Como acalmar o seu filho: um guia para diferentes faixas etárias
Crianças precisam sentir seus próprios sentimentos, mas com frequência elas se sobrecarregam com eles, Quando elas estão chateadas é quando os pais tendem a aparecer e oferecer conforto e, por isso, é importante ensiná-las a como se acalmarem. E é aqui que entra o treinamento cerebral. Confira:
Crianças precisam sentir seus próprios sentimentos, mas com frequência elas se sobrecarregam com eles.
Quando elas estão visivelmente chateadas é quando os pais tendem a aparecer e oferecer conforto, talvez com palavras ou abraços (ou, tudo bem, às vezes com biscoitos e YouTube). Mas é ainda mais importante ensiná-las a como se acalmarem.
A psicoterapeuta Amy Morin, que escreveu o livro “13 Coisas que as Pessoas Mentalmente Fortes não Fazem”, diz que para ser capaz de lidar com estresse, raiva, frustração e ansiedade é necessário um conjunto de habilidades específico.
E é aqui que entra o treinamento cerebral.
As habilidades acadêmicas ou talentos atléticos de uma criança só a levará até certo ponto”, Morin diz. “Uma criança que não consegue controlar seu temperamento ou uma que não consegue lidar com frustração não será capaz de ser bem-sucedida.”
Em seu livro, Morin compartilha algumas táticas de visualização para controlar grandes emoções. Aqui está como você pode ensinar crianças a acalmarem suas mentes e corpos em qualquer idade.
Crianças com idade pré-escolar: “Pare e sinta o cheiro da pizza”
Respirações lentas e profundas podem relaxar o corpo e reduzir sentimentos de raiva.
Quando as crianças estiverem chateadas, ensine-as a “parar e sentir o cheiro da pizza” (ou se elas não gostarem de pizza por alguma razão, tente uma torna, bolinhos de canela, biscoitos de chocolate ou bacon – hmmm, bacon).
Funciona assim:
- Respire pelo seu nariz, como se estivesse cheirando um pedaço de pizza.
- Então solte pela sua boca, como se estivesse esfriando a pizza.
- Repita este exercício várias vezes, devagar, para acalmar o corpo e o cérebro.
Morin diz que, com o tempo, elas aprenderão a fazer isso sozinhas, com menos lembretes de você. Outra alternativa é ensiná-las a “respirar como as bolhas”.
Leve-as para fora e faça algumas bolhas de sabão. Então peça para elas mostrarem a você como criar a maior e mais incrível bolha de sabão – para isso, provavelmente elas irão respirar fundo e soltar devagar.
Quando elas estiverem chateadas, lembre-as de “respirar como as bolhas”. Respirar fundo e soltar devagar.
Crianças com idade escolar: “Mude o canal”
Em seu escritório de terapia, Morin ensina crianças uma extensão do famoso “experimento do urso branco”. É chamado “mudar de canal” e funciona assim:
- Diga para seu filho pensar em ursos brancos durante trinta segundos. Isso pode incluir qualquer coisa, de ursos polares até ursinhos de pelúcia.
- Fique em silêncio e deixe seu filho imaginar os ursos. Quando acabar o tempo, diga para parar.
- Então, diga ao seu filho para pensar em qualquer coisa pelos próximos trinta segundos. Mas diga que ele não pode pensar em ursos brancos.
- Espere trinta segundos e pergunte como ele se saiu. A maioria das crianças vai dizer que ursos brancos permaneceram em suas mentes. Se o seu filho disser que conseguiu evitar pensar em ursos brancos, pergunte como ele conseguiu.
- Então, de ao seu filho uma tarefa simples para fazer nos próximos trinta segundos. Eu dou para a criança um baralho e digo para ela separar o baralho por número, ou naipe ou algo nesse sentido. Seja qual for a tarefa que você der, tenha certeza que será algo que exigirá toda a atenção dela, se ela quiser acelerar para cumprir dentro dos trinta segundos.
- Quando acabar o tempo, diga para parar. Então, pergunte o quanto ela pensou sobre ursos brancos durante a tarefa. Se ela for como a maioria das pessoas, provavelmente dirá que não pensou em nenhum momento.
Se uma criança estiver remoendo sobre algo que a chateia, ocupar-se com algo pode ser a chave para ajudá-la a se sentir melhor”, escreve Morin. “… Assim como a TV, se o canal passando na cabeça dela não é útil, ela precisa mudar de canal para algo mais produtivo.”
Quando as crianças entendem o conceito, você pode apenas dizer para “mudar de canal” sempre que precisarem de uma mudança mental.
Morin ressalta que mudar de canal somente pode ser usado quando a criança está se sentindo presa, ou se suas emoções estão se tornando destrutivas.
Sentimentos de tristeza não são ruins. Se as crianças querem falar, deixe-as e escute-as.
Adolescentes: “Alongar o pavio”
Como os adultos, adolescentes podem se irritar e facilmente perder o controle devido a uma série de gatilhos – uma nota baixa na prova, um dia ruim no treino, não ser convidado para uma festa, não dormir o suficiente.
Morin sugere para fazer com que eles pensem em si mesmos como um pavio:
Ensine seu adolescente a como alongar seu pavio. Conversar com um amigo, ouvir sua música favorita ou fazer um pouco de yoga pode ajudar a reduzir o estresse.
Ajude-o a identificar as coisas que podem ajudá-lo a lidar com o estresse de uma maneira saudável. Compartilhe as estratégias que ajudam você a alongar o pavio em um dia difícil.
Discuta como reconhecer quando ele estiver com o pavio curto. Talvez ele se irrite quando alguém fala com ele. Ou talvez ele comece a bater os dedos ou andar de um lado para o outro.
Fale sobre os sinais de alerta que você experiencia quando está com o pavio curto.
Então, explique como todos têm opções quando estão estressados, cansados ou tendo um dia ruim. E todos podem seguir alguns passos para alongar o pavio.
Morin acredita que ensinar as crianças a regularem suas emoções pode ajudá-las a tornarem-se adultos que só colocam energia em coisas que podem controlar.
Esta é uma boa meta.
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Qual sua tática para acalmar seus filhos? Funciona? Comente!
Este artigo é uma tradução do Awebic do texto originalmente publicado em Offspring escrito por Michelle Woo.
Imagens: pexels.com e pixabay.com
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Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.