Jovem que era gari entra na Comissão de Direitos Humanos da OAB

Jovem que trabalhava como gari se forma em direito e recebe convite e passa a integrar a Comissão de Direitos Humanos da OAB.

É só falar de conquistas, que estamos aqui prontos para exaltar as realizações de quem tanto sonha e se esforça para fazer os seus desejos darem certos. Somos apaixonados por sonhadores!

Ketlly Cristina da Silva, de 25 anos, é a primeira jovem de sua família a conseguir se formar em um curso superior. Há cerca de um mês, ela concluiu o curso de direito e vem sendo uma inspiração de pessoa para nós.

Filha de uma diarista, a bacharel em Direito começou a sonhar em ser advogada por causa do triste falecimento do seu pai quando estava no presídio e quando ela tinha apenas 4 anos.

Jovem que era gari entra na Comissão de Direitos Humanos da OAB

Jovem que era gari entra na Comissão de Direitos Humanos da OAB

Cercada de injustiça, Ketlly guardou com muito carinho o desejo de trabalhar por justiça por quem precisava. Trabalhando como gari, ela andava cerca de 10 quilômetros para chegar na faculdade por não ter dinheiro para o ônibus.

“Trabalhava e estudava. Não tinha dinheiro para transporte, então ia de bicicleta para faculdade. Não tinha dinheiro para o lanche, nem para material didático, mas ia me virando, não foi fácil”, contou ela.

Estudando agora para fazer a prova da OAB, Ketlly começa uma nova fase ao ingressar na Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MT) após receber o convite na semana passada.

Jovem que era gari entra na Comissão de Direitos Humanos da OAB

Para ela, uma das coisas mais importantes que tinha, era o saber e a vontade de se manter sempre informada. E garante: “A informação mudou minha vida”.

Acolhida com muito carinho

Vendo como sua trajetória trouxe inspiração para outras pessoas que sonham, a jovem disse ainda que sempre foi abraçada por outras pessoas que estavam dispostas a fazer o mesmo que quer fazer: ajudar quem precisa.

Jovem que era gari entra na Comissão de Direitos Humanos da OAB

Nesse meio tempo, antes de terminar o curso, várias pessoas lhe deram a mão da melhor forma que podiam. E como conta feliz, fizeram a diferença:

“Pessoas manifestaram o desejo de me ajudar com livros, como o Vade Mecum. Eu não tinha dinheiro para pagar a prova da OAB, e uma outra pessoa que também está estudando para a prova pagou a taxa de inscrição para mim e me ajudou com livros. Também recebi ajuda para pagar parte do financiamento da faculdade”.

Para o Flávio Ferreira, presidente da Comissão dos Direitos Humanos da OAB e quem fez o covite para a Ketlly, todos os seus esforços servirão como uma experiência para o que irá fazer nessa nova etapa.

Toda a sua luta por empregos e oportunidades melhores estão a inspirar sua família, seus amigos, a todos nós e claro, ajudarão na atuação dos seus serviços prestados.

Fonte: G1

Amanda Ferraz
Escrito por

Amanda Ferraz

Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.