Fofura! Costureira cria linha de bonecas inclusivas para representar crianças com deficiência

A costureira americana Amy Jandrisevits criou uma linha inclusiva de bonecas para crianças com deficiência.

Os brinquedos, assim como desenhos animados e a famíla, são um dos primeiros contatos que uma criança tem com o mundo. Pensando em fazer com que os pequenos com deficiência se sintam representados, a costureira americana Amy Jandrisevits criou uma linha inclusiva de bonecas.

A própria empreendedora é quem faz os brinquedos em casa, de maneira artesanal e com a ajuda da mãe. A linha tem o nome de A Doll Like Me (“uma boneca como eu”, em tradução ao português) e é inspirada em fotos de crianças com deficiência.

Olha só a alegria da criançada com as bonecas (imagem: Reprodução Bored Panda)

Criada há oito anos, a marca A Doll Like Me tornou-se uma organização sem fins lucrativos que se sustenta com doações de pessoas de todo o mundo e cumpre um importante papel para a autoestima das crianças.

“Todos deveriam ter uma boneca parecida consigo. A primeira boneca que fiz foi para uma menininha que teve a perna amputada. Na época, pesquisei se havia bonecas disponíveis no mercado com essa característica, mas não achei muitas e não eram bonitas. Então, fiz uma”, disse Amy, segundo o site da revista Pequenas Empresas Grandes Negócios.

A ascensão da produção de bonecas foi rápida. Em apenas dois meses, a empreendedora recebeu mais de 200 pedidos de bonecas. E olha que legal: cada boneca é única, fruto da história de uma criança que a Amy escuta e guarda para sempre em seu coração – sim, ouvir histórias é parte do seu trabalho.

Histórias

“Uma das partes mais emocionantes do processo é ouvir as histórias. Essas famílias confiam em mim. Cada boneca conta a história de uma criança incrível. Ver fotos de crianças com suas bonecas em seus últimos dias [de vida] é muito difícil. E também é difícil ver as bonecas com as famílias depois que a criança morre”, afirma Amy, que também faz brinquedos para pacientes infantis que estão enfrentando doenças.

Justamente por conta desse contato com cada criança, com cada relato e história de vida, a empreendedora não se vê abrindo uma fábrica e fazendo de A Doll Like Me uma marca de produção em massa. O mais importante aqui não é o dinheiro e, sim, o impacto que o trabalho causa na vida dos pequenos.

Infelizmente, pessoas com deficiência ainda sofrem muito e não têm a visibilidade na mídia que mereciam. Pare um minuto e pense, por exemplo, quantos personagens de desenhos animados ou contos de fadas com deficiência você se lembra de ter visto na sua infância.

Provavelmente nenhum, né? Então, imagine como é isso para as crianças que crescem sem um referencial de gente como elas.

Por mais iniciativas incríveis como essa!

Fonte: Pequenas Empresas Grandes Negócios

Marcelo Silva
Escrito por

Marcelo Silva

Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.