Disney, Netflix, Spotify, YouTube e outros grandes nomes da indústria do entretenimento apoiam protestos contra racismo nos EUA

Atualmente grandes companhias não podem se dar ao luxo de ficar em cima do muro e, recentemente, a Disney e outras empresas mostraram isso.

Se um dia as grandes companhias optaram por manter a neutralidade, atualmente elas não ficam mais em cima do muro. Embora essa tomada de posicionamento possa ser questionada, visto que nada exclui uma estratégia de mercado, tal mudança não deixa de ser significativa. Pois bem, após o brutal assassinato de George Floyd ter desencadeado uma onda de protestos contra racismo nos Estados Unidos, a Disney e outros nomes do mundo do entretenimento decidiram demonstrar apoio à causa.

Assim, grandes estúdios e plataformas de vídeos e música se pronunciaram a respeito da atual conjuntura. Só para ilustrar, Netflix, Spotify, YouTube, Amazon, Disney e Warner, assim como suas inúmeras subsidiárias, se juntaram aos demais artistas-ativistas e militaram em prol do movimento anti-racismo.

Inaugurando essa leva de pronunciamentos, tivemos o YouTube. “Contra o racismo e a violência” publicou a plataforma em seu Twitter na última sexta-feira (29/5). Além disso, já que ações valem mais do que palavras, vale ressaltar que o site também anunciou uma doação de US$ 1 milhão destinados ao enfrentamento de “injustiças sociais”.

Em seguida, a Netflix publicou em suas redes sociais que “ficar em silêncio é ser cúmplice”, apoiando abertamente o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam). Essa iniciativa foi replicada pelas demais filiais da plataforma ao redor do mundo. A Netflix Brasil, por exemplo, lembrou vítimas nacionais, como João Pedro e João Vitor, ambos mortos em ações policiais.

A união faz a força

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Aliás, se normalmente vemos muitas dessas companhias competindo entre si, nos surpreendemos ao vê-las se unindo. Em um ato conjunto de solidariedade, Amazon Prime Video e Globoplay, principais concorrentes da Netflix aqui no Brasil, replicaram a mensagem. “Somos aliados nessa”, fez questão de reforçar a plataforma da Globo.

Além disso, o perfil da HBO também tomou uma atitude notável. A rede televisiva trocou o nome de seu canal pela hashtag #BlackLivesMatter. “Estamos com nossos colegas, empregados, fãs, atores e criadores negros – todos afetados pela violência sem sentido”, pontuou a subsidiária da WarnerMedia.

Por fim, Disney e suas subsidiárias também fizeram questão de se pronunciar. Juntamente com a Marvel e com o Hulu, a Casa do Rato publicou um pronunciamento reforçando o peso da morte de George Floyd e a importância do compromisso com a diversidade e inclusão em todos os lugares. “Nós apoiamos as vidas negras. Hoje e todos os dias. Vocês estão sendo vistos. Estão sendo ouvidos. E estamos com vocês”, escreveu o Hulu.

O Show Deve Ser Interrompido

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O título acima leva o nome do movimento idealizado por Jamila Thomas da Atlanta Records. Em suma, esse termo é um contraste com a tradicional frase “O Show Deve Continuar”. Assim, juntamente com outras gravadoras e plataformas de música, nesta terça-feira, teremos a Blackout Tesday.

Como forma de mostrar seu apoio ao movimento, o Spotify resolveu adicionar 8 minutos e 46 segundos de silêncio em algumas playlists e podcasts. Esses quase nome minutos não foram aleatoriamente escolhidos. Na verdade, esse foi exatamente o tempo que o policial Derek Chauvin passou ajoelhado em cima do pescoço de Floyd, o que resultou na sua morte por asfixia.

Fontes: Pipoca Moderna  Omelete  TMDQA

Letícia Dias
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Letícia Dias

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