A cura da depressão pode estar onde você menos esperava: em fezes de vaca
Um estudo recente concluiu que o uso controlado de cogumelos mágicos pode ajudar no tratamento contra a depressão. Saiba mais detalhes da descoberta.
E se, em vez de tomarmos antidepressivos, usássemos algo natural para o tratamento da depressão?
Foi pensando exatamente nisso que pesquisadores ingleses passaram a pesquisar sobre os efeitos da psilocibina no tratamento de pessoas com depressão.
Mas o que é a psilocibina?
Psilocibina é a substância enteógena presente em cogumelos alucinógenos usados na medicina tradicional asteca-nahuatl da Meso-América.
Os astecas o chamavam genericamente de teonanácatl ou “carne dos deuses”.
Em outras palavras, a psilocibina é o princípio ativo encontrado nos cogumelos mágicos, aqueles cogumelos que podem ser encontrados nas fezes das vacas durante o verão e estão frequentemente ligados ao movimento hippie.
Pesquisadores do Imperial College de Londres encontraram evidências que sugerem que a psilocibina pode ser usada no tratamento da depressão.
O estudo analisou 19 pacientes com depressão que haviam apresentado resistência aos tratamentos convencionais.
Todos os pacientes apresentaram uma melhoria nos sintomas da depressão, na marca de uma semana de pós-tratamento com a substância.
Embora as conclusões sejam promissoras, trata-se de um estudo muito preliminar com uma amostra ainda muito pequena. Este estudo não quer dizer que os cogumelos mágicos sejam a cura para depressão.
“Mostramos pela primeira vez mudanças claras na atividade cerebral de pessoas com depressão tratadas com a psilocibina”, disse o autor principal do estudo, Roberto Carhart-Harris, diretor de pesquisa psicodélica, em um comunicado.
“Todas elas haviam falhado em responder aos tratamentos convencionais”, completou.
Os pacientes do estudo receberam duas doses de psilocibina. A primeira dose de 10 mg foi administrada imediatamente e a segunda dose de 25 mg foi administrada uma semana após a primeira.
Ao preencher os questionários clínicos, os pacientes relataram como se sentiram melhor.
“Muitos de nossos pacientes descreveram sentir a sensação de terem sidos “reiniciados” após o tratamento”, conta o Dr. Carhart-Harris.
“A psilocibina pode estar dando a esses indivíduos o primeiro passo para que eles saiam de seus estados depressivos. Efeitos cerebrais semelhantes só foram vistos com terapia eletroconvulsiva”.
A equipe realizou ressonância magnética funcional em 16 dos 19 pacientes antes e após o tratamento.
As varreduras indicam uma redução no fluxo sanguíneo cerebral para o córtex temporal, em particular, para a amígdala. Esta diminuição no fluxo sanguíneo foi relacionada a uma diminuição dos sintomas da depressão.
A ressonância também mostrou maior estabilidade em outras áreas cerebrais ligadas à depressão.
“Com base no que sabemos de vários estudos de imagens cerebrais com psicodélicos, além de ter em conta o que as pessoas dizem sobre suas experiências, pode ser que os psicodélicos realmente reajustem as redes cerebrais associadas à depressão, permitindo que as pessoas saiam do estado deprimido.”
Os resultados são tão otimistas que a equipe irá lançar um teste comparativo para testar o efeito da psilocibina e de um dos principais antidepressivos convencionais, logo no próximo ano.
Fonte: iflscience.com.
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Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.