Este autor abraçou o mundo em tempos de guerra: Anote suas lições para a quarentena!
Saiba o que tirar de lições para essa quarentena, com os ensinamentos de alguém que trouxe conforto ao mundo em tempos de guerra!
Em tempo de guerra, epidemia ou catástrofes globais, onde a destruição, morte, medo de um futuro incerto tomam conta das nossas mentes, é preciso ir em busca de algo que possa nos acalentar.
Mas sempre é possível encontrar várias soluções para amenizar qualquer tipo de desespero que possa estar causando na humanidade. A grande salvação para muitos, quase vem de pessoas que reconhecem a necessidade de mudar todo cenário atual.
Pensando nisso, podemos olhar para o passado e nos espelharmos em pessoas que também tiveram momentos da vida que foram interrompidos, por acontecimentos que mudaram o rumo da nação por completo.
C. S. Lewis foi um dos nomes que ganhou destaques durante as aflições da Primeira Guerra Mundial. Sempre que havia oportunidade, Lewis procurava uma brecha para deixar mensagens e possíveis soluções, em que todos pudessem encontrar uma saída.
Quem foi C.S Lewis?
Clive Staples Lewis, popularmente conhecido por C. S. Lewis, foi um renomado professor universitário, lecionando em Oxford e Cambridge. Além de sua vida acadêmica com professor, Lewis foi também um grande escritor, teólogo, ensaísta e crítico literário.
Atualmente, ele é conhecido por suas obras envolvendo apologia cristã, ficção e fantasia, sendo As Crônicas de Nárnia (1950-1956), sua obra mais aclamada no mundo literário, conquistando gerações com suas histórias.
O que C. S. Lewis ensinou com a Primeira Guerra Mundial?
Um momento muito sombrio, não só para Lewis, mas também para muitos jovens de sua época, foi a Primeira Guerra Mundial. A incerteza, o medo de um futuro desconhecido interrompeu muitos planos e sonhos.
Com Lewis não foi diferente, nos seus 18 anos de idade, assim que ingressou na universidade de Oxford, Inglaterra, ele teve que abandonar todos os sonhos.
Devido ao serviço militar obrigatório da época, muitos jovens, assim como Lewis, foram obrigados a servir seu país na Primeira Guerra Mundial.
Para muitos, a guerra poderia ser o fim, mas para Lewis foi uma experiência de crescimento, e lá, fez muitos amigos.
Como um isolamento transformou o pensamento de Lewis?
A experiência vivida em uma guerra, onde o limite da dignidade humana é posta à prova, foi um palco de aprendizagem para C. S. Lewis.
Foi durante a guerra que Lewis viu os limites do homem, observando de perto, as barreiras do bem e do mal transformar meninos em homens sem compaixão, onde o objetivo principal é a sobrevivência.
Nos seus escritos, Lewis apresenta uma ideia de que as pessoas têm um padrão de comportamento, no qual esperam que as outras pessoas sigam.
A importância da diversidade entre as pessoas
É como se as pessoas de todo o mundo soubesse que serão alguém conforme as outras são. E que com isso, deve haver algo ou alguém por trás de um conjunto universal de princípios.
Em As Crônicas de Nárnia, uma de suas obras mais conhecidas, Lewis apresenta a ideia de Moralidade Universal como a “magia profunda” onde todos em Nárnia deveriam ser iguais.
“De que a lei moral é simplesmente nosso instinto de rebanho”.
Já em seu livro Cristianismo Puro e Simples, explica que as pessoas são diferentes uma das outras e que isso é algo muito bom. E diz ainda:
“O que realmente importa são aquelas pequenas marcas ou distorções na parte de dentro, no âmago da alma, que irão transformá-lo, no longo prazo, em uma criatura celestial ou infernal. Admito que isso signifique que devo amar pessoas que não são nada amáveis.”
O valor da amizade em tempos difíceis
Ainda na guerra, ele conheceu um soldado irlandês chamado Paddy Moore, e dessa amizade, Lewis nos ensina que apesar das dificuldades, podemos conhecer pessoas incríveis.
Durante a guerra, Lewis e Moore fizeram uma promessa. Se um deles morresse durante a batalha, o sobrevivente cuidaria da família do outro. Infelizmente, Moore faleceu em 1918 e Lewis cumpriu a promessa.
No final da guerra, Lewis procurou a senhora Janie Moore, a mãe de seu amigo, e cuidou dela até sua morte em 1951. Deixando um verdadeiro exemplo de companheirismo.
Foi justamente em Oxford que Lewis conheceu J. R. R. Tolkien, uma amizade que rendeu histórias até hoje, mostrando que para ser irmãos não precisa ser de sangue.
Esperança e fé em momentos difíceis
Lewis era uma pessoa conhecida por ter pensamentos positivos, usava a religião como escape nos momentos mais difíceis, para lembrar de que tudo vai passar.
Diversas vezes chegou a ser convidado por conhecidos para participar de programas de rádios e sempre falava sobre esperança e fé.
Como ter esperança em meio ao caos?
Para Lewis, as pessoas deveriam dar muito valor as possíveis coisas do cotidiano, como:
- Aproveitar os pequenos prazeres que tinham disponíveis,
- Degustar uma boa refeição,
- Ter uma boa conversa,
- Aproveitar momentos ao ar livre,
- Ouvir uma bela música,
- Descansar em um lugar confortável…
Dessa forma, o valor das pequenas coisas poderiam transformar todo um cenário, ao recordar que existirão tempos melhores.
Como ter fé em tempos de crise?
Do mesmo modo que a fé serve para que todos acreditem em um final feliz, Lewis sempre estimulava a todos que o ouviam, a juntá-la com a razão. Sendo assim, eram para todos refletirem sobre os momentos obscuros e sempre acreditar que isso teria um fim.
E quando aborda a fé sempre a liga em uma saída na religião, na força que Deus lhe dar. Em um Cristianismo Puro e Simples, disse:
“Cada uma de suas faculdades, sua capacidade de pensar e de mover os lábios a cada minuto, tudo é dado por Deus.”
Portanto, era essencial para ele, que todos tivesse esperança e fé.
Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.