Pertencer é o conto de Clarice Lispector que vai te fazer amar ainda mais literatura
Com certeza você irá enxergar alguns desafios e situações angustiantes que te abandona na vida após ler esse excelente conto de Clarice Lispector.
Podemos aprender muito com vários contos da literatura brasileira. Já ouviu falar no conto “Pertencer” de Clarice Lispector? Sabia que você pode aprender muito sobre abandono e angústia com essa história?
A escritora brasileira Clarice Lispector tem uma habilidade incrível para debater e registrar em livros algumas situações sociais que passamos no dia a dia.
Com certeza você irá aprender muito sobre algumas condições humanas e alguns enigmas a serem tratados, lendo um bom conto de Lispector, você irá refletir muito sobre a vida.
Confira a seguir o conto “Pertencer” de Clarice Lispector e entenda o quanto essa história curta impactou a literatura brasileira em todos os aspectos humanos.
O que você pode aprender no conto “Pertencer” de Clarice Lispector?
Publicado em jornal no ano de 1968, o conto “Pertencer” de Clarice Lispector tem uma grande abordagem social em relação à angústia, desamparo e abandono.
São várias as pessoas impactadas com as publicações dessa escritura brasileira aprendendo mais sobre a realidade da altura ao falar sobre coisas que pertencemos a nós mesmos diariamente.
Com certeza você irá aprender muito sobre a vida analisando pelo ponto de vista de Lispector em relação às várias circunstâncias da vida.
Leia a seguir esse conto magnífico de Clarice Lispector e tenha certeza do quanto a literatura brasileira pode ensinar a você sobre a vida e refletir sobre algumas circunstâncias que está passando.
Pertencer (Clarice Lispector)
Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer: nela o ser humano, no berço mesmo, já começou.
Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer.
Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça.
Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino.
A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus.
Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre.
Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso.
Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como se é.
E uma espécie toda nova de “solidão de não pertencer” começou a me invadir como heras num muro.
Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associações? Porque não é isso que eu chamo de pertencer.
O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética.
É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos – e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o!
Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos.
Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte.
Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força – eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa.
Quase consigo me visualizar no berço, quase consigo reproduzir em mim a vaga e no entanto premente sensação de precisar pertencer.
Por motivos que nem minha mãe nem meu pai podiam controlar, eu nasci e fiquei apenas: nascida.
A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver.
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Aprenda a lidar com os abandonos da vida
Ninguém está isento de ser abandonado ou passar por algum momento angustiante na vida. Faz parte da trajetória de qualquer ser humano experimentar algumas coisas desagradáveis na vida.
Por isso, é fundamental que você tenha maturidade e experiências de vida para entender o quanto é importante enfrentar algumas angústias e abandono com inteligência.
O conto “Pertencer” de Clarice Lispector nos faz abrir os olhos para algumas situações da vida, nos mostrando o quanto podemos de fato amadurecer algumas circunstâncias da vida.
Confie demais nas suas escolhas e situações pelas quais seus limites são testados e com certeza você sairá de alguns desafios uma pessoa melhor e mais madura.
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Você gostou de refletir mais sobre o conto “Pertencer” de Clarice Lispector? Então não perca mais tempo e compartilhe com seus amigos e familiares excelentes palavras de reflexão.
Redator Web desde 2017, um leitor voraz e apaixonado por livros de ficção histórica.