Médico faz cirurgia de sucesso em bebê ainda no útero

Família descobre doença rara em bebê ainda no útero e decide por operação rara e delicada antes do nascimento. Foi um sucesso!

O ano era 2018 e Margaret estava grávida. Para sua alegria eram gêmeos! A família estava feliz com a ideia de mais dois membros, visto que o casal Boemer já tinha duas meninas. 

Os bebês foram extremamente festejados pelos pais e familiares. Não faltaram felicitações, comemorações e muita alegria para a família que passaria a ser composta por seis pessoas.

Mas para a tristeza dos parentes, a mãe sofreu um aborto espontâneo de um dos bebês. A frustração foi grande, mas a família seguiu seu sonho consolada pelo feto que ficou. 

Na décima semana de gravidez a família descobriu o sexo da criança: uma menina. Seria a terceira flor de lis da família. Uma mocinha desperta os afetos mais profundos e ternos dos pais e nesse caso não foi diferente. 

Seguiu-se a gestação e os projetos: quarto e roupinhas rosas sendo compradas a pleno vapor. A escolha do nome da bebê: Lynlee, em homenagem às avós. 

Como em toda gravidez, procedimentos de rotina eram seguidos, dentre eles as constantes ultrassom. Na primeira delas, a família contemplou com emoção aquela que em breve estaria com eles para dividir momentos de tristeza e alegria, mas algo lhes chamou atenção.

Médico faz cirurgia de sucesso em bebê ainda no útero

Médico faz cirurgia de sucesso em bebê ainda no útero

Uma imagem dura

“Ficamos animados de ver nossa filha se mexendo, mas eu e meu marido notamos algo estranho. Parecia haver uma cabeça de outro bebê na imagem. A técnica apenas disse que o coração dela estava bem, mas falou que precisava chamar o médico.” Relembra a mãe.

A Lynlee tinha teratoma sacrococcígeo crescendo em suas costas. Um tumor raro de causas desconhecidas que acomete bebês, em sua maioria meninas e geralmente só é identificado após o nascimento. A doença crescia à medida que criança se desenvolvia e competia com ela pelo sangue materno, pondo em risco sua vida. 

A recomendação médica de imediato foi a opção pelo aborto. A mãe e o pai ficaram desolados. Estavam vendo ruir ante seus olhos os projetos minuciosamente arquitetados, as alegrias que ainda não tinha sido vividas, mas que já eram sentidas. 

A família não se rendeu. Foi pesquisar na internet sobre a doença e encontrou uma opção: a cirurgia fetal. Nessa operação, a bebê seria operada ainda durante a gestação, colocando em risco a mãe e a bebê. 

Médico e família posam para foto. Imagem: Texas Children’s Hospital

A chance de dar certo era de 50%. A mãe só precisava de 1% de esperança e deu continuidade à preparação para o procedimento.

No dia da cirurgia, 20 médicos esperavam para realizar a intervenção. Mesmo sendo necessário uma pausa para uma transfusão sanguínea, a cirurgia foi um sucesso. Mãe e filha sobreviveram. 

 

“Foi um privilégio e uma honra estar envolvido em algo que as pessoas nem sabem que é possível, mas, em casos assim, as mães é que são as verdadeiras heroínas, porque colocam seu corpo em risco em nome de suas crianças.” Disse o médico.

Meses depois da intervenção, a menina nascia novamente. Agora de forma definitiva e cheia de saúde para encher de alegria seu corajoso pai e sua heroica mãe.

Nascer de novo

Nascer de novo sempre foi uma figura de linguagem muito utilizada no meio cristão. O próprio Jesus interpelou um homem dizendo para ele que era necessário nascer de novo, se lembra?

Mas como? Questionou o homem como qualquer um de nós questionaríamos. Como seria possível voltar ao ventre da mãe? Impossível! Mas para essa bebezinha americana, essa figura de linguagem se tornou realidade: ela nasceu de novo.

Jimmy Alef
Escrito por

Jimmy Alef

Formado em História, entusiasta da literatura, apaixonado por artes.