Justiça autoriza jovem autista a embarcar em avião com seu cachorro
O jovem com autismo Arthur conseguiu na Justiça o direito de embarcar no avião com o Atlas, seu animal de assistência emocional e melhor amigo para todas as horas
Você já ouviu falar em animais de assistência emocional? São aqueles pets que ajudam no controle e tratamento de doenças e transtornos do ser humano. No caso do jovem autista Arthur Skyler Santana, de 22 anos, o cachorro Atlas é seu grande amigo e o ajuda muito no dia a dia.
Com um voo planejado de Brasília para São Paulo, Arthur foi surpreendido quando a companhia aérea negou o direito do seu cão embarcar com ele no avião. A justificativa foi que apenas cães-guia de pessoas com deficiência visual poderiam entrar na aeronave.
Sabendo da importância do Atlas como animal de assistência emocional, o jovem acionou a Justiça para garantir seus direitos. Felizmente, o embarque foi autorizado!
A juíza responsável pelo caso afirmou que levar o cão não representa qualquer perigo ou problema para a viagem – muito pelo contrário, iria ajudar o Arthur a viajar com tranquilidade. Em trecho reproduzido pelo G1, a magistrada afirmou que:
“A decisão da companhia aérea não está fundamentada em razões de segurança ou em motivos de ordem técnica, haja vista a recusa ter sido embasada apenas no fato de o embarque ser restrito a cães-guia”.
Em entrevista ao mesmo site, o rapaz autista afirmou que sua vida melhorou muito com a chegada do Atlas. Graças a ele, conseguiu retomar sua rotina e fazer várias coisas que antes tinha dificuldade.
“Basicamente, eu não saía de casa. Eu saía pra trabalhar, por algumas horas. Duas horas, no máximo. E voltava para casa. Mas agora, com ele, eu consigo sair pra locais, pra ter algum lazer. Sair com alguns amigos, ter algumas aulas de coisas que eu não conseguia”.
Direito garantido
Ainda de acordo com o G1, o Brasil é parte de uma convenção internacional que permite o embarque dos animais de assistência emocional junto ao tutor. A própria Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) garante esse direito aos passageiros, seguindo determinadas regras. Então, em casos assim, não há motivo para um pet ter a sua permanência no avião negada.
Se você conhece alguém que tem animal de assistência emocional, avise essa pessoa que ela pode, sim, embarcar com o seu fiel companheiro no avião. Com certeza, ela ficará muito mais tranquila sabendo que estará pertinho do pet.
A gente fica muito feliz em saber que deu tudo certo e o Atlas conseguiu embarcar com o Arthur. Uma vitória da inclusão, da acessibilidade e do respeito às diferenças. Nossa torcida para que todos consigam ter esse mesmo direito sem precisar recorrer à Justiça.
Afinal, o que queremos e lutamos diariamente é por uma sociedade onde todo mundo possa trabalhar, viver, viajar, estudar e crescer com a qualidade de vida que merece. E, claro, bem-acompanhados de pessoas queridas e dos seus melhores amigo de quatro patas!
Jornalista apaixonado por contar histórias. Paranaense radicado em São Paulo. Louco por viagens e experiências novas.