Gêmeas siamesas que foram separadas poderão passar o Natal com a família em casa
A família Bateson tem um motivo especial para ser grata e comemorar neste Natal: as gêmeas siamesas Anabelle e Isabelle foram separadas com sucesso e já estão em casa para a época mais gostosa do ano.
O Natal de 2022 será mágico para Anabelle e Isabelle Bateson. As duas bebês, de 8 meses, são gêmeas siamesas que nasceram unidas do peito à pélvis no Reino Unido. Depois de 20 operações em um prazo de 2 meses, elas foram separadas e poderão passar a época mais gostosa do ano em casa, com a família.
Para entender essa história, precisamos voltar no tempo para antes das irmãs nascerem. O casal Hannah e Dan Bateson queria ter filhos e recorreram a um tratamento de fertilidade para que esse sonho se tornasse possível. Quando o teste de gravidez deu positivo, o casal ficou muito feliz. No entanto, algum tempo depois, veio a preocupação ao descobrirem que eram bebês siameses, unidos pelo corpo.
O maior temor era que as irmãs compartilhassem algum órgão vital, o que dificultaria a sobrevivência e a separação das recém-nascidas. “Você se sente no limbo porque sabíamos que elas eram siamesas, mas sabíamos muito pouco sobre a extensão disso”, contou a mãe, segundo a Revista Crescer.
Poucos dias antes do parto, os médicos ainda não tinham todas as respostas. Felizmente, em março, elas vieram ao mundo em segurança, compartilhando bexiga, intestino e uma perna, tendo corações separados (o que é uma boa notícia para esse tipo de caso).
Em setembro, as gêmeas passaram pela cirurgia de separação no Great Ormond Street Hospital for Children, localizado em Londres. O procedimento foi bem-sucedido e a mãe das crianças se disse admirada com a coragem que elas mostram desde pequenas. “Houve vezes em que elas tinham acabado de voltar da cirurgia e estavam felizes e você só conseguia pensar: ‘como vocês são tão corajosas?’”, afirmou Hannah ao ITV.
Momentos mais difíceis
Depois de longos meses de dor e incertezas, a família agora poderá curtir as bebês em casa. É claro que ainda precisarão de acompanhamento médico e, muito provavelmente, mais cirurgias no decorrer dos anos, mas fica a esperança de que o pior já passou.
Aliás, os pais lembram muito bem o sentimento de vê-las internadas no hospital, sem a certeza de que as levariam para casa. “Eu quase choro dizendo isso, mas um dos momentos mais difíceis foi quando as meninas estavam entubadas e tinham tubos em suas gargantas. Elas estavam chorando, mas era silencioso. Essa foi uma das partes mais difíceis para mim”, desabafou a mãe.
Bom, agora é a hora de deixar a dor para trás e agradecer pela vida e pela saúde da Anabelle e da Isabelle. Aproveitar cada colo, cada sorriso, cada refeição, cada momento que passarão juntos, em família.
Fonte: Revista Crescer e ITV
Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.