Jovem com doença rara realiza sonho e se torna jornalista: ‘Não se pode perder a esperança’
Christopher tem uma doença rara que mata a maioria das pessoas logo depois de nascer. Mas, em seu caso, não só superou a expectativa de vida como ainda realizou o sonho de se tornar jornalista. Sua história inspira milhares de pessoas!
Você provavelmente nunca ouviu falar da displasia tanatofórica tipo II. É uma doença rara que traz uma série de complicações como encurtamento dos membros, crânio maior do que o normal, pulmões subdesenvolvidos, limitações físicas, entre outros. Condições que, muitas vezes, levam a pessoa à morte pouco depois de nascer.
Mas esse não foi o caso de Christopher Alvarez, um colombiano de 23 anos radicado em Nova York. Desafiando todos os prognósticos médicos, ele não só está vivendo mais do que o esperado, como também realizou o sonho de se tornar jornalista.
O rapaz se formou com honras na faculdade e agora faz mestrado na Universidade de Columbia, considerada uma das melhores dos Estados Unidos e até do mundo.
“Por mais difícil que seja a situação, sempre há uma luz, sempre há uma solução. Eu penso muito, muito sobre como vai ser o amanhã. Não se pode perder a esperança. Não se pode perder o sorriso”, afirma Christopher em entrevista ao Primer Impacto.
De acordo com a mãe, Christopher é a única pessoa com displasia tanatofórica tipo II que se tem registro a chegar aos 23 anos (como não há dados oficiais sobre isso na internet, fica difícil de checar). O apoio da família, aliás, tem sido essencial para o rapaz realizar seus sonhos.
“Acima de tudo, o que me motiva é a minha família. Para eles, minhas limitações não existem. Também fazem questão de mostrar a todos que a vida segue e que vale a pena vivê-la até o último dia”, afirma. Sua mãe é a pessoa que o levou à escola e à universidade todos os dias, acompanhando e apoiando cada sonho. Ela se diz “a mãe mais orgulhosa do mundo” ao ver como o filho chegou longe e foi capaz de superar tantos obstáculos.
Currículo exemplar
Na sala de aula, Christopher sempre se destacou pela vontade de aprender e pelo empenho nos estudos. Sua história é acompanhada por mais de 331 mil seguidores no Instagram. O currículo no LinkedIn também impressiona.
Lá consta que, desde 2014, o jornalista trabalha para a TV Azteca conduzindo um programa semanal de entrevistas. No vídeo abaixo, você pode ver uma amostra do trabalho do Christopher: uma entrevista com Adriana Torrón, cantora pop nascida na República Dominicana.
Ver essa foto no Instagram
Ele também já escreveu matérias para os jornais The City e New York Lens, cobrindo temas como política, vacinação contra a Covid-19 e assuntos cotidianos de Nova York.
Vendo uma história inspiradora como essa, o desejo é de que todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades de inclusão, acessibilidade e respeito.
Que não só os jornais e veículos de comunicação possam se abrir mais às pessoas com algum tipo de deficiência ou doença rara, mas toda a sociedade, incluindo aí o mercado de trabalho, a educação, a cultura e o esporte.
Parabéns, Christopher, e que você continue fazendo bonito e inspirando milhares de pessoas como jornalista e ser humano incrível que é!
Fonte: Nation
Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.