Esse com certeza é o bairro mais aconchegante do Rio de Janeiro; você vai querer se mudar
Humaitá é um dos poucos bairros cariocas que ainda preserva características aconchegante e tradicionais. Descubra os detalhes...
Pode ser que você nunca tenha ouvido falar sobre ele, mas Humaitá é um dos bairros mais aconchegantes da zona sul do Rio de Janeiro.
Fazendo limite com o Botafogo, Alto da Boa Vista, Copacabana, Santa Teresa e Lagoa, o bairro reúne características próprias e que oferecem uma experiência imersiva na essência carioca.
Em Humaitá você vai encontrar algumas das melhores escolas da cidade, além de representações diplomáticas e uma vida noturna agitada.
Tudo isso tendo a Floresta do Corcovado como plano de fundo. Se você quer saber mais sobre esse lugar, confira o guia completo que montamos sobre o bairro.
Humaitá: O bairro mais aconchegante do Rio de janeiro
Esse com certeza é o bairro mais aconchegante do Rio de Janeiro; você vai querer se mudar (Imagens: Unsplash)
Mesmo após o crescimento imobiliário na área, o Humaitá preservou muitas características do passado.
Esse é um dos bairros que ainda possui um grande número de casas antigas e que relembram o Brasil tradicional de algumas décadas atrás.
Para você ter ideia, algumas construções são tombadas como patrimônio histórico do Rio de Janeiro, com cuidado especial para aquelas que ficam encostadas ao Corcovado.
Por que escolher Humaitá?
Apesar desse não ser o mais famoso entre os bairros cariocas, ele com certeza é um dos mais agradáveis.
É um fato que, com o passar dos anos as cidades vão perdendo suas características tradicionais, mas parece que essa regra não se aplica a Humaitá.
Utilizando São Paulo como exemplo, atualmente ela é uma metrópole efervescente e que preservou muito pouco, ou quase nada, das características que inspiraram os famosos sambas de Adoniran Barbosa.
Também podemos afirmar que isso aconteceu no Rio de Janeiro, mas o fato é que Humaitá permanece sendo uma das exceções
Escolher estar no bairro é optar pela tranquilidade
Suas ruas arborizadas são um sucesso só entre os moradores. Essa característica é uma das melhores para enfrentar o calor do verão carioca.
Além disso, Humaitá quase não possui edifícios e os que existem não são grandes arranha-céus.
Ao fazer um passeio caminhando, você percebe que existe uma concentração menor de pessoas, o trânsito é tranquilo o poder público se preocupa em preservar a identidade que dá essência ao bairro.
A vida noturna em Humaitá
A partir dos anos 60, Humaitá se tornou um point boêmio para as classes mais abastadas do Rio de Janeiro.
Daí em diante, só cresceu o número de bares, lojas e restaurantes que movimentam a vida noturna do bairro.
Dentre os mais procurados estão o Raro Bar, O Plebeu, Combinado Carioca e Palhinhas. Vale a pena incluir essas paradas no seu roteiro no Rio de Janeiro.
Além disso, a beleza do bairro é convidativa e permite registros incríveis. Perfeito para curtir os fins de tarde com os amigos e um bom happy hour.
Cultura e lazer no bairro
Além de ter uma vida noturna agitada, Humaitá é um bairro surpreendente quando se trata de lazer. Para além dos bares e restaurantes, que estão focados na antiga garagem de bondes, também existe a Rua Visconde de Caravelas.
Esse é o lugar onde está o verdadeiro espírito do boêmio carioca.
Lá você vai encontrar bares tradicionais, como o Cumpadre e o Fuska. Tudo isso em meio aos prédios do Instituto brasileiro de administração municipal, o Espaço cultural Sérgio Porto e a Casa da Espanha.
Avanços que todo mundo pode amar
E ao que me parece, a tendência é que o aspecto cultural do bairro cresça ainda mais. Nos últimos 3 anos, a região renasceu com a chegada de novas empresas, focadas em estabelecer um comércio ativo e crescente.
O melhor de tudo isso é que mesmo com a urbanização, Humaitá continua sendo um dos bairros mais tranquilos do Rio de Janeiro, carregando ao longo de décadas características únicas e preservando atmosfera aconchegante convidativa.
Características de Humaitá
Atualmente, o bairro está ainda mais unificado com Botafogo. Interligados pelas ruas Humaitá, Voluntários da Pátria e São Clemente, ambos configuram um aspecto residencial.
Um fato interessante é que Humaitá é um dos poucos bairros da zona sul carioca que ainda conta com um grande número de construções antigas e tradicionais.
Isso torna a atmosfera por lá ainda mais aconchegante. Se você tem curiosidade em conhecer um pouco sobre a história da cidade, vale a pena começar por essa região.
Nela você vai observar, detalhadamente, um pouco das construções históricas que determinaram as configurações entre os bairros cariocas.
A história do bairro
Tudo começou ainda em 1500, quando a área onde está o bairro era conhecida pelos índios como Itaoca. Com o passar dos anos, o local passou a ser chamado de Botafogo, graças a João Pereira de Souza, tenente responsável por comandar aquela enseada.
Mais tarde, com a divisão dos bairros cariocas, parte da área que pertencia à Botafogo foi denominada de Humaitá. O nome se deu em homenagem à Batalha de Humaitá, que aconteceu durante a guerra do Paraguai e tornou o bairro independente.
No fim do século 17, surge em Botafogo o padre Clemente José Martins de Matos
Em 1680, ele comprou a sesmaria de Botafogo e fundou a Fazenda do Vigário geral, ou também conhecida como Fazenda São Clemente.
O sacerdote ergueu uma capela em homenagem ao Santo, que permaneceu em pé até meados do século XX. Atualmente, no espaço onde ficava a construção está a Rua Viúva Lacerda.
O padre também abriu o caminho da capela até a enseada, e o batizou de Caminho de São Clemente. Em 1698, com a morte de sua mãe, o padre Clemente decidiu batizar o morro que ficava próximo às suas propriedades de Morro Dona Marta.
Com a morte de Clemente, sua propriedade foi loteada e vendida. Esse movimento deu origem a residências de veraneio das famílias de classe média alta do Rio de Janeiro.
Em 1809, com a chegada da família real do Brasil, a freguesia em que estava Botafogo, Humaitá e São João Batista da Lagoa passa a ser reformulada.
É nesta fase em que surgem as principais avenidas que cruzam o bairro. Entre elas estão a Marquês de Abrantes, Voluntários da Pátria, General Polidoro e Rua da passagem.
Daí em diante, o bairro seguiu o ritmo da urbanização, mas apesar disso, ainda mantém construções históricas e que remetem os visitantes há uma atmosfera clássica.
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