Taxista recebe dinheirão em PIX por engano e faz o que poucos fariam
Um taxista notou que recebeu uma alta quantia de dinheiro em sua conta, procura a polícia e devolve dinheiro para a dona que transferiu por engano.
Receber um PIX em sua conta com o valor suficiente para pagar todas as dívidas e ainda dar um belo passeio numa praia paradisíaca é o desejo de muitos que estão em casa sem dinheiro.
Um taxista cearense, de 49, cujo nome não foi divulgado, notou na última sexta-feira uma quantia anormal em sua conta.
O valor era oriundo de um conta cujo portador ele desconhecia. Ao contrário do que muitos fariam, o senhor procurou uma delegacia de polícia para relatar o ocorrido.
O trabalhador procurou de imediato a 2° DP de Aldeota, Fortaleza/CE, para contar o que havia acabado de acontecer. De pronto a polícia iniciou a apuração e descobriu que o dinheiro tinha sido transferido por engano por uma senhora.
Dinheiro precioso
A quantia não seria apenas relevante para essa senhora pelo montante, mas pelo seu propósito. A mulher pensava estar transferindo o dinheiro para uma farmácia.
“Essa senhora poderia ter perdido um dinheiro tão importante para a sua saúde, mas teve um final feliz. Ela nos agradeceu muito e ficamos muito felizes em saber que ela poderá dar continuidade ao seu tratamento”, destacou o policial civil responsável pelo caso.
A mulher que cometeu o erro estava passando por um tratamento contra o câncer e o dinheiro seria exatamente para pagar pelos medicamentos e tratamento.
Agora imagine o quão doloroso seria para essa mulher perder esse dinheiro tão importante? O desvio do dinheiro de um propósito tão nobre poderia colocar em risco de vida esta senhora.
Se caísse em mãos erradas, o dinheiro poderia ser utilizado de forma indevida e até que pudesse ser recuperado, poderia ser tarde demais.
A polícia civil cearense em meio ao caso ressaltou que a apropriação de dinheiro, mesmo que não tenha sido de forma não intencional, configura crime:
“apropriar-se alguém de coisa alheia, vinda ao seu poder por erro, caso fortuito ou força da natureza, é crime previsto no artigo 169 do Código Penal, resultando em multa e detenção de um mês a um ano.”
Fez o certo
Uma atitude diferente da do senhor que devolveu o dinheiro poderia tentar ser justificada de diversas maneiras, mas a atitude dele foi a correta e dentro do que estabelece a lei.
Ao identificar o dinheiro que não era seu, procurou a polícia a fim de restabelecer a quantia ao seu legítimo dono, afinal, todos nós estamos sujeitos a cometer erros de digitação e validação nos meios eletrônicos.
Com a ascensão dos banco digitais, ficou cada dia mais difícil nos dirigirmos a agências para fazermos transferências. Hoje o PIX é o meio mais utilizado.
Haveriam formas legais dessa senhora reaver esse dinheiro, mas graças a Deus o dinheiro caiu na conta de uma pessoa honesta e que serve de exemplo para todos nós.
Fonte: Diário do Nordeste
Formado em História, entusiasta da literatura, apaixonado por artes.