Seleção de futebol feminino dos EUA vai receber o mesmo salário que a masculina
A Federação de Futebol dos Estados Unidos deu fim à desigualdade nos valores pagos a homens e mulheres. A partir de agora, a quantia repassada aos atletas de ambos os sexos serão as mesmas, representando um marco importante na igualdade de gênero.
Por mais que a gente viva em uma sociedade que evoluiu muito em questões de igualdade de gênero, em vários lugares ainda é comum ver mulheres recebendo menos do que homens apesar de cumprirem a mesma função. Mas, pelo menos na Federação de Futebol dos Estados Unidos, isso chegou ao fim.
A USSF (nome da instituição em inglês) anunciou um acordo histórico com as associações de atletas para garantir igualdade salarial entre as seleções nacionais feminina e masculina. Isto é, as premiações dadas às jogadoras e jogadores serão as mesmas daqui para frente.
“Este é um momento verdadeiramente histórico. Estes acordos mudaram o esporte para sempre aqui nos Estados Unidos e têm o potencial de mudar o esporte em todo mundo”, afirmou a presidente da federação, Cindy Parlow Cone, segundo o site da revista Exame.
No mês de fevereiro, a Federação de Futebol dos Estados Unidos fez o pagamento de 24 milhões de dólares para a seleção feminina e também firmou a promessa de isonomia salarial.
Essa já era uma reivindicação antiga das atletas. Em 2019, por exemplo, surgiu a acusação de que a USSF se negava a pagar as equipes masculina e feminina de maneira igual.
A capitã da seleção feminina, Becky Sauerbrunn, comemorou a novidade, afirmando que essas conquistas “são um testemunho dos esforços incríveis das jogadoras dentro e fora de campo”.
A expectativa, como bem disse a presidente da federação, é que o acordo também inspire o crescimento do futebol feminino em outros países.
E no Brasil?
Você deve estar se perguntando: como será que funciona essa questão do pagamento no Brasil?
Em setembro de 2020, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou a equiparação salarial dos valores pagos a homens e mulheres.
“A CBF fez uma igualdade de valores em relação a prêmios e diárias entre futebol masculino e feminino, ou seja, as jogadoras ganham igual aos homens. Não haverá mais diferença de gênero em relação à remuneração entre homens e mulheres”, disse Rogério Caboclo, presidente da entidade na época, segundo a Gazeta Esportiva.
Por conta dessa iniciativa, uma jogadora que é convocada para disputar uma partida com a camisa amarelinha receberá a mesma quantia que um grande astro da seleção masculina.
Conquistas como essas representam passos importantes rumo a uma sociedade mais igual para todos e devem, sim, ser celebradas. É algo cujo impacto vai além do futebol e leva um sinal claro de que, independente se estamos falando de atletas homens ou mulheres, o reconhecimento deve ser o mesmo.
E, claro, também serve para inspirar mais mulheres a praticarem um esporte tão encantador como o futebol!
Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.