Mãe inicia jornada para mostrar o mundo à filha antes dela ficar cega
A garotinha tem uma doença rara que compromete a visão, por isso a mãe resolveu mostrar tudo o que pode antes da cegueira chegar. Conheça a história.
Foi olhando as fotos de sua filha quando bebê que Catrina Frost percebeu que havia alguma coisa errada.
Os olhos da pequena Cailee, hoje com 6 anos, pareciam fora do eixo.
E, sabendo que seu outro filho, Tanner, tinha uma doença congênita de visão, Catrina rezou para que fosse apenas cuidado excessivo de mãe.
Um primeiro exame revelou que Cailee tinha miopia em alto grau, além de ambliopia – uma doença que diminui a visão de um dos olhos ou de ambos, sem que haja uma causa aparente no globo ocular.
Mas Catrina não sossegou.
De alguma forma, ela sabia que havia algo mais de errado com a visão da filha. Instinto materno, alguns diriam. E ela estava certa: Cailee também era portadora de uma doença chamada vitreorretinopatia exsudativa familiar, ou FEVR.
A FEVR causa o crescimento anormal da retina da criança, e eventualmente leva à cegueira.
E assim, durante uma viagem à Califórnia para consultar um especialista nesta doença, Catrina teve uma epifania, uma ideia repentina. E se ela fizesse uma espécie de lista de coisas para se fazer antes que Cailee perdesse a visão?
A caminho do médico, elas passaram de carro pelas Dunas de Areia Imperiais, um ponto turístico famoso na Califórnia. Uma imensidão de areia fofa e macia, onde Cailee se divertiu como qualquer criança faria.
“Nós paramos e ela correu pra cima e pra baixo várias vezes nas dunas, por mais de uma hora. Se sujou toda, fez anjos de areia e se divertiu muito. Foi nesse momento que me dei conta de que deveria fazer uma lista de lugares que deveríamos visitar e de coisas que deveríamos fazer… Se eu não tivesse parado e permitido a ela viver essa experiência, ela jamais seria capaz de ter essa lembrança das dunas, a areia macia, sua aparência e a sensação [de estar lá].”
A chegar ao médico, ele constatou que, em quatro ou cinco anos, Cailee perderia completamente a visão.
Então, era a hora de colocar a lista em prática.
Através de uma campanha de financiamento, Cailee pôde ver as princesas Disney e seus vestidos rodados, que pareciam flutuar…
O verde das águas em uma piscina…
As ondas azuis quebrando na praia…
Seu primeiro por-do-sol vendo o mar…
É claro que a visão não é a única maneira de interagir com o mundo. Deficientes visuais são capazes de ter experiências sensoriais com os outros sentidos, além de levar uma vida produtiva e cheia de significado.
O objetivo de Catrina é dar a Cailee memórias de um mundo que ela não poderá mais perceber da mesma forma em alguns anos, além de viver em família momentos cujas lembranças serão importantes para todos no futuro.
A lista ainda está em construção, e inclui levar Cailee para cavalgar, para ver um espetáculo de balé (O Quebra-Nozes, talvez!), assistir a um desfile de moda, visitar a Floresta de Sequoias na Califórnia… Ainda tem muito por vir!
Enquanto isso, Cailee aprende a lidar com o mundo como uma pessoa cega. Ela já aprende a usar a bengala para deficientes visuais, e aprende a ler em braile. Assim, quando o momento chegar, a transição para uma vida sem a visão poderá ser mais fácil.
“Ela saiu de sua terceira cirurgia a laser e estava meio tristinha, quado disse ‘Mamãe, garotas são duronas'”, conta Catrina. “E eu respondi ‘sim, meu amor, garotas são duronas’. Esse tem sido seu lema desde então.”
Para Catrina, é importante que os pais estejam atentos à saúde visual dos pequenos, e que saibam que condições como a cegueira não são algo a se temer.
“Estando cega ou não, não tenho a menor dúvida de que Cailee terá uma vida incrível pela frente”, diz.
Nós também não temos a menor dúvida disso!
Fonte: upworthy.com.
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Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.