Como é o mundo de uma criança autista? Veja em 90 segundos.
Você quer conhecer como é a visão de mundo de uma pessoa autista? Veja este vídeo de 90 segundos e entenda um pouco mais sobre a super estimulação.
Pense em todas as coisas que você experimenta quando passeia num shopping: os cheiros, as paisagens e tudo que suas mãos podem tocar.
Agora imagine esses sentimentos e sensações multiplicados por cem.
Pode parecer com isso: “muita informação”.
Para muitas pessoas com autismo, a super estimulação faz parte do cotidiano.
Ser super sensitivo ou pouco sensitivo ao processar informações sensoriais (como paisagens e cheiros) é comum para pessoas com autismo.
Portanto, itens corriqueiros que passam despercebidos para muitas pessoas (como o spray de um perfume) podem ser terríveis para alguém com o distúrbio.
Jo Wincup, que tem um filho autista de 15 anos, conta que já passou por isso.
“Há quatro anos, meu filho teve um colapso no shopping depois de se sobrecarregar com a multidão, luzes ofuscantes e cheiros. Ele começou a me chutar, gritar e xingar.”
Continua…
“Nós tentamos levar ele para fora, mas as pessoas ficaram encarando e algumas até disseram coisas muito ofensivas.”
E conclui de forma agonizante…
“Aquilo magoou Ben ainda mais. Ele correu para o mato e se recusou a sair.”
Por causa de situações como essa, a National Autistic Society (Reino Unido) está trazendo às pessoas um pouco da realidade autista.
Visto pelos olhos de um menino com autismo, o vídeo do grupo do Reino Unido “conduz” as pessoas por um shopping, permitindo que elas experimentem como é viver essa sensação.
Depois que ele fica sobrecarregado com os arredores e “luta” com a sua mãe (o que para os outros parece ser só uma criança teimosa), o menino explica para as pessoas: “Eu não sou mal criado, eu sou autista”.
É importante que todos entendam como o autista se sente.
Só assim será possível construir um mundo com mais empatia.
Mesmo que a maioria das pessoas tenha ouvido falar sobre autismo, uma parcela muito pequena realmente entende como viver a doença na pele pode afetar o comportamento.
Muitas crianças não são mal criadas, elas estão lidando com uma circunstância que a maioria das pessoas não experimenta.
“99,5% das pessoas no Reino Unido já ouviram falar sobre o autismo. Mas apenas 16% de pessoas autistas e suas famílias disseram que as demais pessoas entendem como o autismo afeta o comportamento.”
Uma nova pesquisa da The National Autistic Society descobriu que 87% das famílias dizem que as pessoas encaram seus filhos com autismo, e 84% das pessoas autistas dizem que os outros os percebem como “estranhos”.
Infelizmente, isso contribui para o motivo pelo qual 8 em cada 10 pessoas com autismo se sentem isoladas da sociedade.
Mark Lever, diretor-executivo da organização, observou que a pesquisa forneceu resultados chocantes:
“Não é que o público se propõe a ser crítico com as pessoas autistas. Eles nos dizem que querem ser compreensivos, mas geralmente não ‘enxergam’ o autismo.”
Mark explica:
“Eles veem um homem ‘estranho’ andando para lá e para cá num shopping ou uma menina ‘mal criada’ tendo um ataque no ônibus e simplesmente não sabem como reagir.”
Entretanto, as coisas não precisam ser dessa forma. Quanto mais nós entendermos o autismo, mais as pessoas que vivem a doença poderão se sentir bem sendo elas mesmas.
Lever conclui:
“O autismo é complexo e pessoas autistas e suas famílias não esperam ou desejam que as pessoas sejam especialistas, mas um entendimento básico pode transformar vidas.”
Assista ao vídeo que a The National Autistic Society produziu e entenda a visão de uma criança com autismo.
Veja o vídeo no Facebook.
Esta informação pode transformar vidas.
Felizmente, cada vez mais pessoas estão trabalhando para ajudar famílias que convivem com essa situação. Se você também quer contribuir para o entendimento e compreensão do autismo, compartilhe este post.
Fonte: upworthy.com.
Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.