Fotógrafo faz fotos do filho autista e tem resultado IMPRESSIONANTE

Timothy Archibald resolveu documentar o dia a dia do seu filho autista. O resultado? Fotos lindas, tocantes, sensíveis que mostramo que é o autismo. Veja!

A fotografia pode revelar mundos, representar nomes, defender muitas causas e impactar quem sabe abrir o seu coração para uma boa arte.

E foi esse o meio usado pelo fotógrafo Timothy Archibald de San Francisco, nos Estados Unidos, para documentar os hábitos singulares de seu filho Elijah, na época com 5 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Esse trabalho de documentação delicado de três anos resultou no livro “Echolilia / Sometimes I wonder” e em uma compreensão muito além das fotos em si:

Timothy passou a conhecer mais o filho e o projeto se tornou uma ponte entre eles, os aproximando ainda mais. No começo, Elijah não se interessava pelas fotos, disse Timothy ao Daily Mail.

“Mas se ele pudesse colaborar, se ele pudesse sugerir uma pose, uma ideia de estrutura, então ele ficava por dentro. Assim começou o nosso processo.”

Timothy contou ao The Huffington Post que ele e a esposa Cheri sempre souberam que Elijah era diferente, mas no começo não conseguiam explicar o por quê.

E acabou trazendo mais um projeto ao mundo

Foi o desenvolvimento do filho mais novo que trouxe uma luz sobre o quanto as duas crianças eram realmente diferentes.

Quando o caçula, Wilson, fez 2 anos e Elijah fez 5, o mistério de “O que há com Eli?” parecia “tomar conta de tudo”, explicou Timothy.

Até as professoras e outros pais na escolinha de Elijah captaram o seu comportamento diferente e começaram a fazer perguntas.

Foi nessa época que as sessões de foto começaram, uma maneira de observar o filho e entendê-lo, o diagnóstico de Trastorno do Espectro Autista (TEA) aconteceu nesse meio tempo.

Cheri e Timothy ficaram surpresos com o diagnóstico, mas não ficaram tristes. Já amavam o filho. Para o fotógrafo, Elijah é “maior do que a vida” e saber que ele tem TEA não mudou isso.

Na verdade, saber que Elijah tem autismo “explicou algumas coisas”, entendeu o fotógrafo.

“Apesar de o diagnóstico ter me dado as palavras e a história para entender melhor meu filho, não afastou o mistério e a necessidade de tentar encontrar uma ponte emocional com ele”, explicou ele ao Daily Mail.

Timothy disse ao jornal que fazer a série de fotografias por três anos, proporcionou apreciar as peculiaridades do filho e melhorar o relacionamento com ele.

Timothy disse, inclusive, que não foi sua intenção criar uma obra. Na verdade, “Echolilia” aconteceu completamente por acidente e obteve respostas diferentes do público, como contou ao Huffington Post.

Algumas pessoas chegaram a acusá-lo de usar Elijah como “cobaia humana”, enquanto outras o agradeceram por espalhar consciência sobre o autismo, que muitas vezes é incompreendido.

De qualquer forma, muitos pais começaram a mandar mensagens e cartas contando o quanto se identificavam ou viam seus filhos nas fotos de Elijah, como explica em seu site:

“Pais me enviaram fotos de seus filhos que facilmente poderiam se encaixar nas páginas do meu projeto: as indicações, a linguagem corporal, a nudez dentro de casa, o hiper foco em um objeto do cotidiano… Pais ao redor do mundo tirando fotografias das obsessões e comportamentos de seus filhos autistas. Isso era parte do processo de tentar compreender suas crianças.”

As cartas que Timothy recebeu em resposta ao livro lançado em 2010 mostrou que Eijah não estava sozinho e que muitos pais compartilhavam de suas experiências. As palavras foram surpreendentes e reconfortantes para ele e a esposa:

“Eu pensava que éramos apenas nós”, disse ele ao Huffington Post.

E o que significa o nome do livro?

Timothy explica em seu site que Echolilia se refere ao termo médico Echolalia, um hábito de repetir frases e copiar padrões de voz comum em crianças com TEA.

“Eu escolhi o nome porque soa como a palavra ‘Eco’, a repetição do som causado pelo salto das ondas sonoras e a palavra ‘Lily’, que essencialmente é uma flor bonita. 

E esta repetição de sons e frases ecoou pela nossa casa e se tornou parte do nosso dia a dia. Eu pensei que era a palavra perfeita para o fio que conectava as fotografias.”

Timothy disse ao Daily Mail que hoje, aos 12 anos, Elijah está indo muito bem e ostenta um “vocabulário enorme” que o ajuda a alcançar boas notas na escola.

O mais importante para Timothy é que ele e Elijah formaram “uma pequena corda” no momento em que começaram a fazer as fotografias, tudo tem a ver com o amor pelo filho.

A série de fotografias é muito honesta e intimista e mostra o universo de uma criança com autismo e os desafios que os pais encontram para entender suas crianças.

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Amanda Ferraz
Escrito por

Amanda Ferraz

Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.