5 coisas incríveis que acontecem com seu cérebro quando você dança

Quando você dança, seu cérebro se encanta. Veja mais sobre o que acontece dentro da sua cabeça quando você dança frequentemente.

Dentre as inúmeras maneiras de se expressar, a dança é uma das mais desafiantes e que provoca sensações libertadoras do dedão do pé até os poros do couro cabeludo.

Você pode dançar valsa ou simplesmente se jogar na pista do hip hop, a partir do momento em que os movimentos tomam conta do seu corpo, até o cérebro passa a responder de forma fantástica.

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Duvida?

Então eu te convido a descobrir cinco reações incríveis que seu cérebro experiencia quando está dançando.

(Spoiler: estudos indicam que você vai querer sair dançando assim que acabar de ler este texto).

1. Melhora sua neuroplasticidade

Neuroplasticidade é a capacidade de o nosso sistema nervoso mudar, adaptar-se e moldar-se estrutural e funcionalmente ao longo do desenvolvimento neuronal e quando sujeito a novas experiências.

E dançar pode ser uma nova experiência capaz de provocar mudanças significativas na nossa mente.

Um estudo conduzido pela Faculdade de Medicina Albert Einstein, em Nova York, publicado no Jornal de Medicina da Nova Inglaterra, buscou durante 21 anos pessoas de 75 anos ou mais para observar nelas os efeitos de diversas atividades na sua capacidade de percepção cerebral (a acuidade).

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Foto: Andrea Capelli.

A pesquisa, intitulada “Use it or lose it: dancing makes you smarter” (“Use ou perca: dançar te torna mais inteligente”, em tradução livre), revelou os seguintes dados:

  • Ler – reduz em 35% o risco de demência;
  • Andar de bicicleta ou nadar – reduz em 0% o risco de demência;
  • Montar quebra-cabeças pelo menos quatro dias na semana – reduz em 47% o risco de demência;
  • Dançar frequentemente – reduz em 76% o risco de demência.

O doutor Robert Katzman, baseado no estudo, diz que pessoas que dançam regularmente têm melhores reservas cognitivas e ampliam a complexidade neuronal de sinapses.

A dança, portanto, além de reduzir o risco de doenças cerebrais, como a demência, pode melhorar a capacidade de religar continuamente os caminhos neurais, ajudando diretamente na neuroplasticidade.

2. Te torna mais inteligente

Jean Piaget afirmou que a inteligência é o que usamos quando ainda não sabe o que fazer.

Resumindo, basicamente, a essência da  inteligência é a tomada de decisões.

Para melhorar a sua acuidade mental e, consequentemente, sua capacidade de decidir assertivamente, é recomendado envolver-se em uma atividade que exija rápidas tomadas de decisão.

A dança é um exemplo de atividade que exige respostas instantâneas a perguntas como “De que maneira devo girar?”, “Com que velocidade devo mover o meu corpo?” ou “Como posso reagir aos movimentos do meu(minha) parceiro(a)?”.

A dança, enfim, é uma excelente maneira de manter e melhorar a sua inteligência.

3. Melhora sua memória muscular

Um artigo sobre os benefícios cognitivos dos movimentos da dança diz que os bailarinos conseguem alcançar movimentos complexos com muito mais facilidade em função do processo de “marcação” ao qual se submetem.

O pesquisador e ex-bailarino profissional, Edward Warburton, analisou, junto a seus colegas, o “pensamento por trás da obra de dança”.

Dentre suas descobertas, publicadas na revista Psychological Science (um jornal da Associação para Psicologia Científica), eles observaram que a marcação diminui o conflito entre os aspectos cognitivos e físicos da dança, e dá aos bailarinos a oportunidade de memorizar e repetir movimentos com maior fluidez .

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Foto: Andrea Capelli.

A visualização de movimentos e a marcação podem, enfim, ajudar a melhorar a memória muscular, otimizando o desempenho não só na dança, mas em outras atividades do dia a dia também.

4. Retarda o envelhecimento

Conforme você envelhece , as células cerebrais morrem e sinapses tornam-se mais fracas. Nomes de pessoas, por exemplo, tornam-se mais difíceis de lembrar, porque só há um caminho neural que nos leva a esta informação armazenada .

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Foto: Pixabay.

Por isso, acredita-se que quanto mais complexas forem nossas sinapses neurais, melhor. E criar novos caminhos neurais, a dança é uma ótima alternativa para recuperar a capacidade complexa da nossa mente, já que trabalha na construção de diversas novas rotas mentais por meio dos movimentos, da marcação e da memória muscular.

5. Ajuda a prevenir tonturas

Você já se perguntou por que os bailarinos não ficam tontos quando fazem piruetas?

A pesquisa sugere que, através de anos de prática e formação, dançarinos ganham a capacidade de suprimir os sinais dos órgãos de equilíbrio no ouvido interno que estão ligadas ao cerebelo.

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Foto: Pixabay.

O doutor Barry Seemungal, do Departamento de Medicina do Imperial, explica que “Não é útil para um bailarino sentir tonturas ou falta de equilíbrio. Seus cérebros se adaptam ao longo de anos de treinamento para suprimir essa entrada. Consequentemente, o sinal enviado para as áreas do cérebro responsáveis pela percepção de tontura no córtex cerebral é reduzido, tornando-os mais resistentes a sentirem tonturas”.

Se você sofre de tonturas, dedicar um tempo à dança pode ser uma boa maneira de resolver este problema. E o melhor é que você não precisa ser um dançarino profissional para se beneficiar desta modalidade: a dança em todos os níveis vai ajudar e te libertar!

Fonte: lifehack.org.

Aceita essa dança?

Depois de ler sobre todos esse benefícios cerebrais que dançar pode te proporcionar, que tal uma dança?

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Foto: Pixabay.

Não importa se você está em sua casa sozinho, em uma festa ou em um curso. Não importa se você é da música clássica, do rock ou do samba.

Dance.

Sue seu corpo. Liberte seus poros. Entregue-se à dança e comece hoje mesmo a sentir as mudanças na sua mente!

Ah, claro: e depois venha contar pra gente sobre sua experiência!

Amanda Ferraz
Escrito por

Amanda Ferraz

Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.