Alunos brasileiros da rede pública marcam presença em feira internacional de ciências nos EUA

Um projeto superbacana desenvolvido por dois alunos da rede pública de Santa Rita d'Oeste (SP) será apresentado em feira internacional. Vem dar uma lida!

Da pequena cidade de Santa Rita d’Oeste (SP), com pouco mais de 2,5 mil habitantes, para o mundo! Esse é o sonho que dois alunos da rede municipal de ensino estão vivendo após serem finalistas da Febrace, a maior feira de ciência do país, promovida pela USP.

Responsáveis pela criação de um equipamento que tem como objetivo ajudar pacientes pós-Covid, os jovens Ana Elisa Brechane e Enso Papali foram selecionados para participar da Regeneron International Science and Engineering Fair (ISEF), a maior mostra de ciências pré-universitárias do mundo que é realizada nos EUA, no estado de Atlanta.

Serão 1500 alunos de 70 países e territórios participando da feira. Ao todo, serão distribuídos US$ 8 milhões em premiações, sendo esse dinheiro destinado para bolsas de estudos, estágios e viagens de campo.

Crédito: Divulgação/ISEF 2022
Maior mostra de ciências pré-universitárias do mundo é realizada nos EUA

Se depender da torcida de Santa Rita d’Oeste, Ana Elisa e Enso já são os grandes campeões. A dupla faz parte de um projeto superbacana, desenvolvido pelo policial militar Éder Carlos Antoniassi. Realizado em uma casinha nos fundos da escola, o projeto conta com a ajuda dos pais dos alunos, que garantem que as atividades continuem funcionando.

Um dos maiores apoiadores dos alunos, Éder destina o que seria lixo para a criação de diferentes projetos científicos que, de algum modo, colaboram com o bem-estar da sociedade. E tanto incentivo motivou os estudantes a criarem um respiratório digital que faz a análise e o tratamento das sequelas respiratórias que pessoas que tiveram Corona acabam tendo.

Grande parte das pessoas que pegam Covid acabam desenvolvendo essa síndrome pós-Covid e a gente percebeu que seria um caso de milhões de pessoas. O tratamento é muito caro e muito chato. Então, a gente acabou pensando em desenvolver isso para ajudar todas as pessoas que vão ter que passar por esse tratamento. E ajudá-las nisso”, explicou Enzo ao Jornal Nacional.

PROJETO INCENTIVA ALUNOS A BUSCAREM NOVOS HORIZONTES 

Além de contribuir diretamente com a comunidade, a ideia do projeto é dar uma vida melhor para os alunos. Cheio de orgulho, o policial Éder afirma que a educação é o melhor caminho para a construção de sonhos e um projeto de futuro para os jovens.

Eu quero que eles não sejam só consumidores de tecnologia, mas, futuramente, sejam desenvolvedores em criar soluções para os mais diversos problemas que a nossa sociedade enfrenta, porque o futuro deles é muito desafiador, mas também cheio de oportunidades, não é verdade? E o investimento em ciência, em tecnologia, pode torná-los protagonistas desse futuro“, enfatizou Éder para o JN.

Animada, uma das criadoras do respiratório digital, Ana Elisa não esperava chegar em uma feira desse porte. “Não caiu a ficha, por muito tempo não caiu a ficha. Porque nossa meta era só chegar até a USP e, do nada, a gente ganha uma feira, um prêmio internacional. Foi incrível!“, disse toda contente ao JN.

É muito bom ver pessoas tão jovens envolvidas em projetos tão grandes, não é mesmo? Que mais iniciativas assim possam alavancar sonhos e trazer mais tecnologia para o bem da sociedade!

Fonte: G1

Mariana Sanches Otta
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Mariana Sanches Otta

Jornalista e redatora. Amante de gatos, livros, moda e receitinhas.