Conheça o ex-catador de latinhas que se tornou dono de uma empresa milionária
Geraldo Rufino teve uma infância pobre, trabalhou como catador de latinhas e ensacador da carvão. Depois de tantas dificuldades, criou a JR Diesel, empresa milionária que é líder no ramo de desmanche e reciclagem de caminhões e ônibus.
Se tem uma coisa que não falta no mundo, são histórias de pessoas que transformaram suas vidas por meio do trabalho e do empreendedorismo. Uma delas é Geraldo Rufino, que começou a trabalhar aos 8 anos, foi ensacador de carvão, catador de latinhas, office-boy e hoje é dono da JR Diesel, a maior empresa de desmanche e reciclagem de caminhões e ônibus da América Latina.
O empreendimento, localizado em Osasco, na Grande São Paulo, fatura entre R$ 35 milhões e R$ 50 milhões por ano. Segundo o Estadão, Rufino começou a estudar aos 11 anos e cursou computação.
No entanto, ele diz que o principal aprendizado veio da sua mãe, Geralda. “Primeiro, ela me ensinou que ser negro e pobre não era obstáculo para nada e que ser alguém na vida dependia do meu trabalho e da forma de me relacionar com as pessoas, respeitando e fazendo o bem.”
Infelizmente, ela faleceu quando Rufino tinha apenas 7 anos de idade. Mas antes disso, a família já tinha passado por muitas dificuldades. Entre elas, uma geada forte que destruiu a roça de café e mandioca que era a sua fonte de renda em Campos Altos, cidade de Minas Gerais.
Isso obrigou a família a se mudar para São Paulo, mais precisamente na favela do Sapé. Precisando de dinheiro urgentemente, pais e filhos aceitavam toda oportunidade de trabalho que aparecia. Foi aí que Rufino passou a trabalhar como ensacador de carvão, atividade que ajudava a garantir o pão de cada dia.
Em três anos trabalhando duro, juntaram um dinheiro e deixaram guardado em uma lata enterrada em um terreno baldio do bairro. “Um dia chegou um trator, revirou todo o terreno e quando chegamos a lata com o dinheiro tinha se perdido. Éramos ignorantes e achávamos que o dinheiro estaria seguro”, explica Rufino.
Surgimento da JR Diesel
Ele considera isso, inclusive, como uma das suas primeiras “falências”. Virou, então, vendedor de limão na feira e, depois, conseguiu emprego como office-boy. Nesse trabalho, o patrão exigiu que ele estudasse – aos 11 anos, passou a frequentar a escola pela primeira vez.
Por 18 anos, trabalhou na empresa PlayCenter, onde chegou ao cargo de diretor, começou a ajudar os irmãos e comprou uma kombi para que eles trabalhassem com entregas.
Essas entregas deram tão certo que surgiu a ideia de criar uma empresa, a JR Diesel. O novo negócio desmanchava veículos fora de uso, revendia as peças boas e enviava as outras para a reciclagem.
“Agora a empresa cresce em média 30% anualmente, e este ano deve faturar cerca de R$ 38 milhões, mas em dois anos devemos voltar ou até superar nosso melhor resultado, de R$ 50 milhões”, explica o empreendedor.
Que sua história de sucesso possa inspirar muitas outras pessoas a trilharem o mesmo caminho!
Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.