A fascinante ciência por trás do déjà vu: por que sentimos isso?

Descubra a ciência por trás do déjà vu e por que sentimos essa estranha sensação de já ter vivido um momento antes. O que a neurociência diz sobre isso?

A ciência por trás do déjà vu é um dos mistérios mais intrigantes da mente humana.

Aquela sensação de já ter vivido um momento antes, mesmo sabendo que isso não aconteceu, é algo que quase todo mundo já experimentou. Mas por que o cérebro faz isso?

O que é o déjà vu?

A palavra “déjà vu” vem do francês e significa “já visto”. É uma sensação repentina de familiaridade com algo que, teoricamente, nunca aconteceu.

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📌 Curiosidade: Estudos indicam que até 80% das pessoas já passaram por isso pelo menos uma vez na vida.

Mas, ao contrário do que muitos pensam, o déjà vu não tem nada a ver com premonição ou vidas passadas.

Ele acontece dentro do seu próprio cérebro – e pode estar relacionado a falhas na memória, lapsos no tempo ou até descargas elétricas no cérebro.

A ciência por trás do déjà vu

Os pesquisadores ainda não chegaram a uma única explicação para o déjà vu. Mas existem algumas teorias principais que tentam decifrar esse fenômeno.

Memória fora de sincronia

Uma das hipóteses mais aceitas é que o déjà vu acontece quando o cérebro acessa informações de forma errada.

  • Normalmente, o hipocampo organiza nossas memórias como se fossem arquivos de um computador.
  • Mas, às vezes, ele pode “arquivar” algo no lugar errado, criando a sensação de que já vivemos aquele momento.
  • Isso explicaria por que o déjà vu acontece mais em momentos de cansaço ou estresse, quando a mente está sobrecarregada.

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E o que diferencia déjà vu de uma lembrança real?

No déjà vu, você sente que algo é familiar, mas não consegue identificar de onde vem essa sensação. Na lembrança real, você sabe exatamente quando e onde aquilo aconteceu.

O cérebro e o efeito “glitch”

Outro estudo sugere que o déjà vu pode ser um pequeno erro no processamento cerebral.

“O déjà vu pode ser uma falha temporária no sistema de detecção de novidades do cérebro.”
Anne Cleary, psicóloga cognitiva da Colorado State University

Em outras palavras, o cérebro pode interpretar um evento como algo familiar simplesmente porque ele se parece vagamente com uma experiência anterior.

Déjà vu e os sonhos

Outro fenômeno curioso é quando sentimos déjà vu porque já sonhamos com uma situação parecida.

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O que pode acontecer?

  1. Durante o sono, o cérebro cria cenários aleatórios que misturam lembranças antigas.
  2. Se um momento real se parece com um desses sonhos, podemos sentir que “já vivemos isso antes”.
  3. Esse efeito é mais comum em pessoas que têm sonhos muito vívidos ou sonhos lúcidos.

Déjà vu e o cérebro

Pesquisadores descobriram que o déjà vu pode estar ligado a regiões específicas do cérebro.

📌 Fatos incríveis sobre o cérebro e o déjà vu:

  • O lobo temporal, responsável por processar memórias, é o principal suspeito desse fenômeno.
  • Pacientes com epilepsia frequentemente relatam déjà vu antes de uma crise.
  • Estudos indicam que pequenas descargas elétricas espontâneas no cérebro podem ser um gatilho para o déjà vu.

Isso significa que, em alguns casos raros, um déjà vu muito frequente pode ser um sinal de algo mais sério – mas, na maioria das pessoas, é apenas um efeito curioso da mente.

Déjà vu e a ilusão do futuro

Muitas pessoas acreditam que o déjà vu é um sinal de premonição, mas a ciência discorda.

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  • Experimentos mostram que, mesmo quando alguém sente déjà vu e “acha” que pode prever o futuro, suas previsões quase sempre estão erradas.
  • O que acontece é que o cérebro reconhece padrões e tenta antecipar o que vem a seguir, mas sem base real.
  • A sensação de “adivinhar” um momento futuro pode ser apenas um truque da mente.

Então, apesar da impressão de que já vivemos algo antes, a verdade é que o déjà vu é um efeito do presente, e não do futuro.

Déjà vu e realidades paralelas: isso faz sentido?

Apesar de teorias populares sobre multiversos, não há nenhuma evidência científica que ligue o déjà vu a realidades alternativas.

O mistério continua…

A ciência por trás do déjà vu ainda não tem todas as respostas. Mas, até agora, sabemos que ele está ligado ao funcionamento da memória, pequenos erros no processamento do cérebro e até à forma como sonhamos.

O mais curioso é que o déjà vu não tem um propósito claro.

Ele não nos ajuda a lembrar de algo importante, nem melhora nossas habilidades cognitivas. É apenas uma daquelas estranhas maravilhas do cérebro humano – e talvez seja isso que o torne tão fascinante!

Amanda Ferraz
Escrito por

Amanda Ferraz

Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.