Estudos apontam que ‘cobertores pesados’ ajudam na insônia e aliviam ansiedade
Você já ouviu falar de 'cobertores pesados'? Esta é uma novidade que promete combater insônia, ansiedade e outros problemas de saúde. Descubra!
Você já ouviu falar em weighted blankets ou “cobertores pesados”? Você também vai encontrar pela internet descritos como “cobertores ponderados”.
Eles são usados como parte da terapia ocupacional para tratar crianças que sofrem de distúrbios sensoriais, ansiedade, estresse ou problemas comportamentais relacionados ao autismo.
Esses cobertores causam o que é chamado de simulação de toque de pressão profunda ou DTPS na sigla em inglês, que acalma o sistema nervoso.
A doutora em ciência animal Temple Grandin que é autista, é uma das maiores especialistas no assunto. Em seu estudo sobre o toque de pressão profunda, realizado em 1992, ela afirma que:
“Terapeutas ocupacionais têm observado que o mais leve toque alerta o sistema nervoso, mas uma pressão profunda é relaxante e calmante.”
Uma simulação de abraço e conforto
Grandin foi mais além e conta nesse mesmo estudo que sua máquina do abraço criada quando tinha 18 anos, a ajudou a se acalmar em momentos de ataque de pânico e ansiedade por causa da DPTS, que substituía o contato humano.
Keith Zivalich, que produz alguns desses cobertores, contou ao colaborador da Forbes, David Hochman, que criou a sua versão Magic Blanket há 15 anos.
Na ocasião, a filha de Zivalich colocou um ursinho em seu ombro enquanto ele dirigia e:
“Eu pensei, não seria ótimo se um cobertor abraçasse você daquele jeito?”
Assim a esposa de Zivalich o ajudou a criar um protótipo e ofereceu aos amigos para experimentarem, incluindo um professor com necessidades especiais, que sentiu os efeitos terapêuticos do cobertor.
Os cobertores pesados começam a te confortar
Zivalich afirmou que o peso adicional faz com que o cérebro libere neurotransmissores como a serotonina e a dopamina que melhoram o humor e induzem ao efeito calmante.
E a serotonina naturalmente se converte em melatonina, o que leva o corpo a descansar. Assim, o peso do cobertor atua como terapia de toque sobre os receptores sensíveis à pressão profunda localizados em todo o corpo.
- Quando estes receptores são estimulados, o corpo relaxa.
Estudos clínicos sugerem que quando esses pontos de pressão são acionados, eles realmente fazem com que o cérebro aumente a produção de serotonina.
Como funcionou o estudo
O estudo de 2008, “Explorando a segurança e os efeitos terapêuticos da DPTS usando um cobertor pesado” realizado pela Universidade de Massachusetts em conjunto com o Departamento de Saúde Comportamental de Internação Aguda do Hospital Cooley Dickinson, observou que:
Os cobertores ofereceram terapia segura e eficaz para diminuir a ansiedade em 78% dos pacientes, que perceberam diferença quando não dormiam com o cobertor.
Então, se você tem insônia, dormir com esses cobertores pode ajudar a ter noites melhores de sono e inclusive diminuir a ansiedade.
As observações extras e alguns “cuidados”
Segundo o jornal Metro do Reino Unido, especialistas não indicam esses cobertores para quem sofre de problemas respiratórios, circulatórios ou de regulação de temperatura ou ainda que está se recuperando de uma cirurgia.
Como um abraço confortável, dormir com os “cobertores pesados” pode contribuir para melhorar sua qualidade de vida.
O enchimento dos cobertores pode variar, assim como o tipo de tecido. A marca Mosaic Weighted Blankets, por exemplo, afirma que é usado bolinhas de plástico não tóxicas.
É possível encontrar até brinquedos e acessórios terapêuticos que causam essa simulação de toque de pressão profunda em crianças e adultos.
Conclusão?
Os cobertores são encontrados facilmente na Internet (você pode até aprender a fazer o seu), mas antes de tudo, consulte um terapeuta para saber o mais apropriado, já que variam de acordo com o tamanho e o peso da pessoa.
E faça acompanhamento médico para conferir se os cobertores estão causando efeitos positivos no seu tratamento, combinado?
Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.