilha oitavadas
Uma música vou compor
No piano vou tocar
Uma escala de louvor

Na concha…

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No colo da lua (Carol Carolina)

No colo da lua

Aconchegada no colo da lua
Ouvindo cantigas de ninar
Parecia que eu era filha sua
Comigo ficava a embalar

As estrelas fiquei admirando
Refletiam mil cores ao luar
Emolduravam a noite enfeitando
Um belo quadro com seu cintilar

La na rua um poeta versejava
Para encantar a sua namorada
Na janela a mocinha suspirava
Feliz o escutava apaixonada

O sereno escorregou pelo meu rosto
Na madrugada querendo me beijar
Para mim tinha o mesmo gosto
Do beijo com o qual vivo a sonhar.

Desafias-me (Maria Sousa)

Desafias-me
Como a lua desafia
As marés

Rasas e calmas
Molham os meus pés
Que descalços e nus
São como duas almas
Que se refrescam em fés
De paixões que não pus
Entre nós…

Vivas e revoltas
Fustigam a minha pele
Que despida e nua
Nas ternuras que soltas
Nada mais é que papel
Amolecida e tão tua
Sem nós…

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Ode à lua (Trabis de Mentia)

E cai pois tudo cai enquanto cai
E cai caíndo o mundo à sua volta
E volta nessa volta em que se vai
Soltando de uma queda que a não solta

E doi pois tudo doi quando se cai
E cai soltando um ai que se revolta
E vira e se revira e nunca sai
Do negro do queixume que a escolta

É livre sem ser livre, na verdade
É presa sem ser presa, que a prisão
Se estende a toda a sua liberdade

Mas usar da liberdade de expressão
Para prender-me, a lua, à sua mão
É um assunto de extrema gravidade

Na Madrugada (Semente)

A madrugada é pra mim
o arroubo de súbito encanto
de algum lugar
suave canto…

não sei e ninguém sabe
de onde vem pra onde vai
misteriosa, discreta
liberando rocios…

frescores aromas, seus pendores
alvorada livre e nua ao lume
argêntino da lua
geme os amores…

quando intento frui-la
p’ra inspiração, desvanece
rompe novo dia
o sopro adormece…

Mistérios entre a lua e o mar (Beatriz Trevisani)

A lua faceira recostou-se no mar,
hipnotizou-se pelas ondas inconstantes
e o brilho das águas,
e assim quis logo o mar, que lhe jurou noites de amor,
Mas sem amarras, o mar era liberto e nada lhe podia prometer!

A lua entristecida resolveu então,
só admirar as intrigantes e misteriosas
águas do mar…
Entreter-se suas madrugadas com a melodioso som das águas,

E o mar não contentado
tenta conquistar a lua romântica,
e enternecida de ilusões,
a mostrar-se numa exuberância,
chamando-a, e envolvendo com suas ondas insaciáveis…
Sem forças para resistir a lua pergunta:
Para onde mar, queres chegar?

” Tu lua descobrirás o meu verdadeiro mundo,
e saberás meu verdadeiro amar,
e lá poderemos reinar… “

… E assim sucede-se o eterno mistério entre a lua e o mar…

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Coração Saltimbanco (Betha Mendonça)

Senhora dos pés descalços da lua,
Descri dos cantos e contos de ser,
E ao que ousou iludir-me e tomar-me sua,
Na adaga cortei-lhe a raiz de prender.

Desceu o céu, caíram velhas estrelas,
Minipapéis laminados mil cores…
Lancei-as no fogo às cinzas fazê-las,
E ao mar espalhei os restos sedutores.

O louco desejo por ar e sonho,
No viver tingido de preto e branco,
À visão de grande prazer ou ganho,
Atira-se a razão d\’alto barranco.

Na vida nada me dói tão estranho,
Quanto esse tal coração saltimbanco!

Lembras Ulisses?
E nada tu podes dizer…
Bem feito!

Lunático (Felipe Mendonça)

Ó louca lua
Desnuda e gélida,
O que me contas
Nesta noite tétrica?

Que um dia
Estes corpos
Mortos e frios
Foram vidas elétricas?

Que estas bocas
Silentes da afasia
Um dia foram
Coro e algaravia?

Ó louca lua
Desnuda e pétrea,
Um dia foste
Lauta e profética!

Inspiraste,
Insana e frenética,
O coração dos ascetas,
Dos abades e dos poetas

E foste o álibi
De todos os criminosos,
Daqueles que buscavam
Em cismas e milagres
O perdão e a eternidade.

Tu me aparecias
Em forma de mulher
Com as vestes rasgadas,
Um seio e o púbis à mostra
Numa solitária estrada
Em que, iníqua, tu brilhavas.

E por mim acompanhada
Nada me dizias
Ou me indagavas,
Apenas o meu leito
Tu corrompias
Na madrugada.

Eu vinha do mar.
Era onde eu te via,
Mas não onde te tinha,
Pois era num lupanar
Em noites frias
Que te possuía
Dos céus despregada.

Ó santa pura e profana,
É por ti que o herege
Peca e exclama!

Tu que dos céus
Preparaste as insídias,
Rasgaste as insígnias
E todos os véus!

E nua, sempre nua
Como uma hetaíra
No firmamento
Da Grécia antiga

Ou noctívaga
E sonâmbula
Nos sofrimento
Dos que amam
Na mais escura treva
Habitada por corvos,
Templos e altares
Em ruínas,

Vagas, deambulas
Por todos os corações
Em festa ou em luto
De quem caminha
Por átrios, câmaras e colunas
Ou dorme debaixo dos viadutos.

Oh, tu que foste
A perversão e o vício
Dos corações apaixonados,
Errantes e perdidos

E te derramaste
Nas noites e vales
De brilhantes catadupas
E telúricos tropismos.

Oh, tu que foste
A breve loucura
No torturado espírito
De todos os arrependidos,

Ó louca, nua,
Impassível e gélida,
Tu me torturas,
Tu me torturas
Há incontáveis eras!

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Além do Céu (Betha Mendonça)

Olho para além do céu estrelado,
A doer nos olhos, à lua cheia oculta,
Por flocos de algodão doce azulado,
Tímida donzela, de longe escuta.

Na baía, chacoalhar das águas,
Música a propagar os ruídos,
E a dança de barcos coloridos,
Moças ao farfalhar das anáguas…

Do alto da sacada eu tudo vejo,
E a brisa tépida da noite de verão,
Arrepia-me a nuca como um beijo,
Ou um carinho morno de tua mão.

Enfim, a lua extravagante se desnuda,
Iluminam-se as flores no canteiro,
Eu em gritos de saudade muda,
Apago os meus sonhos por inteiro.

Você gostou dessa linda seleção de poemas sobre a lua para sentir o lado romântico dessa parte de nossas vidas? Então não perca mais tempo e compartilhe com seus amigos e familiares essas lindas palavras de amor.

Claudio Bernardo
Escrito por

Claudio Bernardo

Redator Web desde 2017, um leitor voraz e apaixonado por livros de ficção histórica.