14 fotos dos cães abandonados em Chernobyl e as pessoas que querem salvá-los
Algo deu errado na usina nuclear de Chernobyl. As pessoas evacuaram a região achando que logo voltariam. Não voltaram e seus cães ficaram abandonados.
Os cães deviam saber que algo estava errado.
Passaram-se dias e eles esperavam na porta, ouvindo o súbito silêncio da cidade, perguntando-se quando seus donos voltariam para casa.
Nas primeiras horas do dia 27 de abril de 1986, as pessoas de Pripyat foram convidadas a evacuar sua cidade.
Algo havia dado errado na central nuclear de Chernobil. As pessoas já estavam ficando doentes.
Eles poderiam levar seus documentos importantes e comida com eles, nada mais.
Quando quase 50 mil pessoas evacuaram a cidade de ônibus, muitos deles deixaram seus pets para trás. Não parecia ser grande coisa – as autoridades disseram que poderiam voltar dentro de alguns dias.
Mas eles nunca voltariam para casa.
Isso foi há 31 anos, hoje muitos dos habitantes originais da cidade de Pripyat já se foram. Mas os animais de estimação ainda continuam lá.
Bem, ao menos seu descendentes.
Cerca de 900 cães vivem na zona de exclusão de Chernobil, mais de 2.500 quilômetros quadrados de floresta, ainda parcialmente contaminada, a cerca de duas horas de Kiev, na Ucrânia.
A radiação é alta o suficiente para que visitantes tenham tento limitado de acesso a cidade.
Muitos dos cães vivem em torno da usina, o que os coloca em contato com os homens e mulheres que trabalham para selá-la. E isso é um grande problema.
Os trabalhadores estão lá para construir o sarcófago, uma enorme estrutura de aço e concreto que selará a antiga usina de energia nuclear ainda perigosa.
Os cães aprenderam a interagir com os trabalhadores e com o crescente número de turistas por comida.
Mas para cada filhote que é amigável ou, pelo menos, tolera os humanos, há muitos outros que se afastam ou podem ser perigosos.
Existe também o risco de que eles possam contrair e espalhar raiva ou outras doenças dos lobos e outros animais que vivem na zona.
Mas um grupo em particular deseja mudar essa realidade. Conheça os “Dogs of Chernobyl”.
O grupo é formado por veterinários, voluntários e especialistas em radiação de todo o mundo.
Lançado pelo Clean Futures Fund e trabalhando em conjunto com autoridades ucranianas, o grupo realiza uma campanha de vacinação e neutralização recorrente para os animais.
A campanha é executada várias semanas por ano. Durante esse período, os veterinários capturam os cachorros e fazem os check-ups.
As vacinas contra a raiva, em particular, ajudarão a manter os cães e os humanos seguros.
Nem todos os cães são amigáveis. Os dardos tranquilizantes ajudam o processo para os animais mais assustados.
Os cachorros são esterilizados e castrados para manter a população sob controle.
Também há verificação do índice de radiação.
Os pesquisadores ainda estão aprendendo quais os efeitos a longo prazo da radiação em animais e plantas.
Em última análise, eles são marcados e devolvidos.
Alguns dos cães também estão obtendo colares com sensores de radiação e receptores de GPS, a fim de mapear os níveis de radiação e ajudar os pesquisadores a aprender mais sobre o interior da zona de exclusão.
O antigo método oficial de lidar com os cães era atirar neles. A presença dos veterinários põe um fim nisso. Dentro de uma semana, os veterinários eram celebridades na cidade, diz Lucas Hixson, o co-fundador do grupo.
As campanhas funcionam por várias semanas por ano, sendo este ano o primeiro.
Mais dois anos já estão planejados, e mais coisas poderão ser feitas. Eles estão arrecadando dinheiro para contratar um veterinário em tempo integral para permanecer durante todo o ano com os cães.
Quem sabe eles não poderão ajudar os cães a encontrar o caminho de volta casa e a encontrar seus antigos donos.
No futuro, cães jovens poderão ser adotados ou usados como cães de terapia.
Fonte: upworthy.com.
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Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.