Mulher recebe transplante de coração que ‘viajou’ 700 km em jato e salvou a sua vida

Uma paciente do Hospital de Clínicas de Botucatu (SP) recebeu o transplante de um coração que saiu de Goiânia (GO) e viajou 700 km para chegar até ela e salvar a sua vida.

O ano começou diferente para uma mulher de 61 anos (cuja identidade não foi revelada) e sua família. Há 10 anos sofrendo uma insuficiência cardíaca grave, a paciente recebeu um transplante de coração no dia 1º de janeiro. O que torna essa história ainda mais especial é o fato de que o coração “viajou” nada mais nada menos do que 700 km para chegar até a doadora.

A mulher estava internada no Hospital das Clínicas de Botucatu (SP) há três meses. Um período de muita espera e dor, já que nem ela e suas duas filhas, Luciana e Rosiana, sabiam se a doação de um órgão viria a tempo. Quando a receberam a notícia de que havia um doador compatível em Goiânia (GO), a esperança reacendeu-se.

Enquanto a doação não vinha, a fé manteve a família unida e com esperanças (imagem: Luciana /arquivo pessoal)

“Durante a virada de ano, ela pediu de forma convicta um coração novo, e no dia seguinte recebemos a notícia pela equipe, que além de compatível o órgão vinha de um doador muito saudável, foi uma emoção indescritível. O pedido foi realizado, daqui pra frente não é só um ‘coração novo’, é uma nova história de vida, graças ao ato de amor”, relembram as filhas em entrevista ao g1.

Várias pessoas merecem aplausos por tornar isso possível. Várias mesmo! Começando pela família do doador, que autorizou o transplante do órgão (toda doação necessita da autorização de um familiar). Depois, todos aqueles envolvidos no preparo e transporte do coração para que ele chegasse em boas condições.

Arte mostrando o trajeto feito pela aeronava da FAB que levou o coração até Botucatu (imagem: g1)

Força Aérea Brasileira

A viagem de Goiânia a Botucatu foi feita em um jato da Força Aérea Brasileira (FAB). Por último e não menos importante, nosso reconhecimento aos médicos, enfermeiros, técnicos e demais profissionais de saúde que participaram da cirurgia que salvou a vida da paciente.

A mulher ainda terá um longo caminho de recuperação pela frente, mas respondeu bem ao transplante. “Cheia de vida e com vontade de vencer mais uma vez. Minha mãe é uma grande mulher e tem muita fé. Sabemos que isso a manteve inteira esse tempo todo, até o dia em que Deus honrou nossa fé e devolveu não só para nós, mas para todos ao nosso redor a esperança de dias melhores”, celebrou uma das filhas.

O Brasil realiza cerca de 400 transplantes de coração por ano, só que a demanda é muito maior, aproximadamente três vezes maior. Ou seja, há mais gente na fila de espera do que recebendo as doações. Da mesma forma que a paciente da notícia teve sua vida salva, outras pessoas também estão na expectativa.

Você tem vontade de se tornar um doador? Então clique aqui e informe-se sobre como funciona o processo. É um gesto lindo e solidário que muda a vida do próximo!

Fonte: g1

Marcelo Silva
Escrito por

Marcelo Silva

Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.