Menino autista tem bichinho de estimação inusitado e significado dele é de aquecer coração
Um garotinho autista de 4 anos tem uma melhor amiga inusitada: uma galinha. De acordo com a mãe, a ave ajuda nas crises. Confira!
Um bichinho de estimação nunca é apenas um bichinho de estimação, certo? E para o pequeno Nícollas Henrique Santos Pereira, Juju, a sua galinha de estimação é uma verdadeira amiga!
O morador da cidade de Castilho, interior de São Paulo, tem apenas 4 anos e é diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de grau leve. O pet um tanto quanto diferente é a principal fonte terapêutica do garoto, que adora passar os dias com o animal.
De acordo com a mãe, Alexia dos Santos Silva, a ave alegra e estimula ganhos emocionais e físicos do menino.
“Com um ano e meio, eu notei que ele tinha semelhanças com uma prima que também tem autismo. Então, eu levei ele na neurologista e psicólogo para acompanhamento. Tem vezes que ele tem crises e a galinha ajuda muito“, explicou Alexia em entrevista ao G1.
Assim que receberam o diagnóstico, a mãe e o pai do menino, Pedro Henrique Pereira, iniciaram os tratamentos e tiveram apoio de amigos e familiares. Segundo eles, aos poucos, o filho apresentou avanços e sinais de interação social, um dos grandes desafios do TEA.
AMOR À PRIMEIRA VISTA
A Juju chegou na vida do Nícollas de uma forma inusitada: ela foi dada de presente pela tataravó do garoto. E o amor foi instantâneo! Ao ver a ligação entre o bichinho e a criança, a família não pensou duas vezes e deixou que ele ficasse com a galinha.
“Ele ganhou uma galinha da minha avó e, logo a galinha botou ovos e vieram os pintinhos. Mas com o passar do tempo, se apegou mais pela Juju. No dia que ela demora um pouquinho para aparecer, ele chora e coloca o pai para procurar a galinha preferida”, afirmou Alexia.
Segundo ela, o menino se preocupa bastante com a amiga e acha que a ave sente fome toda hora.
“Ele pede para dar comida logo que acorda. Ela (a galinha) me ajuda bastante, porque eu trabalho e tem vezes que ele precisa de uma companhia. Ela acalenta ele. Pegamos muito amor na Juju“, enfatizou.
ANIMAIS TERAPEUTAS
A relação entre crianças autistas e animais de estimação pode ser bastante significativa e benéfica, de acordo com alguns estudos. Para muitas crianças que estão dentro do espectro, os pets acabam sendo uma fonte de conforto, apoio emocional e companhia constante.
Os bichinhos, por exemplo, ajudam no desenvolvimento de habilidades sociais e de comunicação, pois podem atuar como facilitadores sociais, incentivando as crianças autistas a se envolverem em interações sociais.
Assim, elas podem praticar habilidades de comunicação, como falar, fazer perguntas ou dar comandos, com um pet que responde de maneira previsível e não julgadora.
Além disso, um animal de estimação auxilia na redução do estresse e ansiedade, uma vez que meninos e menina autistas podem enfrentar níveis mais altos de estresse e ansiedade. Dessa forma, a presença de um bichinho pode ajudar a diminuir esses sentimentos negativos, proporcionando uma sensação de calma e segurança.
E você? Conhece alguma criança que está no espectro autista e tem um bichinho terapêutico?
Fontes: G1 e Correio do Nordeste.
Jornalista e redatora. Amante de gatos, livros, moda e receitinhas.