Poema mais lindo de Cecília Meireles vai arrancar lágrimas hoje
As obras de Cecília Meireles são grandes lições de vida e esse poema mais lindo da escritora fará você chorar de emoção.
A escritora Cecília Meireles, uma das mais renomadas poetisas brasileiras e esse lindo poema irá te mostrar o porquê dela ser tão brilhante.
Conhecimento por textos inspiradores, ela foi mestra na arte de explorar o coração humano por meio de suas palavras.
Logo, em seu poema “Despedida”, ela conduz seus leitores por um caminho tortuoso, onde a solidão se ergue como protagonista.
Foi pensando nisso que selecionamos na íntegra o poema “Despedida” de Cecília Meireles para você ler e se emocionar com a reflexiva palavra de amor.
Poema “Despedida” de Cecília Meireles
Por mim, e por vós, e por mais aquilo
que está onde as outras coisas nunca estão,
deixo o mar bravo e o céu tranquilo:
quero solidão.Meu caminho é sem marcos nem paisagens.
E como o conheces? – me perguntarão.
– Por não ter palavras, por não ter imagens.
Nenhum inimigo e nenhum irmão.Que procuras? – Tudo. Que desejas? – Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação…
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra…)Quero solidão.
Tenha um coração saudável para não sofrer de solidão
No primeiro verso do poema “Despedida”, a escritora abre um debate de significados, convidando o leitor a mergulhar nas profundezas da própria alma.
Ela lembra a cada um de nós que, às vezes, a busca pela verdade e pela essência de si exige se afastar do caos do mundo exterior.
Além disso, no trecho “o mar bravo e o céu tranquilo” é, para a escritora, uma escolha necessária para encontrar a solidão tão almejada.
Com isso, o poema sugere uma desprendida de amarras sociais, uma pessoa que se recusa a ser definido por marcos ou paisagens do mundo exterior.
Você se considera uma pessoa livre?
Você se considera uma pessoa livre? Será que tudo que exista no mundo é do seu direito possuir? A verdade é que a despersonalização é libertadora, pois ela rompe com as amarras da:
- Imagem pública;
- Expectativa dos outros;
- Busca por validação externa.
Com isso, a escritora Cecília Meireles diz que a verdadeira jornada se dá no interior de cada um, assim, ela a trilha sem preocupações com a opinião alheia.
A ausência de palavras e imagens no caminho do texto, na verdade, simboliza a libertação da necessidade de comunicar a jornada aos outros.
Logo, essa falta de “inimigos e irmãos” revela uma independência total, uma busca que é tão solitária quanto enriquecedora.
Um poema que fala sobre a dualidade da natureza humana
A segunda estrofe do poema “Despedida” de Cecília Meireles vai fluindo com uma busca existencial profunda.
O texto destaca que deseja “Tudo” e “Nada” ao mesmo tempo, revelando a dualidade da natureza humana. Ele diz o seguinte:
Que procuras? – Tudo. Que desejas? – Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada.
Levo o meu rumo na minha mão.A memória voou da minha fronte.
Voou meu amor, minha imaginação…
Talvez eu morra antes do horizonte.
Memória, amor e o resto onde estarão?Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra.
(Beijo-te, corpo meu, todo desilusão!
Estandarte triste de uma estranha guerra…)
Além disso, podemos observar que querer tudo pode ser uma busca insaciável e, ao mesmo tempo, um reconhecimento da riqueza infinita do mundo interior.
Com isso, a memória, o amor e a imaginação voam, como pássaros que abandonam o ninho da mente.
Talvez essa seja uma metáfora para a busca da autenticidade. Será mesmo que somos maduros o suficiente para abandonar certas práticas e buscar a felicidade?
A vida é um caminho em direção à solidão?
A última estrofe do poema é o apogeu dessa jornada rumo à solidão, você percebeu a simplicidade do texto?
O fato é que o corpo é deixado “entre o sol e a terra,” e a vida é beijada como uma desilusão – as obras de Cecília Meireles têm esse impacto.
Na verdade, o corpo, símbolo da vida física, torna-se um:
“Estandarte triste de uma estranha guerra.”
No poema de Cecília, a guerra é a luta interior pela verdade e pela identidade, uma batalha que nem todas as pessoas estão dispostos a enfrentar.
Um poema para alimentar nossa coragem
No poema “Despedida”, Cecília Meireles conduz os seus leitores a uma reflexão profunda sobre a busca pela identidade e pela verdade interior.
Mesmo que isso signifique abraçar a solidão, é importante ir atrás da própria autenticidade e ser uma pessoa mais verdadeira sobre si.
Além disso, esse texto de Cecília é um poema que convida todos nós a questionar nossa própria jornada.
Assim como enxergar de forma mais madura como a coragem é necessária para seguir o rumo do nosso próprio coração.
Como a visão sobre a solidão mudou ao longo do tempo na literatura brasileira?
Ao longo do tempo, a solidão na literatura brasileira passou de um sentimento melancólico e dramático, como no romantismo, para algo mais introspectivo e escolhido.
No romantismo, era vista como uma dor imposta, associada a amores não correspondidos e ideais inalcançáveis, refletindo a angústia dos personagens desconectados do mundo.
No modernismo, com poetas como Cecília Meireles, a solidão se torna uma escolha consciente, um espaço para autoconhecimento e reflexão.
Em “Despedida”, por exemplo, a solidão é desejada, uma fuga das pressões externas para reencontrar-se. Essa transformação mostra como a solidão passou a ser vista como uma oportunidade de liberdade e reinvenção pessoal.
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Você gostou dessa excelente reflexão do poema de Cecília Meireles para fazer chorar? Então não perca mais tempo e compartilhe com os seus amigos e familiares essas palavras de inspirações.
Redator Web desde 2017, um leitor voraz e apaixonado por livros de ficção histórica.