Médicos usam 531 bolsas de sangue para salvar mãe com doença rara
Depois de lutar por mais de um mês para sobreviver, mãe vence doença rara e se torna um milagre da medicina.
Thaís Cristina Sousa, de 35 anos, passou por um momento tão delicado durante o parto do seu pequeno Saulo Gabriel, que os médicos não poderiam descrever de outra forma senão um verdadeiro milagre.
Acontece que auxiliar administrativa chegou a ter uma rara doença que se chama Síndrome Púrpura Trombocitopênica Trombótica (PTT), o que fez com que houvesse uma grande necessidade de levar ela urgentemente para UTI após o parto.
De acordo com os médicos que cuidaram da mamãe do bebê, eles contaram com a ajuda de centena de doadores de sangue. Durante a transfusão, a Thaís precisou de 531 bolsas.
A quantidade de sangue que foi preciso para salvar a vida dessa mamãe chegou a ultrapassar até mesmo a média de transfusões totais feitas na Santa Casa de Misericórdia do Pará, em Belém.
Foram longos 45 dias em que essa mãe chegou a precisar ficar internada no hospital depois de passar por uma cesária de emergência por causa da gravidade da doença.
E desses 45 dias, 30 deles ela estava em estado gravíssimo e permanecia em uma luta constante para sobreviver. Enquanto o seu bebê já lhe esperava em casa bem e com a família.
“Não sou uma gata de sete vidas, sou uma onça. Lutei pela minha vida e meu filho lutou pela vida dele. Tivemos muita ajuda para vencer. Obrigada, Deus. Obrigada a quem doa sangue”, disse Thaís.
Um verdadeiro milagre que a medicina lhe transformou
Para equipe médica que cuidou de todos os procedimentos necessários para restaurar a saúde da Thaís, não chegam a negar que nada foi fácil.
O médico Daniel Lima, hematologista e hemoterapeuta da Santa Casa e do Hemopa, chegou a fazer a seguinte declaração sobre o nascimento do Saulo e a saúde de sua mamãe:
“Era uma situação clínica delicada, com plaquetas baixíssimas e formação de trombos por causa da doença PTT. Havia risco de perda gestacional, risco de morte para a gestante e risco de agudização com sequelas para ambos”.
Já para a médica Patrícia Arruda, que também é integrante da equipe de plasmaférese terapêutica do Hemopa, o momento não foi apenas uma superação, mas sim um milagre. E disse mais:
“Foi um milagre. Um milagre da ciência e do SUS (Sistema Único de Saúde). São duas instituições públicas que uniram esforços e competências para resolver um caso difícil”.
Hoje, essa grande mamãe pode dizer que venceu suas maiores batalhas e pode comemorar sua vitória ao lado do seu bebê.
Fonte: G1
Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.