Você vai ficar chocado ao saber que pessoas albinas têm membros amputados por causa de feitiçaria
O sofrimento de pessoas albinas ainda são presentes na cultura africana.
Se você visse em algum telejornal que partes de corpos de pessoas valem milhares de dólares no mercado negro, provavelmente ficaria horrorizado e desacreditaria que coisas como essas ainda acontecem nos dias de hoje.
Pois é, mas infelizmente isso é mais comum do que nós imaginamos.
A história que você vai ler a seguir e de partir o coração e sentir vergonha da ignorância e ganância de alguns seres humanos.
Em algum lugar do interior da Tanzânia, uma família com 5 filhos passaria despercebida como outra qualquer. Porém, os irmãos Mwigulu Magesa, Emmanuel Rutema, Baraka Lusambo, Kabula Masanja e Pendo Noni possuem uma característica que faz com que eles sejam vistos como uma mercadoria muito rara e valiosa.
Eles são albinos. Isso mesmo eles são albinos, pessoas que não tem qualquer pigmento de cor na pele.
Essa característica que os faz tão diferente, ao mesmo tempo coloca sua vida em risco no local em que nasceram.
Você deve estar se perguntando: mas como assim o fato de eles serem albinos coloca a vida deles em risco?
A explicação é simples.
Partes do corpo de pessoas albinas podem valer muitos milhares de dólares no mercado negro da África, pois feiticeiros usam os membros dessas pessoas em rituais e poções que dizem dar “riqueza e boa sorte”.
Por causa disso, Kabula de 17 anos e Baraka de 6, tiveram respectivamente o braço direito e a mão direita decepados.
As lembranças nas mentes deles são horríveis. Kabula ainda lembra que os homens que a atacaram inicialmente exigiram dinheiro de sua família, mas eles não tinham. Sua mãe ofereceu-lhes uma bicicleta da família que era o único bem de valor. Os “bandidos” recusaram e cortaram seu braço direito.
Antes de sair com o membro em um saco plástico, os homens disseram à mãe que outros homens voltariam para tirar outras partes de sua filha.
A menina diz que pensa constantemente sobre seu braço arrancado e que se sente mal por não saber o que fizeram com o seu braço e quais os benefícios que aqueles homens poderiam ter com ele ou se eles simplesmente o jogaram fora.
O pequeno Baraka também lembra claramente da fatídica noite em que ele teve sua mão decepada. O menino diz que ele e sua família estavam dormindo quando homens armados com tochas e facas invadiram a casa de sua família, bateram em sua mãe e cortaram sua mão direita.
Uma tradição difícil de mudar
Infelizmente casos como os de Baraka e Kabula, são mais comuns do que se imagina. Em algumas comunidades tradicionais da Tanzânia e outros países africanos, pessoas com albinismo muitas vezes são vistos como seres com poderes “mágicos”.
Por isso, como já explicamos anteriormente, partes dos seus corpos valem milhares de dólares.
O albinismo afeta cerca de uma em cada 15.000 pessoas na Tanzânia, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas). Qualquer pessoa que tenha albinismo e more nessa região corre o risco de ser mutilada ou morta.
Algo que surpreende nesses ataques é que as vítimas que foram atacadas uma vez podem ser atacadas novamente.
O governo da Tanzânia proibiu no ano passado, por meio de uma lei, feiticeiros e curandeiros de realizar toda e qualquer prática com partes de corpos de pessoas albinas para tentar reduzir os ataques, mas a nova lei não parou a selvageria.
Outro fato alarmante é que tem havido um aumento acentuado nos ataques na Tanzânia e no vizinho Malawi, segundo a ONU. Foram registrados pelo menos oito ataques no ano passado na Tanzânia.
A chance de um futuro promissor
Após o drama que passaram em sua terra natal, Baraka, Kabula e outros três irmãos foram trazidos para Staten Island nos Estados Unidos pelo Fundo Global Relief Medical, uma instituição de caridade que ajuda os jovens de zonas de conflito a obter próteses personalizadas.
A fundadora da instituição, Elissa Montanti, após ler um artigo sobre Baraka entrou em contato com o Under the Same Sun, um grupo com sede no Canadá que defende e protege as pessoas com albinismo na Tanzânia que tinha abrigado Baraka desde o seu ataque em março.
Ela prontamente concordou e trouxe todos os cinco para passar o verão na sua instituição em Staten Island, enquanto eles fossem submetidos ao processo de obtenção e adaptação às suas próteses.Montanti ofereceu ajuda ao menino e o grupo perguntou se ela poderia abrigar outras quatro vítimas a obter próteses.
Elissa preencheu verão das crianças com atividades típicas americanas. No final de julho, eles foram para a praia pela primeira em suas vidas.
Uma conquista surpreendente.
Em uma recente visita ao hospital, Baraka teve sua prótese montadae conseguiu mexer a mão direita.
Esse foi um grande avanço. Pouco tempo antes, seu braço direito estava atrofiado e ele mal era capaz de levantar a prótese.
Segundo a equipe médica que acompanha o menino, isso era de se esperar, mas com o passar do tempo ele vai crescer mais forte e se adaptar ao seu novo membro.
Um futuro mais seguro
De acordo com o Same Sun, depois que as cinco crianças estiverem confortáveis com os seus novos membros, eles serão enviados para casas seguras na Tanzânia.
Mas a ajuda não acaba por aí. Elissa Montanti afirmou que vai trazê-los de volta para os EUA para obter novas próteses conforme eles forem crescendo.
Ela ainda diz:
Eles não estão recebendo seus braços de volta, mas eles estão recebendo algo que vai ajudá-los a levar uma vida produtiva e ser parte da sociedade e não ser encarado como uma aberração ou que são menos do que todos.
Para Montanti, as crianças tornaram-se como seus filhos adotivos e o carinho dela têm aumentado cada vez mais, especialmente pelo pequeno Baraka.
É uma pena que casos como esse, em pleno século XXI, ainda ocorram. Se tratando de crianças isso choca ainda mais.
Fonte: dailymail.co.uk.
Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.