Não há problema em ‘fracassar’ antes de encontrar o que quer da vida
Todos somos capazes e vivenciamos os altos e baixos que a vida tem para oferecer. Infelizmente, esta é apenas uma parte da experiência humana. Tentar surfar os altos e evitar os baixos é contraproducente e, sinceramente, impossível. Saiba por onde começar.
A vida não é sobre encontrar a si mesmo. A vida é sobre criar a si mesmo.” – George Bernard Shaw
Eu diria que é seguro afirmar que a maioria das pessoas não sabe exatamente o que está fazendo.
O que eu quero dizer?
Quero dizer que a maioria dos indivíduos – sejam eles polidos e apresentáveis ou tenham suas vidas jogadas aleatoriamente – estão jogando um jogo chamado “vida”. E eles estão dando o seu melhor.
Em outras palavras, todos somos capazes e vivenciamos os altos e baixos que a vida tem para oferecer. Infelizmente, esta é apenas uma parte da experiência humana.
Tentar surfar os altos e evitar os baixos é contraproducente e, sinceramente, impossível.
Mas também é fácil sentir como se estivesse caindo na escura toca do coelho em períodos mais difíceis. E um destes sentimentos gira em torno do nosso desejo de ter um impacto neste mundo, encontrando aquilo que realmente nos leva a algum lugar.
Ótimo! Agora, por onde começar?
Aí que está o problema. A maioria de nós, incluindo eu, somos vítimas de não saber o que fazer com nossas vidas, tanto profissional quanto pessoalmente.
E eu te digo o seguinte: não há problema nenhum nisso. E não há problema nenhum em fracassar em seu caminho para encontrar o que fazer com a sua vida.
Fracassar querendo ou não
A vida não é sobre uma meta final ou um destino. A vida é sobre aproveitar a jornada e tentar coisas diferentes.
Coisas onde você será bem-sucedido e coisas onde não será.
Pessoalmente, tenho fracassado em muitas coisas em minha vida nas duas formas mais comuns: ação e inação.
Um dos meus maiores “fracassos” de inação foi insistir por muito tempo em uma carreira que eu não gostava.
A situação ficou tão ruim que eu comecei a ter pavor dos sábados, porque eu sabia que o dia seguinte era domingo, que significava um dia antes da semana de trabalho começar. E quando a semana começava, eu contava os dias até o final de semana.
E o ciclo se repetia.
Mesmo assim eu mantive esta rotina desconfortável por anos, mentindo para mim mesmo e dizendo que não tinha problema, porque eu tinha um trabalho estável, um bom salário e que poderia ser pior.
Eu estava com muito medo de dar um passo ou tomar uma atitude. E anos se passaram antes de eu perceber que era hora de dar o passo.
E também não me mudei quando tive a oportunidade. Eu não viajei porque talvez precisasse de um pouco mais de dinheiro do que eu tinha pensado. Eu não fiz trabalho voluntário porque minha vida era ocupada e eu adiei a ideia.
A falta de seguir em frente, ou de dar um passo, resulta em um esforço fracassado de crescer como pessoa. Começamos a nos arrepender de não ter feito X, Y ou Z.
E infelizmente, viver com arrependimento é a maneira mais rápido de se enterrar em um buraco.
Mas o fracasso também pode acontecer quando você estica o pescoço para fora e tenta coisas diferentes. E infelizmente, isso é o que mais amedronta as pessoas.
Por quê? Porque não há nada pior do que dar um salto de fé, para depois aquilo desmoronar na sua cara. Podemos aprender lições valiosas com isso, mas não ajuda muito nosso arqui-inimigo, o ego.
Mas, como disse Wayne Gretzky: “Você erra 100% dos tiros que não dá.”
Portanto, se o último relacionamento que você se envolveu não deu certo, tudo ficará bem. Se o seu novo trabalho não o favoreceu, sem problema. E se dizer a alguém seu sentimento verdadeiro acabou te prejudicando, que seja.
Agora você sabe. E você nunca saberia se não tivesse dado aquele passo. Descanse tranquilamente sabendo que você se esforçou.
A vida e a Primeira Lei de Newton
Eu lembro de dizer a mim mesmo que cedo ou tarde eu iria descobrir o que queria fazer com a minha vida, mas que eu precisava continuar com o meu emprego neste meio tempo.
A vida não funciona assim.
Eu pensava que um raio do próprio Zeus iria me atingir, na forma de alguma epifania envolvida em uma camada de motivação.
Este “raio”, um tipo de encontro com alguém ou o testemunho de alguma coisa, basicamente iria me dar toda a informação que precisava para ir em busca das coisas na vida que foram feitas para mim.
Eu estava convencido que era simples assim.
Como pode imaginar, aquele raio nunca me atingiu e eu me senti preso. E foi igualmente difícil imaginar uma vida diferente além daquela que eu estava vivendo: ir trabalhar, assistir TV, sair com os amigos no final de semana.
A vida que estava vivendo estava fazendo muito bem para mim até aquele ponto, mas eu sabia que estava faltando algo. O que aquela peça (ou peças) era, eu não sabia.
Mas todos nós, em certo ponto, sentimos aquele tipo de “vazio” quando sabemos que algo está ausente.
Depois de um tempo, eu comecei a dar passos para tentar coisas diferentes que me atraíam. Coisas como escrever, fazer aulas de arte, voluntariado, leitura, pesquisar diferentes indústrias e carreiras e muito mais.
Se me atraía, eu estava disposto a dar uma chance.
E aqui você executou a Primeira Lei de Newton: Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças aplicadas sobre ele.
Em termos simples, um objeto em movimento tende a continuar em movimento, e um objeto parado tende a ficar parado.
Olhando para trás, todas as pequenas coisas que tentei foram pequenos passos, mas muito importantes.
Foram estes pequenos movimentos, digamos assim, que me habilitaram a começar a me mover em uma direção que me dava maior prazer e me levava a mais satisfação.
Eu comecei a escrever para uma revista local, de graça, em um esforço para praticar minha escrita. Eu resolvi ler pelo menos um livro a cada duas semanas e acabei lendo trinta e quatro até o final do ano. Eu voltei para a escola e mudei completamente de carreira.
E, como pode imaginar, a vida ficou muito melhor. Mas não foi completamente tranquilo. Eu acabei tomando alguns caminhos errados, incluindo um emprego ruim e um mau relacionamento.
Eu fiz tudo isso tentando encontrar meu chamado verdadeiro, aquela uma ou duas coisas que me acendem completamente e que faria de graça sem hesitar.
Eu já encontrei? Não posso dizer que sim.
Mesmo assim, de alguma forma, estou um pouco mais à vontade sabendo que, enquanto eu não sei o que quero fazer com a minha vida, estou tentando coisas que eventualmente podem me ajudar a descobrir.
Eu também posso te dizer que fracassei várias vezes ao agir e fracassei várias vezes ao não fazer nada.
Foi através destes fracassos, porém, que eu aprendi a me aprimorar nas coisas que funcionaram.
E ao me aprimorar nas coisas que funcionaram, tenho sido capaz de concentrar minha atenção em áreas que me interessam e que tem dado o melhor retorno.
Você tem uma jornada incrível se quiser
E se eu dissesse com 110% de certeza e convicção que a vida tem uma jornada incrível disponível para você, se você estiver disposto a dar pequenos passos na busca de encontrar a si mesmo, você faria?
E se eu então lhe dissesse que não importa os passos que der, você irá falhar em algum momento, mesmo assim você faria?
Você deve ficar tranquilo ao saber que os passos que você dará não serão perfeitos em hipótese alguma. E saber que eles não serão perfeitos deve tirar a pressão de tentar criar cenários imaculados todas as vezes.
Eu sei de uma coisa: Estou muito mais perto de encontrar o propósito da minha vida do que estava antes. E foi porque eu dei passos para tentar coisas diferentes e ver o que dá certo e o que não dá.
Finalmente, há muitos passos na vida à sua frente que serão a escolha certa, e alguns que serão a escolha errada.
Mas de qualquer maneira, você está vencendo ao agir.
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Você concorda que tem uma jornada incrível, se quiser? Comente!
Este artigo é uma tradução do Awebic do texto originalmente publicado em Tiny Buddha escrito por Adam Bergen.
Imagens: pexels.com e pixabay.com
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Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.