Jovem com síndrome de Down é eleita vereadora na França

Jovem com síndrome de Down é eleita vereadora na França. Trabalho feito pela menina em cidade é objeto de reconhecimento internacional.

Em países desenvolvidos, a função de vereador traz consigo muitas responsabilidades. Os que detém esse título são rigidamente cobrados e tem de fazer valer a nomeação. Esse cargo é a investidura pública mais próxima da população e consequentemente a que tem mais contato com ela.

Mas essas prerrogativas não incomodaram a jovem Éléonore Laloux, uma francesa portadora da síndrome de Down. Ela foi a primeira detentora da síndrome a assumir um cargo público na França e tem sido ovacionada pelo belo trabalho que vem fazendo.

Ela vem trabalhando fortemente junto à prefeitura por políticas e práticas de inclusão na sua cidade, Arras, no norte da França. A sua ação não se dá apenas em defesa de portadores de Down, mas de grupos com deficiência física, visual etc. 

A jovem vem recebendo muitos elogios pela sua forma doce de trabalhar e pelos frutos de seu trabalho. Um de seus traços é sua sede de fazer as pessoas sorrirem. O seu reconhecimento foi tal que ela foi agraciada com o título de membro da Ordem Nacional do Mérito, alta honraria francesa. 

 

Emmanuel Laloux, CC license

 

Mil e um talentos

Sua vida é recheada de atividades. Além de vereadora, ela é voluntária em diversas ações sociais, trabalha meio período em um hospital e é membro do Conselho da Down Up, uma ONG criada pelo seu pai para apoiar crianças com síndrome de Down e seus parentes. 

Muitas das ações da vereadora tiveram amplo reconhecimento: o centro da cidade de Arras é tombado pela UNESCO muito visitado. Tendo em vista o difícil acesso para pessoas com dificuldade de locomoção, ela criou uma apresentação do local no estacionamento para pessoas que não conseguiam acessar. 

Uma de suas iniciativas foi a ideia de que as faixas de pedestres emitissem instruções sonoras e luminosas para pedestres com deficiências auditiva ou visual. Ela trouxe para sua cidade o evento ‘Inclusão’ que, como sugere o nome, traz informações a comunidade sobre algumas deficiências. 

Outro projeto trazido pela menina para a cidade foi o modelo holandês chamado de Nudget. Uma ação que simplifica a definição desse projeto é a caracterização de lixeiras em cestas de basquete, visando o incentivo de seu uso. 

A jovem também é autora de um livro chamado ‘Síndrome de Down, e daí?!’, a jovem chama a atenção de diversos setores da sociedade e tem fotos com diversas autoridades. 

A síndrome de Down

O grupo Movimento Down define a síndrome da seguinte maneira:

“A síndrome de Down é causada pela presença de três cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo. Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome de Down, ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população.

As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down podem ter algumas características semelhantes e estar sujeitos a uma maior incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes e únicas.”

Jimmy Alef
Escrito por

Jimmy Alef

Formado em História, entusiasta da literatura, apaixonado por artes.