EMOCIONANTE: Rapaz adota filho de ex que faleceu de câncer
Bruno era um bebê quando a sua mãe faleceu de câncer. Como o seu pai nunca o assumiu, acabou ficando sem referências paternas. Mas Rodrigo, um ex-companheiro da sua mãe, decidiu lutar na Justiça para ser reconhecido como seu pai e dar a ele uma chance de recomeço.
Perder a mãe é uma dor enorme para qualquer criança. Afinal, de uma hora para outra, perde-se toda a referência de uma vida, a pessoa responsável por lhe dar a luz, por cuidar de você desde os seus primeiros passos.
O Bruno Carneiro Lopes, de 11 anos, infelizmente passou por isso. Mas agora uma nova história começa a ser escrita: o rapaz foi oficialmente adotado como filho pelo ex-companheiro da sua mãe, que faleceu vítima de câncer.
“Hoje saiu a certidão da adoção. Foi o dia mais feliz da minha vida. Esperamos 9 anos por isso. Registrei para ele nunca esquecer desse momento só meu e dele. Conseguimos, filho. Adotar é o maior amor. É amar e assumir um filho que nasceu pra mim… E não feito por mim. Te amo filho e não imagino minha vida sem você ao meu lado”, escreveu Rodrigo Medina Lopes, de 45 anos, em uma publicação no Instagram.
Com isso, o “tio Rodrigo”, como Bruno carinhosamente o chamava, foi incluído na certidão de nascimento como pai. A história dos dois começou quando Rodrigo conheceu e se casou com Rejane Carneiro. Tiveram uma filha e 12 anos de relacionamento até que se separaram.
Depois da separação, Rejane se envolveu com outro homem e teve com ele o Bruno. No entanto, o pai biológico do menino não assumiu o filho e sempre foi ausente, de acordo com o site Metrópoles e o G1.
O bacana é que Rodrigo sempre se fez presente na vida de Bruno mesmo sem ser pai dele. Quando Rejane faleceu vítima de um câncer de útero em 2013, Rodrigo passou a cuidar do garoto. Na época, ele tinha apenas dois anos de idade – um bebê que precisava de cuidados, amor e carinho.
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Depois de 10 anos, veio o “sim” da Justiça!
“Eu a aconselhei muito por telefone. Acompanhei desde o início, por isso tenho muita foto com ele no colo, fui eu que dei a primeira bicicletinha. Sempre fui o pai, mas era o ‘tio Rodrigo’. Ele chamava de titio. Quando ela descobriu o câncer, teve muita confiança em mim de cuidar dos dois, e peguei isso para mim. Sou o pai da Luana e vou ser o pai dele”, prometeu a si mesmo Rodrigo.
Como amava Bruno e sentia-se responsável por ele, Rodrigo entrou na justiça para adotá-lo oficialmente. Mas, como muitos processos no Brasil, a tramitação é burocrática e lenta e a adoção oficial como pai só veio agora, dez anos depois.
Mas a luta valeu a pena! Agora, os dois podem comemorar uma nova etapa na vida, marcada por muito companheirismo e a certeza de que, tendo um ao outro, nunca estarão sozinhos. Uma grande prova de amor por parte de Rodrigo e a chance de Bruno recomeçar.
Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.