9 ilhas abandonadas e retomadas de forma magnífica pela natureza
Listamos 9 ilhas espalhadas pelo mundo que foram abandonadas e que a natura de forma magnifica tomou conta mais uma vez.
Há algo especialmente atmosférico em uma ilha abandonada. Os prédios em ruínas, invadidos por animais e plantas…
É como se aquela história chegasse ao fim, fosse encerrada ali, naquele lugar. Mas ao visitarmos, podemos sentir o poder que cada traço abandonado emana.
Uma viagem até lugares perdidos ou aparentemente esquecidos sempre geram emoções e experiências bem marcantes. Por isso resolvemos falar dessas ilhas, são sensacionais.
Abaixo, essas nove ilhas abandonadas foram recuperadas pela natureza e tornou esses lugares em verdadeiros mares de lembranças épicas. Conheça elas!
1. Ilha da Queimada Grande – Brasil
A Ilha da Queimada Grande é uma ilha bonita e selvagem a 150 quilômetros da costa de São Paulo, Brasil. Mas essa ilha não é um paraíso — abriga entre 2.000 e 4.000 Jararacas-ilhoa, uma das cobras mais mortais do mundo.
A ilha foi isolada do continente há 11.000 anos atrás, quando o nível do mar subiu e, sem predadores conhecidos no chão, as cobras evoluíram para sua própria espécie de víbora.
As Jararacas-ilhoa também tomaram conta de toda a ilha: há rumores de que a única família que já viveu lá (eles se mudaram para a ilha para administrar o farol) morreu depois de serem mordidos pelas cobras.
Hoje, a viagem para a ilha é rigidamente controlada, mas não se sabe ao certo se a razão disso é proteger as pessoas das cobras mortais ou proteger as cobras criticamente ameaçadas das pessoas. Seja qual for o motivo, esta ilha parece estar abandonada.
2. Ilha Hashima – Japão
Na década de 50 a ilha de Hashima, com 16 acres — também conhecida como Ilha do Navio de Guerra — era quase completamente coberta por apartamentos altos pela Mitsubishi Corporation, construída para abrigar as milhares de pessoas que trabalhavam na mina submarina abaixo da ilha.
Porém, uma vez que as minas fecharam em 1974, a ilha foi deixada em ruínas, e o local agora é uma cidade fantasma moderna e assustadora.
Sua atmosfera assustadora foi bem utilizada em 2012, quando foi usada no filme de James Bond, Skyfall, como o covil do vilão. Em 2015, devido à sua importância para a história industrial, a ilha foi incluída na lista de Patrimônio Mundial da UNESCO — uma decisão que envolveu alguma controvérsia, uma vez que alguns dos que trabalhavam na ilha eram trabalhadores forçados da Coreia.
3. Ilha de Pollepel – Nova Iorque
Pollepel Island (também chamada de Bannerman Island) é uma ilha de 6,5 acres no rio Hudson, em Nova York.
A ilha foi comprada em 1900 pelo empresário Francis Bannerman como um local para armazenar seu excesso de estoque de itens militares. Bannerman projetou um excêntrico castelo de estilo escocês para abrigar suas mercadorias, mas a construção do prédio cessou em 1918, após sua morte.
Em 1920, 90 kg de conchas e pólvora explodiram em um acidente, destruindo parte do castelo. Depois que a balsa que servia a ilha afundou em 1950, a ilha e seu castelo em ruínas foram efetivamente abandonados.
O estado de Nova York comprou a Ilha Pollepel em 1967, mas outro incêndio dois anos depois deixou o castelo perigosamente instável e, desde 1968, é proibido ao público, a menos que você faça uma visita guiada.
4. Ilha do Rei – Alaska
A Ilha do Rei fica no mar de Bering, a cerca de 64 km de Cape Douglas, no Alasca. À primeira vista, parece impossível que alguém possa ter chamado esse afloramento ingrime e rochoso de casa, mas, ainda assim, durante vários anos, uma comunidade indígena de Inupiat vivia em cabanas de madeira sobre palafitas construídas na face do penhasco.
A vila, conhecida como Ukivok, abrigava até 200 pessoas que passavam seus dias caçando focas e morsas. Mas depois que o Bureau of Indian Affairs fechou a escola local em 1959, a comunidade começou a diminuir, até que em 1970 foi completamente abandonada.
Surpreendentemente, as cabanas de madeira ainda podem ser vistas, agarrando-se às falésias rochosas, durando muito mais que seus antigos habitantes.
5. Ilha de Okunoshima – Japão
Esta pequena ilha no Japão já foi usada para fabricar e testar gases venenosos, mas foi abandonada após a Segunda Guerra Mundial.
Os coelhos introduzidos na ilha (possivelmente como objetos de teste para o gás venenoso) procriaram, ora, como coelhos, e agora a ilha é o lar de milhares de criaturas peludas.
A infinidade de coelhos fofos fez com que a ilha se tornasse uma atração turística popular, e as pessoas agora se reúnem neste local, antes mortal, para ver os coelhos fofinhos. Para aqueles com uma inclinação mais macabra, a ilha agora também possui um pequeno museu sobre gás venenoso.
6. Poveglia – Itália
Esta ilha é conhecida como supostamente uma das ilhas abandonadas mais assombradas do mundo, e por boas razões. Encontrada na lagoa veneziana, Poveglia já foi usada para colocar em quarentena os atingidos pela praga.
Como resultado, milhares de pessoas viveram seus últimos e miseráveis momentos lá e há rumores de que o solo da ilha está cheio de restos humanos.
Um hospital psiquiátrico também foi construído lá em 1922. Poveglia está abandonada desde 1968, e os antigos edifícios hospitalares foram tomados pela natureza com uma atmosfera penetrante de morte, loucura e miséria ainda pairando pesadamente sobre a ilha.
7. Ilha de Clipperton – Oceano Pacífico
A ilha remota de Clipperton fica a cerca de 2.000 km da costa sudoeste do México. Ao longo dos anos, os Estados Unidos, México, França e Inglaterra tentaram reivindicar na ilha uma mina do valioso guano de lá para uso como fertilizante – mas a localização remota de Clipperton e a costa inóspita e rochosa dificultavam o acesso.
Como resultado, na década de 1910, a ilha era habitada por apenas 26 pessoas. O pequeno povoado foi logo esquecido e os navios de suprimentos não pararam mais por lá.
Com apenas peixes, pássaros e cocos para comer, os habitantes começaram a morrer, até restar apenas um faroleiro recluso, várias mulheres e seus filhos. Então as coisas pioraram ainda mais: o faroleiro, Victoriano Álvarez, declarou-se “rei”.
Nos dois anos seguintes, ele governou a ilha, aterrorizando e escravizando mulheres e crianças. Seu reinado foi encerrado em 1917, quando uma de suas vítimas o assassinou.
Logo depois, um navio americano resgatou mulheres e crianças emancipadas, devolvendo-as para suas famílias no México e deixando a ilha e sua terrível história esquecida.
8. Ilha Hirta – Escócia
Hirta faz parte da cadeia de ilhas St Kilda nas Hébridas Exteriores da Escócia.
A ilha é tão remota que pode levar 18 horas de barco para chegar à sua única baía acessível, mas o mar agitado e o clima severo geralmente deixam a ilha isolada.
Evidências arqueológicas sugerem que as pessoas viviam na ilha em tempos pré-históricos, sobrevivendo através da caça das muitas aves marinhas que habitam na ilha. Em 1930, os últimos moradores pediram para serem enviados para o continente, porque o terreno inóspito, o mau tempo implacável e a falta de comida dificultavam a vida lá.
A ilha agora é de propriedade do Scottish National Trust; nos meses de verão, abriga temporariamente cientistas e voluntários, que estudam os papagaios-do-mar e os gansos que agora prosperam lá.
9. Ilha Ross – Índia
A Ilha Ross (renomeada oficialmente em 2018 como Ilha Netaji Subhash Chandra Bose) é uma das 572 ilhas remotas de Andamã e Nicobar no Oceano Índico.
No século 19, o idílio de areia branca foi colonizado pelos britânicos, que construíram casas, uma igreja, um salão e uma colônia penal para abrigar amotinados indianos.
Durante a Segunda Guerra Mundial, as ilhas Andamã foram dominadas pelos japoneses e os britânicos fugiram depois de libertar todos os prisioneiros.
Após a guerra, a ilha foi abandonada e a selva retomou lentamente os grandes edifícios vitorianos. Em 1979, foi oficialmente entregue à Marinha da Índia.
Via: Mental Floss
Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.