Remédio para artrite consegue reduzir risco de morte por Covid-19
Depois de passar por pesquisas, estudo consegue encontrar eficácia em remédio contra artrite para pacientes internados.
Um estudo que foi publicado ainda ontem pelo The New England Journal of Medicine, o NEJM, mostrou que um medicamento pode ajudar a reduzir o risco de morte e insuficiência respiratória para quem está com Covid-19.
Coordenado pela Academic Research Organization (ARO) do Albert Einstein em parceria com a Pfizer, o estudo mostrou que o Tofacitinibe (Xeljanz) pode ser uma excelente opção de uso.
Recrutando cerca de 289 pessoas adultas que estavam internadas por causa de complicações da Covid, a pesquisa ganhou o nome de STOP-COVID.
O Tofacitinibe é um remédio que inicialmente é aplicado em quem possuem artrite reumatoide e outras doenças autoimunes. Ele conseguiu mostrar efeitos contra o risco do desenvolvimento da chamada tempestade inflamatória.
Com dois grupos divididos, um contou com o Tofacitinibe por 14 dias ou até a alta, junto com o tratamento padrão que geralmente pode envolver corticoides.
Já o outro grupo ficou com um placebo (um fármaco de efeitos neutros) e as terapias usuais, onde os pesquisadores e os próprios participantes desconheciam em que grupo estavam a se encaixar.
De acordo com Otavio Berwanger, médico diretor da Academic Research Organization do Einstein, quem conduziu o estudo, o medicamento consegue modular o sistema imunológico e prevenir inflamações. E detalhou mais:
“Quando o organismo é infectado pelo vírus, a necessária ativação do sistema imunológico, é exacerbada para algumas pessoas. Essa medicação age no sistema imunológico bloqueando essa resposta exacerbada”.
O estudo chegou a trazer resultados que podem fazer do remédio mais um aliado, principalmente para os pacientes que chegaram a ter pneumonia por causa da Covid.
Os resultados
Márjori Dulcine, diretora médica da Pfizer Brasil, chegou a falar ainda: “Os resultados do ensaio clínico foram positivos demonstrando que o medicamento pode atuar na tempestade inflamatória que acontece na Covid-19, reduzindo em 37% o risco de insuficiência respiratória ou morte.”
Para a Pfizer, a descoberta não só segue em sucesso de pesquisa, mas também servirá de evidência científica para que novas ações terapêuticas possam surgir.
Para Berwanger, é possível se ter muitos avanços e novidades que possam servir de aliadas em partida de novas pesquisas, já que qualquer avanço contra o coronavírus é bem vindo. Mesmo assim, é preciso manter acompanhamentos em seu uso.
Principalmente para os pacientes que estão em casa e possuem acesso ao remédio. E como um sinal de aviso, chegou a enfatizar que todos tome cuidado:
“É uma medicação que precisa de monitoramento médico. Não é para ser administrada em casa. Nesses pacientes monitorados, com acompanhamento rígido, e que não tinham contraindicação ao medicamento, não vimos aumento dos eventos adversos em comparação aos pacientes que utilizaram o placebo”.
Fonte: The New England Journal of Medicine, CNN
Analista de SEO e editora do Awebic e Receitinhas. Escrevendo desde sempre, formada em jornalismo, fotógrafa por hobby, dando as caras na centraldoleitor.com, apaixonada por gatos, café e Harry Potter; Amandinha é leitora fissurada e estudante ininterrupta antes de qualquer coisa.