Como identificar pensamentos suicidas: 9 fatores de risco e uma pergunta
O suicídio é um assunto profundamente devastador, mas precisamos quebrar os tabus sobre esse tema. Veja algumas dicas para lidar com isso da melhor forma.
Muita gente se sente impotente quando se trata de reconhecer um suicídio.
“Isso é tão trágico”.
“Que desperdício de uma bela vida”.
“Por que ele não nos falou sobre isso?”
Muitas vezes, estamos totalmente perdidos em como lidar com o suicídio, um assunto profundamente devastador.
Mas estamos muito mal informados pra discutir isso de forma substancial.
O que é compreensível, pois a maioria de nós não é treinada em serviços psiquiátricos e faz o melhor para lidar com as próprias dificuldades na vida.
Descobrir como resolver o problema do suicídio parece estar acima de nossa autoridade.
É importante que cada um de nós se comprometa a ser melhor em falar sobre isso e quebrar certos tabus.
A verdade é que cada um de nós pode ter um amigo suicida neste momento que não está nos contando sobre isso.
Eles não nos contam porque sabem que vivem em um mundo cruel, mal preparado para ajudá-los sem julgá-los.
A principal razão que impede as pessoas que pensam em acabar com a própria vida de falar sobre o suicídio é o medo de serem rotuladas como frágeis e problemáticas pelo resto da vida.
É preciso muita coragem para falar sobre o desejo de se suicidar, especialmente quando você está passando por isso.
Toda pessoa apresenta risco de suicídio. O suicídio não tem rosto.
Mães, pais, jovens, pastores, artistas, o pensamento de acabar com a vida pode enraizar-se na mente de todos.
Mas existem alguns grupos que são mais propensos ao suicídio do que outros.
De acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos, lésbicas, gays e bissexuais têm quatro vezes mais probabilidade de tentar se suicidar do que pessoas heterossexuais.
E 25% dos jovens transgêneros relataram terem tentado tirar a própria vida.
O que algumas pessoas não sabem é que se livrar dessa ideia e aprender a curtir a vida não é uma opção para aqueles que estão verdadeiramente deprimidos.
Por que o suicídio começa a parecer uma opção viável?
John Gibson, um pastor cujo nome foi lançado recentemente como parte do hack de Ashley Madison (onde muitas pessoas foram expostas por criarem contas com a intenção de traírem seus cônjuges) cometeu suicídio em agosto.
“Ele falava sobre a depressão. Ele falava sobre ter seu nome lá, e ele me disse que estava muito, muito triste. O que sabemos sobre ele é que ele devotou a vida à outras pessoas, e ele o fez de graça, misericórdia e perdão para todos. Mas de alguma forma, ele não conseguia estender isso para si mesmo”.
– Christi Gibson, sobre o suicídio de seu marido, John.
Jody Nelson, um assistente social clínico em Lansing, Michigan, explica parte do porquê uma pessoa pode se sentir atraída pelo suicídio:
“Uma pessoa suicida muitas vezes vê o suicídio como uma solução pura, limpa e autônoma para seu estado emocional de desespero. O suicídio nunca é puro. Nunca é limpo. E nunca verdadeiramente autônomo. As pessoas suicidas não são capazes de ver ou prever as consequências de seu ato na vida das pessoas ao redor. Sua própria doença faz com que seja impossível para eles enxergarem isso.”
Ele nos aconselha a conhecer os fatores de risco:
1. Depressão. Isolamento. Perdas.
2. Grandes mudanças de vida (e, às vezes, apenas algumas pequenas como começar ou parar de tomar certos medicamentos).
3. Tentativas de suicídio anteriores. Abuso de substâncias.
4. Comportamentos irracionais ou instáveis.
5. Dificuldades financeiras.
6. Acesso a meios de cometer o ato.
7. Intenção suicida.
8. Uma história de suicídio na família.
9. Conexões a outras pessoas que morreram por suicídio.
Jody Nelson diz que, se percebermos esses sinais, devemos perguntar diretamente a pessoa algo do tipo:
“Eu notei que você esteve particularmente para baixo ultimamente. Você está pensando em se machucar?”
Isso não fará com que alguém que não tenha tendências suicidas passe a considerar a ideia de repente.
O que isso fará, caso alguém esteja pensando em suicidar-se, é fazê-lo atravessar uma parede que está o mantendo isolado e, de repente, aliviar parte dos sentimentos acumulados, com os quais ele esteve lidando sozinho.
Uma pessoa com depressão e sentimentos suicidas é muitas vezes grata por encontrar alguém com quem possa falar francamente sobre o que está pensando.
E caso alguém responda que sim, escute-o e converse com ele. Mas também leve-o a emergência, leve-o até lá, vá com ele. Dessa forma, eles terão acesso ao acompanhamento adequado.
Em seguida, fique de olho e acompanhe a situação. Continue conversando come ele, pois ele vai tentar minimizar a situação. Quem não faria isso?
É por isso que é importante para nós falar sobre isso publicamente e agora.
Quando aprendermos a falar sobre o suicídio de forma mais produtiva e demonstrarmos publicamente que estamos tentando entender um pouco melhor do que costumávamos, abriremos portas caso alguém em nosso círculo esteja pensando em se suicidar.
Devemos demonstrar que não iremos julgar nossos amigos e pessoas amadas – apenas amá-los.
Compartilhe esse conteúdo com seus amigos e ajude a quebrarmos alguns tabus sobre o suicídio.
Quanto mais pessoas aprenderem a lidar com isso, melhor.
Divulgue essa causa, é importante!
Fonte: Upworthy.
Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.