Netflix vai investir R$ 5 milhões para formar roteiristas negros e indígenas no Brasil
Com o objetivo de formar roteiristas negros e indígenas, a Netflix lançou o projeto Segundo Ato, que investirá R$ 5 milhões no desenvolvimento de novos talentos.
Tem novidade na Netflix! Mas calma, não é sobre uma série ou filme novo. E, sim, sobre um projeto muito bacana anunciado pela gigante do streaming, chamado de Segundo Ato. Trata-se de um investimento de R$ 5 milhões para dar oportunidades a roteiristas negros e indígenas. Uma ação que tem tudo a ver com a busca por mais diversidade na produção audiovisual, tanto atrás das câmeras como na frente delas.
“Estamos investindo R$ 5 milhões em programas de desenvolvimento de profissionais do mercado audiovisual, como parte do nosso compromisso com a indústria local –algo que tem sido constante desde que a empresa começou a produzir conteúdo no Brasil. São projetos que têm como objetivo colaborar com a expansão e aperfeiçoamento da rede de talentos locais e também impulsionar narrativas mais diversas e inclusivas a partir da aproximação, identificação e formação de pessoas de grupos historicamente sub-representados”, disse a vice-presidente de Conteúdo da Netflix no Brasil, Elisabetta Zenatti, ao Telepadi.
54% da população brasileira é composta por negros e pardos – logo, nada mais justo do que eles se verem representados em filmes e séries. E já temos bons exemplos na própria Netflix, como a série Sintonia, que é muito elogiada.
Na Amazon Prime Video, concorrente da Netflix, uma outra produção brasileira fez muito sucesso com sua primeira temporada e já teve a sua segunda confirmada: Manhãs de Setembro, estrelada pela Liniker.
É legal ver também a representatividade chegando aos indígenas, que historicamente não têm muito espaço no audiovisual brasileiro. Que esse cenário mude e a gente possa ver novas produções mais inclusivas e diversas.
“Nosso foco e nossa estratégia sempre foram nossos consumidores, que nos contam o que querem assistir através das suas escolhas –e isso nos guia no momento de decidir por novas temporadas. Mas, além da continuação de suas histórias favoritas, apostamos em novos conteúdos, formatos, criadores e também vemos um interesse do público nisso. As pessoas querem ver coisas novas, que lhes surpreendam e retratem algo da vida deles pela primeira vez.”
Ainda não há muitos detalhes sobre como vai funcionar esse projeto para a formação de roteiristas negros e indígenas, mas ficaremos de olho para trazer qualquer novidade para vocês. Imagina só que legal seria se essa iniciativa fosse aberta ao público e as pessoas pudessem se inscrever para participar da formação.
Falando nisso, também tivemos uma notícia muito positiva envolvendo o cinema brasileiro. O longa Marte Um foi escolhido para representar o Brasil na corrida por uma indicação ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. E adivinha? O filme é protagonizado por uma família negra!
Fonte: Telepadi
Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.