Criador da realidade virtual conta porque compara redes sociais às drogas
Criador da realidade virtual, ainda na década de 1980, Jaron Lanier diz que, para ele, as redes sociais são como drogas. Entenda o porquê:
Não se deixe enganar pelo visual rastafari, a paixão pela música e o estilo de vida alternativo: Jaron Lanier é um dos nomes mais respeitados no Vale do Silício.
Criador da realidade virtual, ainda na década de 1980, ele também é músico e acabou de lançar um livro reflexivo e autobiográfico chamado “Dawn of the New Everything” (o despertar de todas as novas coisas).
Mas, apesar de sua influência na tecnologia, ele é um dos principais críticos da maneira como as redes sociais têm invadido nossas vidas.
Ou melhor: como nós temos permitido essa invasão.
Ele acredita que os efeitos psicológicos provocados pela dependência dos meios de comunicação virtuais são semelhantes àqueles causados pelas drogas – embora admita nunca ter feito uso de nenhuma.
“Evito as redes pela mesma razão que evito as drogas – sinto que podem me fazer mal,” diz.
De acordo com ele, os valores propagados por redes como Facebook impõem uma série de limitações na construção de relacionamentos dos jovens, bem como na sua habilidade de se reinventar:
“As pessoas mais velhas, que já têm vários amigos e perderam contato com eles, podem usar o Facebook para se reconectar com uma vida já vivida. Mas se você é um adolescente e está construindo relacionamentos pelo Facebook, você precisa fazer a sua vida funcionar de acordo com as categorias que o Facebook impõe. Você precisa estar num relacionamento ou solteiro, tem que clicar numa das alternativas apresentadas”, explica.
Ele ainda faz um alerta sobre como os dados dos usuários são utilizados por plataformas como Google, Twitter e Facebook:
“Existem dois tipos de informações: dados a que todas as pessoas têm acesso e dados a que as pessoas não têm acesso. O segundo tipo é que é valioso, porque são usados para vender acesso a você. Vão para terceiros, para propaganda. O problema é que essas informações não chegam até você.”
Ou seja: estabelecemos uma relação de dependência das redes sociais e ainda nos tornamos alvos fáceis da propaganda, que continua firme no seu objetivo de nos fazer acreditar que precisamos comprar sempre mais para sermos felizes!
O resultado? Seres humanos depressivos, ansiosos, apáticos e em pânico.
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Eu, sinceramente, já adotei o conselho de Lanier há um bom tempo.
Fonte: BBC.com.
Fotos: Pexels.com.
Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.